Estamos vivendo um período muito ruim, quanto ao crescimento de igrejas. Não estamos contando com as igrejas que promovem todos os tipos de heresias para se manter no poder às custas de fortunas, para pagar os caríssimos programas televisivos e o restante se aplica na vida pessoal. Mas quanto ao crescimento do Corpo de Cristo, ainda estamos deixando a desejar.
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mt. 28:19).
E
perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em
casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a
simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia,
os que iam sendo salvos. (At. 2: 42, 46,47).
Introdução
Estamos
vivendo um momento muito critico quanto ao crescimento da igreja. Lembrando que
não se trata de uma única igreja, específica, mas no geral todas as
denominações estão caminhando a passos lentos quanto ao seu crescimento, tanto
físico, intelectual, cultural, e espiritual.
Logicamente
estamos muito distante dos acontecimentos de Jerusalém, e quanto ao que Cristo
disse sobre a Grande Comissão para a igreja ir, também estamos, até de certa
forma indo, mas a passos muito lentos. Falta-nos a visão paralela com a Igreja
de Jerusalém e também precisamos atentar mais para o que Jesus disse em Mateus
28:19.
Conscientização e ação coletiva.
A
final, de quem é a culpa, quanto à gestão de talentos? Do pastor, dos obreiros,
da igreja? Para falar a verdade, de todos nós, porque primeiramente já fomos
convocados individualmente pelo Senhor Jesus para o IDE, por isto a culpa pelo mau
desempenho da igreja, quanto ao seu crescimento é de todos nós.
Não
precisamos ser mandados a fazer o que já deveríamos ter feito com mais empenho.
Temos que ir ao campo, porque esta ordem já nos foi dado por Cristo. Mas por onde
começar? Repensando nossa liturgia como igreja e acrescentar mais ânimo
missionário, envolvendo mais os que estiverem dispostos a trabalhar.
Primeiro,
temos que ter bons planejamentos, uma boa equipe ou um grupo bem estruturado,
com um bom líder, dinâmico e prático. Pode ser o pastor, desde que tenha
disponibilidade para os trabalhos, ou um obreiro de sua confiança, desde que
seja capacitado para este grande trabalho, mas acima de tudo deve ser um bom
Evangelista.
Também
é necessário como requisito essencial, que o líder seja muito dedicado e com
amor pelas almas, homem de oração e com comprometimento com Deus e com sua
Palavra, sem querer de forma alguma visar benefícios próprios.
Portanto,
é preciso também, que a equipe tenha um bom curso teórico e prático, (treinamento
dinâmico), com uma estrutura bem elaborada, seguida a risca sempre. Também é
preciso haver plena harmonia entre os integrantes da equipe, ou grupo de
trabalho missionário. O líder precisa ser humilde, carismático, comunicador,
com sangue de um verdadeiro Evangelista. Estas são algumas das virtudes entre
tantas, para se trabalhar em equipe e também para se adentrar nos lares ou
qualquer lugar público, ou privado. O treinamento para tudo isto deve ser umas
das prioridades.
Não
adianta vivermos das sombras e das glórias saudosistas do passado, agora é o
presente que nos importa, se olharmos muito para as nossas histórias do
passado, veremos o quanto falhamos, com tanto tempo como igreja do Senhor, isto
é, já deveríamos ser dezenas delas, mas paramos em nossa velha construção.
Perguntas para reflexão:
1.
Qual
deveria ser a prioridade para o crescimento de igrejas?
2.
O
modelo atual de liturgia está correspondendo com a verdadeira necessidade da
igreja, quanto ao seu crescimento?
3.
Qual
é a nossa visão hoje para que a igreja cresça?
4.
Onde
se gasta mais recursos financeiros, em relação ao crescimento da igreja?
1. Qual deveria ser a prioridade para o
crescimento da igreja?
Tratando-se
de prioridade, o departamento mais importante para o crescimento da igreja é a
conscientização para uma Teologia Prática, quanto as Missões também Práticas.
Não adianta vivermos somente no apoio de oração e financeiro, se nós mesmos não
nos dispusermos a ir também.
Hoje
é visível o orgulho pelo missionário enviado, também vejo assim, mas a alegria
maior é ir também como ele, ou enviar alguém como ele e sustentá-lo, como nosso
enviado, isto seria motivo de nossa realização independente de quaisquer
circunstancias.
Sugestões práticas:
a)
Primeiro
ao levarmos o novo convertido ao discipulado, deveríamos fazê-lo com vistas ao
trabalho missionário, isto deveria ser acrescentado com mais ênfase junto às
doutrinas que lhes são oferecidas.
b)
O
papel primordial da igreja deveria ser o de treinar o obreiro, ainda que não
seja um obreiro qualificado (consagrado) para o trabalho é preciso exercitá-lo para
o trabalho missionário. Levá-lo a pratica, até mesmo antes de consagrá-lo ao
Santo Ministério. Porque depois de consagrado vai ser difícil ensiná-lo.
c)
Ensina-se
quase tudo no discipulado, mas quanto ao ensino missionário estamos deixando a
desejar, esta culpa se dá pelo currículo ao que se submete o novo convertido.
