Funciona. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude
otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças.
Uma comprovação disso veio da Universidade Harvard, nos
EUA. Há 5 anos, um grupo de médicos da instituição descobriu que pensar
positivamente pode fazer bem para os pulmões. Os pesquisadores avaliaram o
estado de saúde de 670 homens na faixa dos 60 anos de idade. Também
aplicaram testes de personalidade para identificar quem eram os otimistas e os
pessimistas. Depois de 8 anos, constatou-se que a turma do bom humor tinha um
sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares quando comparada ao
grupo dos estressados. Até mesmo os fumantes otimistas apresentaram resultados
melhores que os adeptos do tabagismo que eram, digamos, baixo-astral.
O coração também
bate melhor quando estamos com bom humor. Os pesquisadores do Instituto
Delfland de Saúde Mental, na Holanda, monitoraram homens com idade entre 64 e
84 anos durante 15 anos. A incidência de enfartes e derrames foi menor entre
aqueles que tinham uma atitude positiva. Os otimistas apresentaram ainda 55%
menos risco de ter doenças cardíacas.
Formação da personalidade
Segundo Freud, as principais características da personalidade
estabelecem-se na infância, isto é, as experiências, essencialmente no meio
familiar, são decisivas para o desenvolvimento da personalidade. Para
compreender melhor esta teoria, convém esclarecer certos conceitos.
Como já dissemos anteriormente, os primeiros anos da infância determinam
aquilo que o indivíduo será. A teoria psico-sexual de Freud, para além de
salientar a importância das motivações libidinais, insonscientes, acentua o
papel das relações familiares. O passado infantil e as marcas que esse passado
deixa no inconsciente de cada indivíduo explicam, em grande parte, os seus
comportamentos enquanto adulto e as características que definem a sua
personalidade.
Esta teoria (psico-sexual) acentua que o modo como os pais lidam com os
impulsos sexuais e agressivos dos seus filhos nos primeiros anos da infância é
crucial para um desenvolvimento saudável ou não da personalidade.
Três
componentes da psique
O Id
O Id contém tudo
o que é herdado, que se acha presente no nascimento e está presente na
constituição, acima de tudo os instintos que se originam da organização
somática e encontram expressão psíquica sob formas que nos são desconhecidas. O
Id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano,
exposta tanto às exigências somáticas do corpo às exigências do ego e do
superego.
As leis lógicas do pensamento não
se aplicam ao Id, havendo assim, impulsos contrários lado a lado, sem que um
anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O Id seria o reservatório de
energia de toda a personalidade.
O Id pode ser associado a um
cavalo cuja força é total, mas que depende do cavaleiro para usar de modo
adequado essa força. Os conteúdos do Id são quase todos inconscientes, eles
incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o
material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma
lembrança, excluído da consciência, mas localizado na área do Id, será capaz de
influenciar toda vida mental de uma pessoa.
O Ego
O Ego é a parte do aparelho
psíquico que está em contato com a realidade externa. O Ego se desenvolve a
partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria
identidade, vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do Id. Como a
casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente
para suas realizações. Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e
sanidade da personalidade.
Uma das características
principais do Ego é estabelecer a conexão entre a percepção sensorial e a ação
muscular, ou seja, comandar o movimento voluntário. Ele tem a tarefa de
auto-preservação. Com referência aos acontecimentos externos, o Ego desempenha
sua função dando conta dos estímulos externos, armazenando experiências sobre
eles na memória, evitando o excesso de estímulos internos (mediante a fuga),
lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e aprendendo, através da
atividade, a produzir modificações convenientes no mundo externo em seu próprio
benefício.
Com referência aos acontecimentos
internos, ou seja, em relação ao Id, o Ego desempenha a missão de obter
controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser
satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias mais
favoráveis ou suprimindo inteiramente essas excitações. O Ego considera as
tensões produzidas pelos estímulos, coordena e conduz estas tensões
adequadamente. A elevação dessas tensões é, em geral, sentida como desprazer e
o sua redução como prazer. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o
desprazer (1940, no. 7, pp. 18-19 na cd. bras.).
Assim
sendo, o ego é originalmente criado pelo Id na tentativa de melhor enfrentar as
necessidades de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto,
o Ego tem de controlar ou regular os impulsos do Id, de modo que a pessoa possa
buscar solu
O Superego
Esta última estrutura da
personalidade se desenvolve a partir do Ego. O Superego atua como um juiz ou
censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, é o depósito dos códigos
morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da
personalidade. Freud descreve três funções do Superego:
consciência, auto-observação e formação de ideais.
Enquanto consciência pessoal, o
Superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente,
porém, ele também pode agir inconscientemente. As restrições inconscientes são
indiretas e podem aparecer sob a forma de compulsões ou proibições.
O Superego tem a capacidade de
avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente
das pulsões do Id para tensão-redução e independentemente do Ego, que também
está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais do Superego
está ligada ao seu próprio desenvolvimento. O Superego de uma criança é, com
efeito, construído segundo o modelo não de seus pais, mas do Superego de seus
pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e torna-se veículo da tradição
e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram
de geração em geração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário