A riqueza do Pentecostes sempre foi
algo de admiração pelos judeus e também pelos judeus cristãos convertidos no
início da Igreja em Jerusalém. O acontecimento em Jerusalém no dia da Festa de
Pentecostes foi um evento rico em realidade e simbologia. Em (Lv. 23:9-11; At.
2: 1-13), oferecia-se os primeiros frutos da lavoura como oferta movida ao
Senhor. Com a descida do Espírito Santo na Festa de Pentecostes em Jerusalém marcou
a fundação da Igreja Cristã Apostólica. Convém ressaltar, que, essa Festa de
Pentecostes era realizada somente entre os
judeus do Antigo Testamento, cf. (Dt. 16: 9,10); (Êx. 23: 16; Lv. 23: 9 -11). E
também em o Novo Testamento que ficou conhecido no Dia de Pentecostes. (Atos.
2).
Muitas
pessoas, entre elas a maioria pentecostais e carismáticos têm interpretado
erroneamente esse texto de (At. 2:1-13), relacionando-o ao pentecostalismo
atual. O Pentecostalismo Moderno
está inserido em outro contexto muito distante da Festa do Pentecostes em
Jerusalém, na qual foi derramado o Espírito Santo sobre os Apóstolos judeus e
inúmeras pessoas presentes no Cenáculo, dando início a Igreja Cristã
(apostólica judaica).
Trask;
Womack comenta sobre o dia de Pentecostes em Jerusalém.
O
dia de pentecostes (cerca de 30 d.C) mudou o mundo, pois representou o
nascimento da Igreja. Naquele dia, milhares de judeus religiosos de todo
o Império Romano estavam em Jerusalém para celebrar a Festa da Colheita, de
acordo com a lei. Nos tempos antigos, “o dia das primícias”, como era chamado,
era uma festa de agricultores na época da colheita. (TRASK; WOMACK, 1997, p.
84, 85). (Grifo meu).
Houve
muitos focos de avivamentos originados pelo Espírito Santo, mas não se
concretizou como marco de fundação do pentecostalismo. Provavelmente o mais
importante precursor imediato do pentecostalismo tenha sido o movimento de
santidade que emergiu do coração do metodismo do século XVII. “A história do
pentecostalismo, numa visão moderna da palavra, partiu da “escola bíblica de
Charles Fox Parham, em Topeka, Kansas, em 1901””. Em relação aos
questionamentos sobre sua época exata em que “Parham começou a dar ênfase ao dom de línguas”, nesse ponto há uma
concordância entre os historiadores, que o movimento tenha iniciado no ano de
1901, quando se iniciava o século XX. No auge da reviravolta em que o movimento
pentecostal ganhava força partiu de
Parham a ideia de que as línguas estranhas eram “evidência bíblica” (confirmação)
do batismo no Espírito Santo. (SYNAN, 2009, p. 18). Parham
estava equivocado porque a língua
estranha não é nunca foi e nunca será a evidência do batismo com o Espírito
Santo e sim um dos dons do
Espírito Santo. Conhecido também como uma forma
de sinal “De sorte que as
línguas são um sinal,...” (ICo. 14: 22). Mesmo com todo esforço de
Parham, não foi a partir da sua escola bíblica e nem dele que se concretizou as
origens do Pentecostalismo Moderno no início do século XX.
Conforme
o comentário do pastor Cull (2010, p.1) “Seymour ficou em oração, aumentando
seu tempo diário de oração de cinco para sete horas por dia, pedindo que Deus
lhe desse aquilo que Parham pregou. “Em uma noite, 9 de abril de 1906, o poder
do Espírito Santo caiu na reunião de oração na Rua Bonnie Brae, 214, em Los
Angeles e a maioria das pessoas
receberam o dom (sinal) da
glossolalia, entre essas pessoas estava Jennie Moore, que mais tarde se
casou com William J. Seymour”. O local indicado como marco principal na
história do Pentecostalismo Moderno foi realizado num lugar simples e sem
cerimônias. O lugar era uma Igreja Metodista Episcopal, que após um incêndio
estava sendo usada como estábulo e depósito. Seymour e alguns irmãos, “Depois
de tirar os escombros, e construir um púlpito de duas caixas de madeira e
bancos de tábuas, o primeiro culto foi realizado na Rua Azusa no dia 14 de
abril de 1906, 312, Los Angeles, EUA”. (Grifo meu).
“Outro
peregrino da Rua Azusa foi William H. Durham, de Chicago. Depois de receber o
dom de línguas em 1907, retornou à sua cidade e conduziu milhares de
norte-americanos do Meio-Oeste e canadenses ao movimento pentecostal”. Durham
criou “Sua teologia da “Obra consumada”, que versa sobre a santificação
progressiva, começou a ser proclamada em 1910 e influenciou a formação das
Assembleias de Deus, em 1914”. (SYNAN, 2009, p. 20). (Dissertação de Mestrado Prof. Expedito D. da Silva).
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