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sexta-feira, agosto 07, 2015

A IMPORTÂNCIA DA EPÍSTOLA AOS GÁLATAS NOS DIAS ATUAIS

O Cristianismo na Galacia foi confrontado com uma ação forte do judaísmo. Na atualidade será que podemos ver a utilidade e a atualidade da Epístola, que foi endereçada aos gálatas, um povo específico daqueles tempos, com sua religião fundamentada nas Escrituras. O Cristianismo estava correndo um grande perigo de tornar-se um ramo do judaísmo, mas esse incidente já está encerrado depois de muitas lutas pelo apóstolo Paulo, principalmente por ser um rabino executor da lei que professava.
Mesmo que o seu cenário histórico local, tenha passado por este conflito de ideias, sua apresentação de princípios cristãos eternos tem sido reconhecida universalmente. Esta foi, sem dúvida, o motivo de sua conservação e de sua inclusão incondicional no cânon cristão.
Foi na primeira metade do século II, que Márciom dizia estar mais próximo dos conceitos apostólicos, portanto, considerava a questão da circuncisão como sendo típica de um antagonismo (Oposição de ideias) geral ao judaísmo.
A despeito do fato de que a exegese de Márciom era falha, sua alta estima por esta Epístola é um testemunho relevante à necessidade sentida, não apenas pelos ortodoxos, mas também pelos hereges, de compreenderem a Epístola de modo a encontrar nela uma aplicação geral ou contemporânea.
No pensamento e nos escritos de Martinho Lutero. Seu comentário da Epístola é uma exposição notável da doutrina da Reforma, e em muitas das suas outras obras a influência desta Epísto­la é inegável. Lutero dizia que, se existisse somente a Epístola aos Gálatas seria suficiente para salvar a humanidade.
Na sua batalha feroz contra as doutrinas papistas ele via nes­ta Epístola uma ilustração do seu próprio papel na situação. 
Considerava os judaizantes como exemplos dos legalistas na religião; e, portanto, como exemplos de qualquer sistema religioso em que a aproximação de Deus ti­nha como base exigências legalista.
 Lutero sabia por experiência própria que o sistema monástico representava uma escravidão tão grande quanto à situação confrontada pelos gálatas. A justificação pela fé foi à resposta de Paulo à situação deles e veio a ser igualmente a resposta de Lutero.
Não é de admirar que este se tornasse o tema principal da sua pregação. O tratamento dado a esta Epístola por Lutero, embora fortemente condicionado pelos seus próprios problemas contemporâneos, aponta o caminho pa­ra a relevância moderna da Epístola.
O cristianismo legalista tem-se ma­nifestado de muitas formas desde os dias de Lutero, mas o exegeta moder­no não pode achar outra maneira mais eficaz para tratar do mesmo.
 Permanece tão verídico hoje quanto era naquela época que qualquer forma de legalismo leva à escravidão e toda e qualquer forma de escravidão é estranha ao cristianismo conforme Paulo o entendia. O estudante moder­no da Epístola aos Gálatas deve ficar profundamente agradecido a Martinho Lutero por ter descoberto sua verdadeira relevância, que culminou na Reforma protestante, lógico, somado a outras fontes do Novo Testamento.
 Uma advertência séria contra o *legalismoNão há dúvida que os judaizantes na Galácia eram pessoas sinceras, acreditando honestamente que o melhor procedimento possível para os gentios era serem circuncidados de modo a se tornarem membros genuínos do povo da Aliança e leais seguidores do sistema legal judaico. Isto era tanto mais confirmado em suas mentes pelo fato de os cristãos gentios reconhecerem como suas as Escrituras judaicas e pelo apelo constante a essas Escrituras na exegese da Igreja primitiva. Foi difícil para o apóstolo Paulo controlar essa situação que estava acontecendo, não como uma rebelião entre judeus e gentios, mas uma ignorância generalizada de ideais judaicos distintos do verdadeiro cristianismo.  
Para os cristãos judaicos sinceros parecia, portanto, natural, que os gentios devessem ser absolvidos pelo judaísmo, o que não era aceito de igual modo pelos gentios, que tinham o apoio de Cristo, que os havia chamado a salvação, (João 3: 16) é o chamado universal.
 Ao invés de afrouxar os padrões, o apóstolo favorece o inverso. O tipo de cristianismo que ele defendia faz exigências rigorosas ao homem, a despeito do seu antilegalismo. A exigência principal é o exercício do amor. É o primeiro entre o fruto do Espírito (Gálatas 5:22). E o antídoto às obras da carne (Gálatas 5:19ss.). É a salvaguarda contra o uso errado da liberdade cristã, uma vez que considera o serviço prestado aos outros de maior valor do que a autossatisfação (Gálatas 5:13-14). Está disposto a carregar os fardos dos outros (Gálatas 6:2) e a dedicar-se à prática do bem em benefício do próximo (Gálatas 6:9-10). Ele é, além disto, acompanhado pelo fruto do Espírito (Gálatas 5:22). A total negação da carne é expressa vividamente por Paulo na sua declaração: "Já estou crucificado com Cristo..." (Gálatas 2:20). Não se trata, pois, de qualquer padrão ético incompleto, já superado pelo homem moderno, a ponto de não mais precisar de tais exortações.

*Legalismo: Do lat. legale + ismo. Tendência a se reduzir à fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas. A palavra traduzida Lei (gr. nomos; hb. torah) significa “ensino ou instrução”. O termo lei pode referir-se aos dez mandamentos e ao Pentateuco.
Relativo à lei, pessoa que pugna pela observância da lei, isto é, briga, combate, batalha, luta pelo cumprimento da Lei da tradição imposta pelos homens.
O legalismo é isto, prima por alguma “prioridade” em detrimento do que é realmente prioritário isto acarreta um grande perigo, pois ele falsifica o Evangelho de Cristo.
A palavra “legalismo” não é encontrada na Bíblia; esta palavra é um sinônimo de legalidade ou observância da Lei. No Novo Testamento, o legalismo foi introduzido na igreja cristã pelos crentes oriundos do Judaísmo que, interpretando erroneamente o Evangelho de Cristo, forçavam os gentios a guardarem a Lei de Moisés. 
 

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