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sexta-feira, agosto 28, 2020

A CONSTRUÇÃO DO SERMÃO BÍBLICO DO ESBOÇO ATÉ A SUA CONCLUSÃO.

A CONSTRUÇÃO DO SERMÃO BÍBLICO DO ESBOÇO ATÉ A SUA CONCLUSÃO. 

1. TÍTULO 
2. TEMA 
3. PANORAMA HISTÓRICO E CULTURAL.
4. ESBOÇO  
5. DIVISÕES 
6. PROPOSIÇÃO 
7. INTRODUÇÃO 
8. CONCLUSÃO 

 I. A CONSTRUÇÃO DO SERMÃO BÍBLICO DO ESBOÇO ATÉ A SUA CONCLUSÃO. 

Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. (Is. 28. 16). 

Vamos trabalhar somente a estrutura do Sermão Bíblico, futuramente, nos ocuparemos em como trabalhar cada item do que estamos tratando agora. Não adianta nos apressarmos e querer fazer as pressas o que já levamos anos fazendo equivocadamente, e agora na correria, em poucos dias querer nos tornar em exímios pregadores da Palavra de Deus, mas o caminho a percorrer é este. 

II. TÍTULO 

2.1 O Título como anúncio do Sermão. Segundo Braga (1993, p. 83) diz que, poucos escritores consideram o Título, na realidade: “O Título, contudo, é uma expressão do aspecto a ser apresentado, formulado de maneira que seja um anúncio adequado do Sermão”. O Título é uma forma de embelezamento e personalização do Tema. Por exemplo, se o Tema for “Condições para o crescimento na graça”, o Título do Sermão anunciado no boletim ou informativo da igreja, pode ser: “Como crescer na graça” ou “Amadurecendo na Estatura Espiritual”. 

2.2 O Título deve ser bem apresentável. Uma das considerações quanto ao Título é que ele além de ser prático, deve chamar a atenção já na sua indicação ao ser lido para congregação. Todavia é preciso colocar todo o esforço para que ele seja bem elaborado e bem apresentável. Ele será o primeiro item do Sermão a chamar a atenção da congregação. 

2.3 Formato estrutural do Título. Como deve ser sua estrutura? Este é um dos elementos que deve ser considerado com certa cautela. É nos sugerido que, o Título deve conter de no mínimo umas duas palavras e no máximo sete palavras. Exemplos de títulos, com duas e com sete palavras: 

2.4 Tomamos como base (Jo. 3: 16). a) Amor inefável. (duas (2) palavras). b) O amor de Deus provado na cruz. (sete (7) palavras). 

2.5 Quando deve ser construído o Título. Para quem tem dúvida quanto à construção do Título. Primeiramente deve-se preparar a Proposição e o Esboço principal. Geralmente ao se elaborar o Título, muitos optam em fazê-lo por último. Isto não deve ser tomado como única regra, porque dependendo da sua habilidade como pregador, você poderá criá-lo, antes, durante ou após concluir seu Sermão.

2.6 Sermão sem Título não tem personalidade. No Sermão, o Título é uma forma de embelezar o assunto (Tema), tornando-o personalizado e estruturado. Além do mais, você poderá aplicá-lo ao seu assunto com fleches rápidos, o que daria uma boa harmonia ao seu Sermão. O Título deve ser: prático, sem ser comum, vulgar, nem sem sentido. Deve ser acima de tudo espiritual eficiente e de fácil assimilação.

III. TEMA

 3.1 O Tema e sua definição. Um bom tema geralmente não deve deixar de ser inspirado pelo Espírito Santo, por isso, se for retirado do Texto bíblico melhor, mas isso não quer dizer que, não podemos criar nosso Tema com referência aos elementos da natureza. Podemos observar a inspiração das Parábolas pelo Senhor Jesus, sua inspiração contou com vários elementos da natureza, mas não podemos usar termos vulgares, precisamos de sabedoria e saber se realmente estamos sendo inspirados por Deus ou por nossas emoções. 

