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segunda-feira, agosto 31, 2015

O HOMEM E A FONTE

Certo homem, andando pela floresta, deparou-se com um urso. Assustado pôs-se a correr e acabou caindo num desfiladeiro. Durante a queda agarrou-se em umas raízes, as quais detiveram sua queda livre.
Pendurado ali, seguro pelas raízes, ele percebe que não está numa altura considerável, com um salto, ele conseguiria pisar em solo firme. Neste raciocínio ele vê que suas expectativas são frustradas, pois ali, bem abaixo, aparecem três leões rugindo e pulando em sua direção tentando devorá-lo. Vendo a situação em que se encontrava. “Um urso feroz acima da sua cabeça e três leões, rosnando aos seus pés. Observando que não havia saída para se desvencilhar daquela situação de morte eminente, o desespero o tranca em seu castelo e aquele homem, caiu em grande aflição”.
Seus braços começam a doer, suas mãos começam se ferir, o pavor invadiu sua alma, a dúvida, angustia e tudo mais de pessimismo, levaram aquele homem a um grande conflito. “Não tem saída para nenhum lado, vou morrer”.
De repente, olhou para o lado e vê uma fonte jorrando água límpida dentre aquelas raízes, nesse momento percebeu que estava com sede. Pensou que o desespero naquela situação que se encontrava, não seria solução para seu problema. Então resolveu estender uma das mãos, para tomar daquela água, que estava ao seu alcance.
Ao tomar daquela água, ele sentiu suas forças revigoradas. Seu raciocínio tornou-se mais claro e pode desenvolver a paciência e abandonar o desespero.
Agora tranquilo e revigorado, sabia que logo o urso ia se cansar e iria embora, dessa maneira ele poderia escalar o desfiladeiro escapando dos leões. Não demorou muito o urso foi-se embora e ele pode subir e sair em segurança daquele desfiladeiro.
Moral da História
Quantos momentos em nossas vidas nos deparamos com ursos e leões rugindo ao nosso de redor. Quantos momentos, estamos pendurados em desfiladeiros, acreditando que o fim chegou e que não vamos conseguir sair, acreditando que não há saídas para nossas vidas.
Quantas vezes, nossa alma sedenta busca refrigério em concupiscências, que apenas irão aumentar o bramido do urso e dos leões.
Mas mesmo no desfiladeiro, jorra uma fonte de água límpida e refrescante.
Esta Fonte é Jesus, Fonte de vida e satisfação, que só podemos encontrar nele.
No desfiladeiro da alma cheia de paixões carnais, ignorante, decadente e sem Deus, chega Jesus para saciar a sede das nossas almas e restaurar nossas vidas. Essa Fonte de vida está aberta para eliminar a sede daqueles que se chega a Deus. Ao bebermos dessa Fonte, os leões e o urso, não terão forças para nos levar a morte.

Maria Célia Alves Forte. (Aluna do Curso Médio em Teologia).

domingo, agosto 23, 2015

COMO LER AS ESCRITURAS

EXPOSIÇÃO POR C. H. SPURGEON: SALMO 119:105-115.
Verso 105. Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. 
Somos caminhantes pela cidade deste mundo e muitas vezes somos chamados a sair em sua escuridão – nunca nos aventuramos ali sem o que dá a luz, a Palavra de Deus, para que não escorreguemos. Cada homem deve usar a Palavra de Deus, pessoalmente, de forma prática e habitual, para que possa ver o seu caminho e ver o que está nele. Quando a escuridão se estabelece sobre tudo ao meu redor, a Palavra do Senhor, como uma tocha flamejante, revela o meu caminho. Nós não conhecemos o caminho, ou como andar nele, se a Escritura, como uma tocha em chamas, não revelá-lo. É uma lâmpada de noite, uma luz de dia e um deleite em todos os momentos! Davi guiou seus próprios passos por ela e também viu as dificuldades de seu caminho por seus raios. 
106. Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos. 
Sob a influência da luz clara do conhecimento que ele tinha firmemente decidido em sua mente, declarou solenemente sua determinação diante dos olhos de Deus. Talvez desconfiando de sua própria mente inconstante, ele se se comprometeu de forma sagrada a cumprir fielmente às determinações e decisões do seu Deus. Qualquer caminho pode surgir diante dele, ele prestou juramento que seguiria somente segundo a lâmpada da Palavra de Deus estivesse brilhando. 
107. Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
De acordo com o último verso que ele tinha sido jurado interiormente como um soldado do Senhor, e neste verso seguinte, ele é chamado a sofrer dureza nessa qualidade. Nosso serviço ao Senhor não nos livra da tribulação, mas antes nos assegura disto! O salmista era um homem consagrado e ainda um homem castigado. Vivificação é o melhor remédio para a tribulação – a alma é elevada acima do pensamento de presente angústia e é preenchida com a alegria santa que atende toda a vida espiritual vigorosa – e assim da aflição brota a luz. 
108. Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, ó Senhor; ensiname os teus juízos.
Ele oferece a oração, louvor, confissão e testemunho – estes, apresentados com a sua voz na presença de uma audiência – eram o tributo de sua boca ao Senhor. Ele treme com medo de que estes devem ser tão mal pronunciado como a desagradar ao Senhor e, por isso, ele implora a aceitação. Quando prestamos ao Senhor o nosso melhor, nos tornamos ainda mais preocupados em fazer melhor. Se, de fato, o Senhor nos aceitará, então desejemos ser mais instruído para que possamos ser ainda mais aceitáveis.
109. A minha alma está de contínuo nas minhas mãos; todavia não me esqueço da tua lei. 
Ele viveu em meio ao perigo. Ele tinha que estar sempre lutando pela sobrevivência – se escondendo em cavernas, ou disputando nas batalhas. Este é um estado muito desconfortável e tentador das coisas, e os homens são capazes de pensar em algum expediente justificável pelo qual eles podem acabar com tal condição. Mas Davi não se desviou para encontrar segurança no pecado. Dizem que todas as coisas estão no amor e na guerra -, mas o homem santo não pensou assim – enquanto ele levava sua vida na sua mão, ele também levou a Lei de Deus em seu coração! 
110. Os ímpios me armaram laço; contudo não me desviei dos teus preceitos.
A vida espiritual é palco de perigo constante – o crente vive com sua vida em suas mãos, e entrementes tudo parece conspirar para tirar isso dele – pela astúcia se eles não podem pela violência. Não vamos achar que é algo fácil viver a vida dos fiéis. Os espíritos maus e homens ímpios deixarão pedra e mais pedras para a nossa destruição. Davi não estava enlaçado, pois ele manteve os olhos abertos e se manteve perto de seu Deus. 
111 Os teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre, pois são o gozo do meu coração. 
Ele escolheu como sua sorte, a sua parte, sua propriedade. E o que é mais [importante], ele lançou mão sobre eles e os cumpriu assim – tendo-os em posse e prazer. A escolha de Davi é a nossa escolha. Se pudéssemos ter o nosso desejo, nosso desejamos guardar os mandamentos de Deus perfeitamente. Conhecer as Doutrinas, nos deleitar nas promessas, praticar os mandamentos – seja este um reino grande o suficiente para mim!
112 Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até ao fim.
Ele não estava meio inclinado à virtude, mas de coração inclinado à ela. Todo o seu coração estava determinado à prática, perseverante piedade. Ele estava decidido a manter os preceitos do Senhor de todo o coração, ao longo de todo o seu tempo, sem cometer qualquer erro até o fim! Ele fez o seu objetivo guardar a lei até o fim e isso sem fim. 
113 Odeio os pensamentos vãos, mas amo a tua lei. O oposto da lei fixa e infalível de Deus é a hesitação, mutável opinião de homens! Davi tinha um profundo desprezo e aversão por isso – toda a sua reverência e respeito foi para a certeza da Palavra de Testemunho. Em proporção ao seu amor à Lei era o seu ódio de invenções do homem. Os pensamentos dos homens são vaidade, mas os pensamentos de Deus são Verdade. 
114 Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra. 
Para seu Deus ele correu por abrigo de pensamentos vãos! Lá, ele escondeu-se longe de suas tormentosas intrusões e em solene silêncio de alma ele encontrou Deus para ser seu esconderijo. Quando chamado ao mundo, se não pudesse estar a sós com Deus como seu esconderijo, ele poderia ter o Senhor com ele como seu escudo – e por isso significa que ele poderia repelir os ataques de sugestões ímpias.
115 Apartai-vos de mim, malfeitores, pois guardarei os mandamentos do meu Deus. 
Se nós voamos para Deus por causa de pensamentos vãos, muito mais nós deveríamos evitar os homens vãos. Malfeitores se fazem conselheiros malignos. Aqueles que dizem a Deus: “Afasta-Te de nós”, deve ouvir o eco imediato de suas palavras da boca dos filhos de Deus, “Afasta de nós. Nós não podemos comer pão com traidores”. [Adaptado de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software. Veja todos os 63 volumes de sermões CH Spurgeon em Inglês Moderno, e mais de 525 traduções em espanhol, acesse: www.spurgeongems.org