Entre as prioridades de ensiná-lo, a missão deveria ocupar um bom, ou porque
não dizer um grande espaço no seu ensinamento e treinamento prático. Cristo se
preocupou primeiro em convocar, treinar para depois enviar.
d)
No
calor da nova conversão o novo convertido, sua recém-conversão a Cristo, é um
dos melhores momentos para inculcar lhe a consciência missionária. Ele está
disposto a fazer tudo pelo amor ao Senhor, como algo prazeroso, isto é representado
pelo seu ardor ao falar de Cristo para seus parentes e amigos. Mas este calor
logo passará e se ele não for bem ensinado, treinado, bem exercitado no
trabalho missionário, com certeza, será mais um dos muitos obreiros sem ânimo
para o trabalho missionário, ou seja, vai ser mais um como muitos, um excelente
obreiro interno, mas um obreiro sem muitos requisitos para o trabalho no campo.
Ele se tornou muito doméstico, agora para sair, ir é mais difícil.
2. O
modelo atual de liturgia está correspondendo com a verdadeira necessidade da
igreja, quanto ao seu crescimento?
Não! Primeiro,
estamos mais envolvidos com diversos afazeres e deixamos o que é prioridade, as
missões. Nossa liturgia está muito aquém de ser uma liturgia completa. Por
assim dizer, justificamos o baixo trabalho na área missionária, o que estamos
esperando? Se analisarmos o papel da igreja, logo perceberemos a nossa
deficiência. Não podemos estar atrelado aos que não têm visão missionária, ou
aos quem tem visão curta. Cabe a nós irmos à frente, sem precisar que nos mande,
ou esperar que sejamos enviados por um grupo, ou qualquer entidade. O
mandamento do IDE já nos foi dado! Cada igreja deve sim prestar contas,
relatórios de tudo ao que está subordinada, seja quem for, mas o relatório de
missões este sim, primeiramente se presta contas a Deus.
3. Qual
é a nossa visão hoje para que a igreja cresça?
Absolutamente
é difícil responder esta pergunta, pois engloba muitas coisas. Dizer o que é
preciso, pode ofender os que não estão com as vistas boas para as missões.
Nossa visão hoje
é mais parasitaria do que podemos imaginar. Colamos cartazes nas paredes,
divulgamos mais o missionário enviado, do que as nossas atividades
missionárias. Valorizar o missionário no campo é imprescindível, mas o nosso
dever é fazer o que ele está fazendo, irmos ao campo também. Sem deixar é claro
de apoiar o que está trabalhando no campo missionário. Com certeza ele precisa
sim de nosso apoio. Mas a nossa atitude também é de conscientizar a igreja a
fazer o mesmo.
4. Onde se gasta mais recursos financeiros, em
relação ao crescimento da igreja?
Em muitos
departamentos, mas infelizmente com as missões são mínimas, dizem que se gasta
mais com Coca Cola e com recarga de celular..., do que com missões. Algumas
observações a serem consideradas: Olhando para a igreja pelo seu tempo de
existência, pela quantidade de Obreiros missionários, pelo gasto da igreja com
missões, pelo seu quadro de missionários enviados, no Brasil e fora dele, nas
missões em cidades vizinhas, em pontos de pregação, em grupos evangelísticos,
nas aberturas de igrejas afiliadas. Se tivermos uma boa liderança acima de nós
para o comprometimento missionário, na aplicação financeira, com certeza
colheremos muitos frutos. Quanto a estas observações, devem-se observar também
todos estes requisitos para os mesmos, que nos ditam as regras missionárias.
Estes itens acima também deveriam entre outros tantos, receber mais atenção e
investimentos financeiros, para expandirmos nossa missão, com bons instrumentos
e acessórios para fortalecer nosso trabalho no campo.
Conclusão
Portanto, missão
não se faz somente com boas intenções, mas, com boas ações, com as mãos na obra.
Estamos em 2016 e a igreja ainda não evangelizou metade do mundo, se olharmos
para nós o tempo da nossa existência, individual e coletiva, também veremos que
não crescemos a metade do que deveríamos ter crescido.
Nossos rumos
hoje como igrejas são vários, mas para muitos de nós o caminho missionário está
sendo pouco percorrido. Todos os planejamentos da igreja são de extrema
importância, mas se o programa de missões for fraco todos os projetos se
enfraquecerão com certeza! É hora de repensarmos a nossa vida como igreja
missionária. Está na hora de orar e planejar mais e fazer o que já deveríamos
ter feito.
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