3.2 Bom seria se o Tema viesse do Texto Sagrado. A função do Texto bíblico é proporcionar o Tema para o Sermão o Texto deve ser entendido como a raiz do Tema ao interpretarmos corretamente o Texto bíblico e descobrir o sentido exato do que seus autores inspirados por Deus disseram e também podemos discernir a sua explicação prática de sua mensagem para os dias atuais. (CRANE, 1989, p. 64). Mas isso não precisa ser tido com regra geral, desde que, esteja debaixo da inspiração do Espírito Santo.

3.3 O Tema é a ideia central do Sermão. O que podemos entender quanto ao significado do “Tema” em determinado Texto. Segundo Crane (1989, p. 64), “diferentes textos da Homilética têm assinalado diversos valores para a palavra, todos eles legítimos”. Porém, para evitar confusões... “Fixaremos o seguinte significado: Tema é a matéria de que trata o Sermão; a ideia central do Sermão; o assunto apresentado no Sermão”.

3.4 A Importância do Tema para o Sermão. Conforme Cabral (1981, p. 74) para uma boa mensagem deve haver uma inter-relação, ou seja, uma perfeita harmonia entre o Tema, Título e a Proposição. O Tema é muito importante, porque personaliza o Sermão e deixa seus ouvintes a par do que será dito sobre o referido Texto bíblico.

3.5 Não podemos misturar o Título com o Tema. Sabemos que o Tema é o assunto, ou seja, é a ideia central do Sermão, de certa forma, o Tema precisa estar envolvido com a Proposição. Têm pregadores que fundem o Título ao Tema, mas isso não convém porque são totalmente diferentes. Caso você tenha dificuldade em elaborar o nome do seu tema, (assunto) deixe-o por último, talvez você nem consiga fazê-lo no mesmo dia. 

IV. PANORAMA HISTÓRICO E CULTURAL. 

4.1 Antiguidades Históricas e Culturais. Já falamos do Esboço, Título, Tema, agora vamos falar do Panorama Histórico e Cultural. Infelizmente, na maioria das pregações, dificilmente se ouve qualquer relato do Panorama Histórico e Cultural do povo antigo. Talvez seja por falta de conhecimento e a sua importância na pregação. É por isso que se tem omitido sua citação. Podemos enriquecer nossos Sermões. Relacionando em nossas pesquisas todas as informações identificando o seu conteúdo de antiguidades, históricos, culturais e literárias colocando tais informações em nossos Sermões. 

4.2 Relacionando as informações históricas. Segundo Marinho (1999, p. 165) após a conclusão da primeira leitura do Texto. Agora é preciso descobrir a intenção do autor, para quem ele escreveu sua mensagem, a data e o lugar, como era a vida das pessoas neste tempo e o que significava esta mensagem para elas. Precisamos extrair também do Texto algumas curiosidades interessantes, algum fato incomum. Procure notar os lugares mencionados no Texto, os costumes e as culturas. Tudo isso só irá enriquecer o seu Sermão. Porque todas as informações são muito bem-vindas. 

4.3 Panorama Histórico e Cultural. É muito comum ouvirmos Sermões sem tratar do Panorama Histórico e Cultural, apesar de que têm outros Temas que poderíamos associar ao nosso referido assunto, mas achamos conveniente tratarmos só destes dois Temas.

4.4 Antes da Introdução do Sermão introduza o Panorama Histórico e Cultural. Ao ouvirmos Sermões com estas características envolvidas com o Panorama Histórico e Cultural, nos levam a viajarmos no tempo e conseguimos observar a operação de Deus em tempos tão remotos. Porque quem lê está sempre viajando pelo tempo, como um passeio mental. Essa é uma forma de entramos na história bíblica com informações tão ricas desconhecidas do povo que, provavelmente, jamais terão acesso a informações tão ricas e maravilhosas! 

4.5 É preciso cavoucar para encontrar os tesouros escondidos. Lachler (1990, p. 75) diz que “naturalmente, nem todas estas perguntas terão respostas. Mas qualquer arauto de Deus que seja sério irá pesquisar nos livros e na Bíblia o maior número possível de respostas. Ele tentará compreender o cenário histórico e cultural, a fim de interpretar com maior exatidão a mensagem bíblica”.

4.6 Pesquise para enriquecer sua pregação e sair das trivialidades. Walter C. Kaiser Jr. Faz uma excelente análise do uso de informações culturais pelo pregador. Algumas referências à cultura são neutras e descritivas. Outros fatos culturais são veículos da revelação divina e a verdade prescrita neles não pode ser reduzida arbitrariamente a “um mero relato de uma situação hoje extinta”. O pregador precisa não se atrapalhar com a “natureza histórica ou culturalmente condicionada de algumas exigências éticas ou ensinos gerais da Bíblia...” (LACHLER, 1990, p. 75 apud. Kaiser1981, 114-121). 

V. ESBOÇO

5.1 A importância do Esboço, mas são poucos os sábios que sabem manejá-lo bem. Embora, poucos pregadores utilizem o Esboço, todavia, é de suma importância o Esboço para todos os tipos de pregações, menos para a pregação de improviso, porque, essa pregação já nasce morta. O Esboço é como se fosse o mapa da pregação e as suas ruas por onde o pregador deve caminhar. Podemos compará-lo a um GPS, que orientará o pregador pelos caminhos que pretende caminhar até chegar ao lugar desejado.

5.2 Pregar sem Esboço sem dúvida esse pregador improvisará seu Sermão. Sem o Esboço fica difícil pregar por mais de uma hora, uma mensagem contínua e estruturada, a não ser que seja um Sermão decorado, mesmo assim a tendência é sair do rumo e do ritmo normal. Infelizmente isto acontece com frequência com pregadores despreparados e o seu Sermão sem dúvida será de improviso. Pretendemos demonstrar o valor do Esboço para uma pregação eficiente. Não se trata simplesmente de técnica, mas de bom senso, de organização, por ser a pregação um dos maiores requisitos, na liturgia do culto para que, pessoas venham compreender a mensagem cristocêntrica, de forma clara e dinâmica, sem levar dúvidas para casa. 

5.3 O pregador tem a tripla função ao pregar a Palavra de Deus: 1. Levar a salvação aos perdidos sem Cristo. 2. Alimentar os que são salvos. 3. Reconciliar os que se afastaram do Caminho.

5.4 A necessidade de ser guiado pelo Espírito Santo. Às vezes nos perdemos nos labirintos de nós mesmos. Perdemos a direção que devíamos passar e entramos por atalhos que, só dificultam as nossas vidas como pregadores da Palavra de Deus. Não podemos nos perder nos labirintos de uma pregação mal feita. É como se fossemos fazer uma viagem, esquecêssemos o caminho e andássemos perdidos indefinidamente. 

5.5 A estrutura do Esboço. O Esboço pode ser considerado como uma síntese do Sermão, um mapa, um esqueleto da mensagem. O Esboço serve para base, orientação e direção a ser seguida pelo pregador. O Sermão não deve ser escrito na íntegra. No século XVII, os Sermões eram lidos literalmente, depois tal procedimento foi rejeitado pela igreja. Igrejas idôneas e sábias aprovam apenas Esboços que, são linhas de raciocínios como partes introdutórias em formas de divisões elaboradas sob a direção do Espírito Santo, debaixo da oração e preparo do pregador. Um bom pregador é aquele que sabe organizar e manejar bem seu Sermão com linhas breves e objetivas, direcionadas pelo Espírito Santo. 

5.6 Sem estrutura (Esboço) o Sermão torna-se desorganizado. De acordo com Cabral (1981, p. 64) a estrutura do Sermão é na verdade a sua organização composta pelas suas divisões, que serão necessárias para orientar o pregador na apresentação da sua mensagem. No Esboço há uma uniformidade de ideias, seus pontos e subpontos distintos, se transformam numa associação de ideais progressivas. O objetivo do Esboço é finalizar num só objetivo que, facilitam a compreensão dos ouvintes, diferente dos demais Sermões sem uma estrutura definida, como aqueles que, os ouvintes ficam perdidos e sem rumo.

VI. DIVISÕES 

6.1 A importância das divisões para o Sermão bíblico. É muito comum ouvir Sermões sem as suas respectivas divisões, têm pregadores que nem se quer sabem trabalhar com elas e muito menos construí-las no seu Sermão. Mas, para alguns pregadores sem muita experiência na construção e entrega do Sermão, realmente se torna um problema sério elaborar as suas divisões, se ele não tiver vontade para fazê-las. Às vezes as ideias não se harmonizam, e quem está atento ouvindo a pregação, logo perceberá que o pregador, tem certa dificuldade, quanto às ideias, ou seja, provavelmente as divisões do Sermão apresentam algum problema durante a sua exposição.

6.2 As divisões do Sermão devem ser bem planejadas. As divisões de um Sermão são vistas como divisões ordenadas. Mesmo que não sejam ditas durante a pregação, todavia, suas divisões devem ser corretamente planejadas e divididas em partes separadas, que serão sem dúvidas uma grande contribuição para a unidade de pensamento do Sermão. Também será muito bom e útil para o pregador, e facilitará a compreensão dos seus ouvintes. (BRAGA, 1993, p. 122). 

6.3 As divisões devem ser progressivas, na sequência lógica. A grande diferença de um Sermão feito sob as regras da Homilética, ou seja, com suas divisões caminhando progressivamente pelo Sermão. Porque um Sermão bem estruturado com suas divisões, torna-o compreensível e de fácil assimilação pelos ouvintes, facilitando também a oratória do pregador. Porque não dizer também da qualidade, da beleza, da harmonia, ritmo, compasso e precisão deste Sermão e a sua forma equilibrada no momento exato de expor o seu conteúdo para a igreja. Podemos dizer que um Sermão bem elaborado é tido como uma boa música. 

6.4 As três regras da Homilética. A Homilética recomenda que sejam feitas a divisões do Texto. Os argumentos de Crane (1989, p. 94) diz que a divisão do Tema é uma absoluta necessidade. Alejandro Treviño, ... Por muitos anos ocupou a cátedra de Homilética no seminário, costumava dizer para seus alunos: “Jovens, a Homilética tem três regras”. 
 a) “Primeira: dividam seu assunto”.
 b) “Segunda: Dividam seu assunto”.
 c) “E terceira: DIVIDAM SEU ASSUNTO”. 

6.5 A Importância e os objetivos das divisões. 

6.6 Moraes comenta sobre o assunto das divisões. Todo o Sermão precisa ser dividido em tópicos? Por quê? Qual a melhor maneira de encontrar as divisões de um Sermão? Tais perguntas são formuladas não só por pregadores, mas também por ouvintes. Alguns pregadores consideram a tarefa de dividir o Sermão em tópicos a parte mais difícil na elaboração da mensagem.

6.7 As divisões servem para os ouvintes gravarem a mensagem em suas mentes. Por essa razão, há alguns pregadores que rejeitam completamente a ideia de dividir o Sermão em tópicos. Entretanto, efetuar as divisões no corpo da mensagem é uma tarefa muito importante. Não basta termos divisões aparentemente boas, bonitas, é preciso que elas contribuam para tornar o Sermão profundo, objetivo, eficiente, produtivo e penetrante. Para destacar a importância das divisões, Samuel Vila declarou: “A estrutura do Sermão: suas divisões e subdivisões são uma grande ajuda para preparar uma mensagem substanciosa e capaz de permanecer na memória dos ouvintes durante muito tempo”. (MORAES, 2007, p. 98). 

6.8 As divisões promovem a unidade de pensamento extraídas do Texto. A unidade do pensamento na elaboração do Sermão é indiscutível e indispensável. No Esboço o pregador se esforça para unificá-lo se esforçando também para classificá-lo, desta forma saberá se o seu Sermão possui ou não unidade estrutural. 

6.9 As divisões no Sermão servem para orientar o pregador. As divisões servem também para orientar o pregador a ter uma visão panorâmica dos fatos relacionados à sua mensagem, observando seus aspectos e as divisões que se comportam entre si, numa cadeia lógica, harmoniosa e equilibrada. É justamente nas divisões que se perceberão os pontos fortes e porque não dizer os fracos, que devem ser considerados em primeiro lugar.

6.10 A quantidade de divisões dependerá da unção e habilidade do pregador. Não existe uma regra definida para a quantidade de divisões que podemos extrair do Texto principal, todavia, é bom sermos cuidadosos e usar com segurança a quantidade de divisões que acharmos conveniente. Porque Sermão com muitas divisões podem cansar e até mesmo tirar a atenção da congregação. A não ser que o pregador além de habilidade seja também agradável e carismático. E acima de tudo precisa ter a unção do Espírito Santo, para proclamar com graça a Palavra de Deus. 

6.11 O Texto e suas divisões. Exemplo prático de divisões, enfatizando (Ef. 3: 16-19). Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. 

6.12 Como se inscrevem as divisões deste Texto, segundo Osborne (2009, p. 588). Sermões com divisões sem se sobrepor-se umas as outras. Texto (Jo. 3: 16). Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 
Lembrete: Prestem bastante atenção nas divisões a seguir, porque elas servirão de base para futuras divisões que vocês farão em outros Textos para suas futuras pregações.

6.13 Quatro componentes importantes do sermão. Neste esboço abaixo as divisões não se sobrepõem, pois são totalmente distintas umas das outras.

Esboço João 3: 16.

I. A Salvação pelo Grande Amor de Deus.
II. A Morte do Filho por Todos.
III. A Maravilhosa Graça.
IV. Maravilhoso Favor Imerecido. Obs. Esta IV divisão se sobrepõe a III divisão. Portento, está errada.

Por que Graça é o mesmo que Favor Imerecido. Prestem muita atenção para não ocorrer este problema.
VII. INTRODUÇÃO 

7.1 Compreendendo o valor a e extrema utilidade da Introdução. Embora a Introdução pareça um assunto longo. Todavia, achamos por bem e necessário escrever algumas considerações sobre esse assunto. Sua função é de suma importância para uma boa pregação. A Introdução ocupa um lugar de relevância por direcionar e atrair a atenção dos ouvintes ao assunto principal. É preciso estudar bem o Texto para extrair dele a sua Introdução, ela deve estar em harmonia com seu Tema. A Introdução serve como um convite, uma indicação das partes importantes da mensagem para que os ouvintes prestem atenção ao assunto que será pregado.

7.2 Um bom Sermão começa com uma boa Introdução. Se analisarmos de forma consciente, observaremos o valor de uma boa Introdução, mesmo sabendo que têm Sermões com suas Introduções mal feitas, alguns nem se preocupam em dar brilho à Introdução do seu Sermão. A Introdução deve ser tão inteligente como o Sermão todo.  

7.3 A relevância da Introdução e a avaliação dos ouvintes. Robinson (1990, p. 107) comenta que a Introdução tem um peso relevante num Sermão, além do seu conteúdo e da sua duração. No decorrer da Introdução os ouvintes terão as impressões de estarem ouvindo um preletor, que vão determinar se aceitarão ou não o que o ilustre pregador diz, ou não. Eles observarão se o pregador parece nervoso, hostil, ou desesperado, os ouvintes estarão dispostos a rejeitá-lo. Por isso, na Introdução tanto o pregador como sua Introdução serão avaliados pelos seus ouvintes. 