sexta-feira, agosto 07, 2015

A IMPORTÂNCIA DA EPÍSTOLA AOS GÁLATAS NOS DIAS ATUAIS

O Cristianismo na Galacia foi confrontado com uma ação forte do judaísmo. Na atualidade será que podemos ver a utilidade e a atualidade da Epístola, que foi endereçada aos gálatas, um povo específico daqueles tempos, com sua religião fundamentada nas Escrituras. O Cristianismo estava correndo um grande perigo de tornar-se um ramo do judaísmo, mas esse incidente já está encerrado depois de muitas lutas pelo apóstolo Paulo, principalmente por ser um rabino executor da lei que professava.
Mesmo que o seu cenário histórico local, tenha passado por este conflito de ideias, sua apresentação de princípios cristãos eternos tem sido reconhecida universalmente. Esta foi, sem dúvida, o motivo de sua conservação e de sua inclusão incondicional no cânon cristão.
Foi na primeira metade do século II, que Márciom dizia estar mais próximo dos conceitos apostólicos, portanto, considerava a questão da circuncisão como sendo típica de um antagonismo (Oposição de ideias) geral ao judaísmo.
A despeito do fato de que a exegese de Márciom era falha, sua alta estima por esta Epístola é um testemunho relevante à necessidade sentida, não apenas pelos ortodoxos, mas também pelos hereges, de compreenderem a Epístola de modo a encontrar nela uma aplicação geral ou contemporânea.
No pensamento e nos escritos de Martinho Lutero. Seu comentário da Epístola é uma exposição notável da doutrina da Reforma, e em muitas das suas outras obras a influência desta Epísto­la é inegável. Lutero dizia que, se existisse somente a Epístola aos Gálatas seria suficiente para salvar a humanidade.
Na sua batalha feroz contra as doutrinas papistas ele via nes­ta Epístola uma ilustração do seu próprio papel na situação. 
Considerava os judaizantes como exemplos dos legalistas na religião; e, portanto, como exemplos de qualquer sistema religioso em que a aproximação de Deus ti­nha como base exigências legalista.
 Lutero sabia por experiência própria que o sistema monástico representava uma escravidão tão grande quanto à situação confrontada pelos gálatas. A justificação pela fé foi à resposta de Paulo à situação deles e veio a ser igualmente a resposta de Lutero.
Não é de admirar que este se tornasse o tema principal da sua pregação. O tratamento dado a esta Epístola por Lutero, embora fortemente condicionado pelos seus próprios problemas contemporâneos, aponta o caminho pa­ra a relevância moderna da Epístola.
O cristianismo legalista tem-se ma­nifestado de muitas formas desde os dias de Lutero, mas o exegeta moder­no não pode achar outra maneira mais eficaz para tratar do mesmo.
 Permanece tão verídico hoje quanto era naquela época que qualquer forma de legalismo leva à escravidão e toda e qualquer forma de escravidão é estranha ao cristianismo conforme Paulo o entendia. O estudante moder­no da Epístola aos Gálatas deve ficar profundamente agradecido a Martinho Lutero por ter descoberto sua verdadeira relevância, que culminou na Reforma protestante, lógico, somado a outras fontes do Novo Testamento.
 Uma advertência séria contra o *legalismoNão há dúvida que os judaizantes na Galácia eram pessoas sinceras, acreditando honestamente que o melhor procedimento possível para os gentios era serem circuncidados de modo a se tornarem membros genuínos do povo da Aliança e leais seguidores do sistema legal judaico. Isto era tanto mais confirmado em suas mentes pelo fato de os cristãos gentios reconhecerem como suas as Escrituras judaicas e pelo apelo constante a essas Escrituras na exegese da Igreja primitiva. Foi difícil para o apóstolo Paulo controlar essa situação que estava acontecendo, não como uma rebelião entre judeus e gentios, mas uma ignorância generalizada de ideais judaicos distintos do verdadeiro cristianismo.  
Para os cristãos judaicos sinceros parecia, portanto, natural, que os gentios devessem ser absolvidos pelo judaísmo, o que não era aceito de igual modo pelos gentios, que tinham o apoio de Cristo, que os havia chamado a salvação, (João 3: 16) é o chamado universal.
 Ao invés de afrouxar os padrões, o apóstolo favorece o inverso. O tipo de cristianismo que ele defendia faz exigências rigorosas ao homem, a despeito do seu antilegalismo. A exigência principal é o exercício do amor. É o primeiro entre o fruto do Espírito (Gálatas 5:22). E o antídoto às obras da carne (Gálatas 5:19ss.). É a salvaguarda contra o uso errado da liberdade cristã, uma vez que considera o serviço prestado aos outros de maior valor do que a autossatisfação (Gálatas 5:13-14). Está disposto a carregar os fardos dos outros (Gálatas 6:2) e a dedicar-se à prática do bem em benefício do próximo (Gálatas 6:9-10). Ele é, além disto, acompanhado pelo fruto do Espírito (Gálatas 5:22). A total negação da carne é expressa vividamente por Paulo na sua declaração: "Já estou crucificado com Cristo..." (Gálatas 2:20). Não se trata, pois, de qualquer padrão ético incompleto, já superado pelo homem moderno, a ponto de não mais precisar de tais exortações.

