Outro ramo da cultura apresentado por Gundry (2011, p.
52) era as lutas dos gladiadores no anfiteatro, no coliseu e em outros centros
de entretenimentos o qual ficou conhecido ironicamente como pão e circo, ironicamente porque o
espetáculo desligava o pensamento da população quanto aos seus problemas
particulares, os sofrimentos, o pão, porque por um momento a fome era contraída
e os miseráveis viviam por pouco de tempo o sonho de dormirem com suas barrigas
cheias, pois o tal alimento era fornecido pelo imperador para aplacar as
tensões da população, com isso o circo estava formado.
Gundry
continua relatando os fiascos da história deixada por Roma e do povo da
Palestina:
Os gladiadores podiam ser
escravos, cativos, criminosos ou voluntários. Nada menos de dez mil indivíduos
morreram num único desses eventos. A areia da arena ficou tão empapada de
sangue que foi preciso trocar a areia várias vezes naquele dia. Os espetáculos
de gladiadores que exibiam animais ferozes. Em uma dessas oportunidades,
trezentos leões foram sacrificados. Quando da abertura inaugural do anfiteatro
de Tito, cinco mil animais ferozes e quatro mil animais mansos foram
trucidados. Elefantes, tigres, panteras, rinocerontes, hipopótamos, crocodilos
e serpentes foram postos a lutar uns contra os outros. Peças teatrais
maliciosas refletiam a imoralidade da época. Todavia, as diversões não
consistiam somente de deboches. (GUNDRY, 2011, p. 52).
Podemos notar que o
mundo social do Novo Testamento não era tão social como se pensa, pois a
desordem social, econômica, política eram tão fragelosas quanto pareciam.
Também devemos pensar no sistema religioso, na política clerico sacerdotal, o
partidarismo político? A situação em Jerusalém não era muito diferente dos seus
senhores passado, como os: assírios, babilônios, medo-persas. Alexandre o Grande e os romanos sob os quais
viviam, pois os resquicios do reinado grego dos selêucidas, haviam criado questões
religiosas por causa de dinheiro, em Jerusalém também não era diferente. A
tradicional família dos Tobíadas. A família tobiada foi uma família de
judeu, que viveu no século II a. C., e escreveu um Livro! O Livro de Tobias é um Livro apócrifo,
ou seja, foi considerado como um livro da Bíblia pela igreja Católica (romana),
mas na Bíblia da maioria dos evangélicos não tem esse Livro. Motivo pelo qual alguns historiadores
não acreditam que as histórias do Livro são verdadeiras o mais provável que
sejam inventadas por Tobias porque dificilmente se encaixam no contexto histórico
da época em que foi escrito. Desde a época do reinado persa, essa
família foi se enriquecendo com o comércio, graças à colaboração que prestava
ao dominador da época. Parte do dinheiro dessa família estava guardado no
Templo de Jerusalém, juntamente com o dinheiro reservado aos pobres. Nesse
período, o Templo já funcionava como banco finaceiro! (BALANCIN, 2005, p. 70).
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