7.4 Um bom pregador deve expor uma boa Introdução. Porém se o pregador parecer, alerta, afoito, amistoso, e interessante, os seus ouvintes decidirão ouvi-lo porque entenderão que ele é um pregador capaz, porque na Introdução já demonstrou isso. Então na Introdução o pregador precisa expor toda sua habilidade. Sabemos ou deveríamos saber que a Introdução é um fato relevante porque apresenta à congregação a ideia que o pregador desenvolverá. “As características das Introduções eficazes se desenvolverão a partir desses propósitos”.

7.5 A Introdução deve atrair à atenção dos ouvintes. Robinson é da seguinte opinião: Uma Introdução deve atrair à atenção. Quando o ministro sobe ao púlpito, não ousa pressupor que a congregação está assentada com expectativa na beira dos bancos, esperando seu Sermão. Na realidade, provavelmente estão um pouco entediados, e acalentam uma suspeita de que ele tornará a situação pior. Um propósito russo oferece sábio conselho ao pregador: “Acontece com os homens o mesmo que com asnos: quem quiser segurá-los firme deve agarrar-se muito bem às suas orelhas!”. As palavras iniciais de um Sermão não precisam, portanto, ser dramáticas; nem sequer precisam ser simples; mas devem ir atrás das mentes dos ouvintes para forçá-los a escutar. Se o pregador não captar a atenção durante os primeiros trinta segundos, talvez nunca consiga de modo algum. (ROBINSON, 1990, p. 107 grifo meu). 

7.6 A Introdução deve estar em sintonia com o Tema. Para Hawkins (1991, p. 17) a Introdução deve estar em sintonia íntima com o pensamento central que é o (Tema), assunto. A Introdução precisa ser apresentada de tal forma que venha ajudar seus ouvintes a entrarem na sua linha de pensamento, e dessa forma devem segui-lo até o fim da sua exposição. 

VIII. PROPOSIÇÃO

8.1 O valor da Proposição para a pregação. Embora seja desconhecida de alguns pregadores, como também em alguns livros sobre pregação, todavia, a Proposição é uma das melhores formas de expressar a ação que determinada passagem bíblica traz, aplicando-a a vida dos ouvintes de forma clara e objetiva. A Proposição também é tida como fator inseparável do Texto, muito importante para o desenvolvimento contínuo do Sermão. A Proposição é de suma importância, necessária, eficiente, e muito precisa na compreensão do Texto em desenvolvimento.

8.2 A Proposição é um item de muito valor para o sermão. Proposição (Tese, Síntese, Sentença-Tema). Uma sentença em forma máxima. Para Lachler (1990, p. 103) a Proposição é: “o coração do sermão. Assim como o coração bombeia o sangue, dando vida ao corpo humano, a Proposição vitaliza a forma e o conteúdo do sermão”. O Dicionário Caldas Aulete desenvolve um pouco mais. A Proposição é: “Parte de um discurso onde se apresenta e expõe o assunto que se pretende provar, estabelecer, discutir, contar, ensinar ou descrever”. (LACHLER, 1990, p. 103). 

8.3 A Proposição dever ser clara e objetiva. Na opinião de Koller (1984, p. 72) a tese deve ser perfeitamente clara e objetiva. “Estruturalmente esta é a sentença mais importante do Sermão inteiro, deve estar isenta do mais ligeiro toque de ambiguidade (ter mais de um sentido). Em parte, nenhuma a brevidade e a simplicidade estão a maior prêmio do que aqui”.

J. H. Jowett expressou a convicção de que “Nenhum Sermão está pronto para ser pregado, nem pronto para ser publicado, enquanto não nos for possível expressar o seu Tema numa breve e fecunda sentença, tão clara como cristal”. Ele achava a obtenção dessa sentença “o mais difícil, exigente e frutuoso trabalho” no seu gabinete.