*Legalismo: Do lat. legale + ismo. Tendência a se reduzir à fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas. A palavra traduzida Lei (gr. nomos; hb. torah) significa “ensino ou instrução”. O termo lei pode referir-se aos dez mandamentos e ao Pentateuco.
Relativo à lei, pessoa que pugna pela observância da lei, isto é, briga, combate, batalha, luta pelo cumprimento da Lei da tradição imposta pelos homens.
O legalismo é isto, prima por alguma “prioridade” em detrimento do que é realmente prioritário isto acarreta um grande perigo, pois ele falsifica o Evangelho de Cristo.
A palavra “legalismo” não é encontrada na Bíblia; esta palavra é um sinônimo de legalidade ou observância da Lei. No Novo Testamento, o legalismo foi introduzido na igreja cristã pelos crentes oriundos do Judaísmo que, interpretando erroneamente o Evangelho de Cristo, forçavam os gentios a guardarem a Lei de Moisés. 
 

segunda-feira, agosto 03, 2015

PENTECOSTES E PENTECOSTALISMO

A Festa do Pentecostes no Antigo Testamento.
“O termo pentecoste é de origem grega, referindo-se a “cinquenta”. Era uma festa religiosa bíblica conhecida como Pentecostes festejada entre os judeus e ocorria exatamente cinquenta dias após a Páscoa (Lv. 23: 15-21; Dt. 16: 9-12)”. A celebração do Pentecostes acontecia ao final de sete semanas, e estava envolvida na colheita do cereal. Nos escritos mais antigos também era conhecida como “festa da colheita” ou “festa da sega dos primeiros frutos”. (Êx. 23: 16). Após alguns anos passou a ser conhecida como “o shabout, isto é, “festa das semanas””. (Dt. 16: 10). (CHAMPLIN, 1991, p. 202).
A Festa do Pentecostes segundo Boyer (2008, p.414) diz que ela é classificada como “a segunda das três grandes festas anuais”. Esta festa tem o seu registro em (Dt. 16: 9,10) conhecida como festas das semanas e em (Êx. 23: 16; Lv. 23: 9-11), também todos a conhecem como a festa das primícias. “Observada no 6º mês de sivâ, na última parte de maio”.
2.1.2 A Festa do Pentecostes no Novo Testamento.
Champlin (1991, p. 203) comentando a respeito sobre o dia de Pentecostes diz que:
As palavras ao cumprir-se o dia formam uma expressão utilizada exclusivamente por Lucas (ver também Lc. 9: 51). Literalmente traduzidas teríamos, estava sendo cumprido. Trata-se de um modo de expressão hebraico, que encara a sucessão de dias que levava ao dia de Pentecostes (partindo da páscoa), como uma quantidade ou medida que deveria ser preenchida. Assim sendo, enquanto não chegasse o dia de Pentecoste, tal medida não ficaria preenchida. Porém, chegada àquela data, tal medida ficava repleta; e isso meramente significa que o dia em questão havia chegado.
No mesmo lugar. Provavelmente está em foco aqui o “cenáculo”, onde o Senhor Jesus proferira a sua preciosa promessa concernente à vinda do Espírito Santo, e onde os apóstolos posteriormente se reuniram, em outras ocasiões memoráveis, conforme nos indica o trecho de (Atos 1: 13). (CHAMPLIN, 1991, p. 203).