8.4 A importância da proposição para o Sermão. Provavelmente para muitos pregadores a Proposição pode soar como algo diferente, devido aos nossos costumes. Seria razoável pensarmos assim, porque é muito difícil absorver esse assunto sobre a Proposição, porque poucos irmãos já ouviram falar sobre ela. Se nós acrescentarmos a Proposição aos nossos Sermões, veremos o quanto ela é importante no desenvolvimento do Tema. A Proposição reforça os conceitos da pregação. Enriquece as ideias do Sermão tornando-o mais rico e mais compreensível. 

8.5 Quantidades de palavras da Proposição. E Em todo o Sermão o pregador deve introduzir uma mensagem fundamental ou verdade básica na mente de seus ouvintes. Esta breve mensagem em forma de sentença–tema que deve expressar aquilo que o pregador deseja que os ouvintes conheçam, creiam, sintam ou façam, ou se deve fazer a aplicação em seu modo de vida. 

8.6 Exemplos básicos de Proposição. Por exemplo, num Sermão informativo que trata sobre Davi e a morte do gigante Golias, a sentença-tema seria: “Davi era um homem bom, segundo o coração de Deus”. Obs.: Esta sentença-tema (Proposição) acima contém dez palavras. Reiterando, mas poderia ser também de dezesseis a dezoito palavras, mas difere de autor para autor. 

8.7 A Proposição como ideia principal do Texto. Procuramos relevar e ressaltar a importância, e a necessidade inquestionável do uso da Proposição, extraída do Texto bíblico a ser pregado. Deveríamos devotar à Proposição maior consideração, porque ela quando bem trabalha além de enriquecer o Sermão, torna sua mensagem clara e isenta de dúvidas por parte dos seus ouvintes, além de dar segurança ao pregador ao expô-la com sabedoria e precisão. 

8.8 Portanto, a Proposição é: ICT A Ideia Central do Texto é uma frase breve, contendo de (10 a 18 palavras) no máximo, capaz de traduzir a mensagem como expressão exata do que o Texto original encerra; ela é, por isso, imprescindível à unidade, objetividade ela é a síntese da mensagem na pregação. Com o auxílio da ideia central do Texto, o pregador será capaz de comunicar-se em poucas palavras com seus ouvintes. E é a partir dela que o foco principal do Texto poderá ser traduzido para a contemporaneidade.  

8.9 Observar a característica do verbo. Uma Ideia Central do Texto tem características: ser uma frase com sentido completo; ter o verbo principal no pretérito (passado) Significado da sigla ICT. Significa a Ideia Central do Texto. 

Não se esqueça, no ICT o verbo é no pretérito; ser clara, concisa e objetiva; ser comunicativa e, principalmente, ter a capacidade de identificar o texto em pauta. (MORAES, 2007, p. 64, 65, alterações e grifos meus). 

8.10 Como deve ser a tese (Proposição). Na tese o verbo é no presente. Dickson ensinou que a tese responde às perguntas: o que diz o Texto para nós hoje? Qual é a sua aplicação do Texto? Tese é, portanto, o resumo de tudo quanto se pretende transmitir no púlpito. Surge a partir da contextualização da ideia central do texto. Para consegui-la, o pregador precisa ter em mente a Ideia Central do Texto básico, já expressa através da Ideia Central do Texto; deve ser claro, considerar as necessidades dos ouvintes para atualizar a mensagem do Texto. (MORAES, 2007, p. 72 grifos meus).

IX. CONCLUSÃO

9.1 A importância da Conclusão para o Sermão. A Conclusão é algo de sumo importância para o Sermão, infelizmente muitos não dão a ela o devido valor. Tem Conclusão feita de modo precário e o que era para ser uma Conclusão abençoada, não passa de um simples comentário às vezes meio sem nexo, fora do seu real propósito, chegando a ser monótona, agressiva, ruim e cansativa. Conforme Braga (1993, p. 208) a Conclusão de uma mensagem deve ser encarada como o clímax do Sermão, tendo os objetivos bem elaborados, para que seu alvo seja atingido de forma eficiente, produtiva e poderosa. 

9.2 A importância da Conclusão para o Sermão. É preciso que fique claro que a Conclusão não é uma breve e nem uma longa lista de ideias feitas de forma aleatória, mas deve ser parte integral do assunto discorrido. Devemos entender que a Conclusão é a parte final do que foi pregado, no qual todo esforço disposto, agora se concentra nela com toda força e intensidade, com o único objetivo de causar um grande e vigoroso impacto sobre os ouvintes.

9.3 O término é tão importante como o início. Na visão de Cabral (1981, p. 70 acréscimos meus) diz que na Conclusão, o mensageiro precisa apresentar o clímax da sua pregação. A aplicação final é muito poderosa, está na Conclusão do Sermão o fechamento das questões que levarão o povo a uma reflexão positiva. “A Conclusão é tão importante como a Introdução”. Sem dúvida, a eficiência de um bom Sermão está também na sua Conclusão. 

9.4 Concluir é só relembrar o que foi pregado. Conforme explicação de Braga (1993, p. 209) antes de elaborar a Conclusão, é bom saber que nela não caberão novas ideias ou argumentos no momento que estiver sendo exposta. Seu único propósito é somente ressaltar, reafirmar, estabelecer, relembrar o que foi exposto, de forma que venha causar nos ouvintes o impulso final da mensagem.

9.5 Sermões sem uma boa Conclusão é um Sermão deficiente. Podemos observar que muitos pregadores colocam grande ênfase na construção dos seus Sermões, mas se esquecem de preparar uma boa Conclusão, como se a Conclusão fosse apenas uma breve despedida dos ouvintes. Em vez de concentrarem todo o seu esforço na Conclusão, que até este ponto o seu Sermão está aquecido pela unção do Espírito Santo. O pregador não sabe trabalhar corretamente a sua Conclusão.

9.6 Apresentem na sua Conclusão as principais linhas de pensamentos pregadas. Seja qual for o objetivo do Sermão, o mensageiro deve reunir em sua Conclusão, todas as linhas principais de pensamento apresentadas na mensagem, de forma a produzir uma resposta pessoal. O Ministro deve estar muito atento na hora de concluir seu Sermão, para que nestes últimos minutos sejam decisivos para formar uma ideia positiva nos corações dos seus ouvintes, por isso é imprescindível evitar as Conclusões monótonas e desmotivadoras. 

9.7 A Conclusão tem que atingir as três funções da alma: Intelecto, Emoções e a Vontade

Se a Conclusão não atingir o Intelecto, a Emoção e a Vontade dos ouvintes em relação à proposta do Sermão. Sentimos muito em dizer que todo esforço, não valeu tanto, porque o pregador colocou quase tudo a perder na sua Conclusão mal feita, por falta de experiência ou por não saber de fato como fazer e proceder na hora de concluir seu Sermão. 

9.8 Temos observado que certas Conclusões não passam de um breve discurso enfraquecido pelo cansaço e desmotivação do pregador perdido no tempo que lhe haviam dado. Ele tenta fazer tudo na correia de última hora e acaba colocando tudo a perder por causa do seu descontrole emocional devido sua irresponsabilidade com o horário e com a ética. 

9.9 As letras dão sabedoria, cura o mal da ignorância, engrandece o homem, mas a preguiça desgraça o mais sábio dos homens. Por isso, a responsabilidade do pregador é tríplice: Ele prega a Palavra do Senhor para corrigir e salvar o miserável pecador, alimentar os salvos e reconciliar os distantes do Caminho pela Palavra de Deus. A única forma para crescer é se joelhar, se assentar, aprender, e depois se levantar e caminhar e caminhar e caminhar... (Mestre Pastor Expedito Darcy da Silva).

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