 As Origens do Pentecostalismo Moderno.
A riqueza do Pentecostes sempre foi algo de admiração pelos judeus e também pelos judeus cristãos convertidos no início da Igreja em Jerusalém. O acontecimento em Jerusalém no dia da Festa de Pentecostes foi um evento rico em realidade e simbologia. Em (Lv. 23:9-11; At. 2: 1-13), oferecia-se os primeiros frutos da lavoura como oferta movida ao Senhor. Com a descida do Espírito Santo na Festa de Pentecostes em Jerusalém marcou a fundação da Igreja Cristã Apostólica. Convém ressaltar, que, essa Festa de Pentecostes era realizada somente entre os judeus do Antigo Testamento, cf. (Dt. 16: 9,10); (Êx. 23: 16; Lv. 23: 9 -11). E também em o Novo Testamento que ficou conhecido no Dia de Pentecostes. (Atos. 2).
Muitas pessoas, entre elas a maioria pentecostais e carismáticos têm interpretado erroneamente esse texto de (At. 2:1-13), relacionando-o ao pentecostalismo atual. O Pentecostalismo Moderno está inserido em outro contexto muito distante da Festa do Pentecostes em Jerusalém, na qual foi derramado o Espírito Santo sobre os Apóstolos judeus e inúmeras pessoas presentes no Cenáculo, dando início a Igreja Cristã (apostólica judaica).
Trask; Womack comenta sobre o dia de Pentecostes em Jerusalém.
O dia de pentecostes (cerca de 30 d.C) mudou o mundo, pois representou o nascimento da Igreja. Naquele dia, milhares de judeus religiosos de todo o Império Romano estavam em Jerusalém para celebrar a Festa da Colheita, de acordo com a lei. Nos tempos antigos, “o dia das primícias”, como era chamado, era uma festa de agricultores na época da colheita. (TRASK; WOMACK, 1997, p. 84, 85). (Grifo meu).
Houve muitos focos de avivamentos originados pelo Espírito Santo, mas não se concretizou como marco de fundação do pentecostalismo. Provavelmente o mais importante precursor imediato do pentecostalismo tenha sido o movimento de santidade que emergiu do coração do metodismo do século XVII. “A história do pentecostalismo, numa visão moderna da palavra, partiu da “escola bíblica de Charles Fox Parham, em Topeka, Kansas, em 1901””. Em relação aos questionamentos sobre sua época exata em que “Parham começou a dar ênfase ao dom de línguas”, nesse ponto há uma concordância entre os historiadores, que o movimento tenha iniciado no ano de 1901, quando se iniciava o século XX. No auge da reviravolta em que o movimento pentecostal ganhava força partiu de Parham a ideia de que as línguas estranhas eram “evidência bíblica” (confirmação) do batismo no Espírito Santo. (SYNAN, 2009, p. 18). Parham estava equivocado porque a língua estranha não é nunca foi e nunca será a evidencia do batismo com o Espírito Santo e sim um dos dons do Espírito Santo. Conhecido também como uma forma de sinal “De sorte que as línguas são um sinal,...” (ICo. 14: 22). Mesmo com todo esforço de Parham, não foi a partir da sua escola bíblica e nem dele que se concretizou as origens do Pentecostalismo Moderno no início do século XX.
Conforme o comentário do pastor Cull (2010, p.1) “Seymour ficou em oração, aumentando seu tempo diário de oração de cinco para sete horas por dia, pedindo que Deus lhe desse aquilo que Parham pregou. “Em uma noite, 9 de abril de 1906, o poder do Espírito Santo caiu na reunião de oração na Rua Bonnie Brae, 214, em Los Angeles e a maioria das pessoas receberam o dom (sinal) da glossolalia, entre essas pessoas estava Jennie Moore, que mais tarde se casou com William J. Seymour”. O local indicado como marco principal na história do Pentecostalismo Moderno foi realizado num lugar simples e sem cerimônias. O lugar era uma Igreja Metodista Episcopal, que após um incêndio estava sendo usada como estábulo e depósito. Seymour e alguns irmãos, “Depois de tirar os escombros, e construir um púlpito de duas caixas de madeira e bancos de tábuas, o primeiro culto foi realizado na Rua Azusa no dia 14 de abril de 1906, 312, Los Angeles, EUA”. (Grifo meu).
“Outro peregrino da Rua Azusa foi William H. Durham, de Chicago. Depois de receber o dom de línguas em 1907, retornou à sua cidade e conduziu milhares de norte-americanos do Meio-Oeste e canadenses ao movimento pentecostal”. Durham criou “Sua teologia da “Obra consumada”, que versa sobre a santificação progressiva, começou a ser proclamada em 1910 e influenciou a formação das Assembleias de Deus, em 1914”. (SYNAN, 2009, p. 20).

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