https://www.revolvermaps.com/livestats/0ysj2bth17t/Visitantes online

segunda-feira, junho 22, 2015

A CIDADE CONSTUÍDA POR CAIM E O SEU CASAMENTO

Em uma época remota, no princípio da civilização, Caim o segundo filho de Adão e Eva e os seus descendentes eram e tinham um vida nômade. Viviam errantes pelo mundo, sem residência fixa. Depois do acontecimento do grande dilúvio todos da sua família morreram, inclusive Caim. Hoje não temos mais nenhum vestígio da sua descendência. A civilização cainita em origem, caráter e destino deixaram sua marca na história da civilização.

Temos muitos vestígios desta civilização material mencionados em Gênesis 4: 16-22. 16. E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden. 17. E conheceu Caim (no sentido de coabitar) a sua mulher, e ela concebeu, e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade perlo nome de seu filho Enoque. 18. E a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou a Lameque.  19. E tomou Lameque para si duas mulheres: o nome duma era Ada, e o nome da outra Zila. 20. E Ada teve a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas, e tem gado. 21. E o nome do seu irmão era Jubal, este foi pai de todos os que tocam harpa e orgão. 22. E Zila também teve a Tubal-Caim, mestre de toda a obra de cobre e de ferro; e a irmã de Tubal-Caim foi Naamá.  Consta-nos desta civilização traços de um vida urbana e também vida rural, eles desenvolveram a técnica das artes e trabalhos manuais. Gênesis 4: 17. E conheceu Caim (no sentido de coabitar) a sua mulher, e ela concebeu, e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade perlo nome de seu filho Enoque. 

Certo escritor de artigos sagrados supôs, por sua própria consciência, ou por acidente, como afirmam alguns críticos eruditos dizendo que o autor disse que havia naquela região uma população formada, acrescentando algo que não consta nos textos Sagrados.
Há um grande questionamento por parte dos céticos, quanto a  esposa de Caim, como e onde a encontrou se o texto não menciona nada a esse respeito? Por que o autor do texto não nos deu detalhes desse episódio? Ou não se incomodou com este detalhe primeiramente para si mesmo. Observe a narrativa de Gênesis 4: 14. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar me matará.
Quanto a dúvidas ou questionamentos é bom conferir Gênesis 4: 1, que nos oferece alguns subsídios para nosso entendimento. 1E conheceu  Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e teve a Caim, e disse: alcancei do Senhor um varão.
A final de onde surgiu a sua esposa? No início da humanidade é obvio que teria que haver casamento com pessoas de sexo opostos, Adão teve filhos e filhas, mas o escritor sacro não mencionou detalhes sobre elas. Quanto as filhas de Adão: Gênesis 5: 4. E foram os dias de Adão depois que gerou a Sete, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas. Não nos restam duvidas de que Caim tomou uma de suas irmãs para sua esposa. Naquele tempo não havia a lei sobre o incesto, que só veio a vigorar muitos anos depois, conforme está narrado em  Levíticos 18: 6. Outra explicação também possível é que Caim pode ter se casado uma de suas sobrinhas.

A construção de uma cidade podemos observar como eles tinham aumentados populacionalmente. O texto sagrado nos apresenta Caim como o primeiro homem a construir uma cidade urbana. Caim foi o primeiro arquiteto urbanista. Fato interessante sobre a primeira civilização que pereceu no dilúvio, teve sua origem Caim. Foi nesta cidade que começaram as artes e as ciências Gênesis 4: 21, 22. A cultura judaica não produziu muito das armadilhas da civilização, exceto nos campos da literatura e da fé religiosa. 

segunda-feira, junho 15, 2015

DEFINIÇÃO DE PREGAÇÃO


Definir pregação partindo de um referencial pode parecer um trabalho concluído, mas tenho que concordar que a explicação abre-nos o ar para o entendimento, como foi citado como “a melhor definição de pregação por Phillips Brooks”, por essa razão procurei citá-la como referência.
 “A melhor definição de pregação foi dada por Phillips Brooks: “Pregação é a comunicação da verdade, do homem para os homens. “Ela contém dois elementos essenciais – verdade e personalidade”.1 “Esta definição revela muito com respeito à grandiosidade quase incompreensível da responsabilidade do pregador” Toda “comunicação” tem como objetivo sugerir que a pregação esteja envolvida com a transmissão de determinado assunto da mente do remetente para o recipiente. A “verdade”, definida por Brooks, implica, ou seja, para ele a pregação deve ter consistência por se tratar da Palavra de Deus. Tudo que for acrescido aos “oráculos de Deus”, não pode ser considerada como uma verdadeira pregação. A grande responsabilidade conferida ao pregador que tem por obrigação em comunicar a mensagem da Palavra de Deus e não a sua North (2000, p.12).
Sabemos que Deus ao delegar autoridade para o pregador, segundo a frase de Brooks “de homem para homens”, faz-nos entender que Deus está focalizando a sua participação no ser humano como pregador. Deus queria e quer que o homem participe acrescentando algo à sua mensagem. Isto não significa que vá mudar o significado ou objetivo da mensagem, mas o pregador estaria acrescentando o poder da sua experiência, e também colocando sua personalidade e o seu testemunho de vida North (2000, p.12).
O pregador precisa-se conscientizar que jamais deverá mudar, ou seja, distorcer ou modificar a mensagem da Palavra de Deus. Seu foco deve ser sempre o Senhor Jesus Cristo, e não trazer os holofotes sobe si, não ocupar o tempo mais consigo do que com a Palavra. Seu objetivo é conduzir os seus ouvintes aclarando-lhes o caminho do céu. Embora seu testemunho pessoal possa passar de coração para coração, no entanto, o que vai transformar as vidas e a pregação da Palavra de Deus North (2000, p.13).
Existe também um grande aliado do mensageiro que realmente deseja ser um pregador idôneo e abençoado por Deus, essa pode ser uma das propostas que a homilética tem como auxiliar o pregador, na transmissão da Palavra de Deus. Como definimos pregação também pode ser definida a homilética.  
Segundo comentário de North (2000, p.13) “podemos, portanto, definir homilética como a ciência de aplicar os princípios do discurso público eficaz na pregação religiosa; é a arte de aplicar a verdade de Deus às necessidades do homem”.                                                                                
A homilética é considerada como uma “ciência”, sua base está alicerçada em princípios que ao longo dos anos tem sido observado pelos pregadores, e a sua contribuição que repercutiu em grandes honras para os grandes oradores do passado e continua através dos séculos no mesmo propósito, como uma ferramenta auxiliadora e de grande valia para quem lança mãos de seus recursos. Também podemos considerar que na pregação há muito que participar da sua condição de “arte”. “O pregador precisa usar sua imaginação poética e precisa para fazer usos contidos na arte, tais como equilíbrio, ênfase, forma, unidade e clímax” North (2000, p.13,14).
A partir do momento que todo pregador seja consciente do seu chamado para ser o transmissor da Palavra de Deus. Nesse propósito a Igreja será bem mais sucedida no seu caminhar, num mundo tão conflituoso, onde os mais espertos e oportunistas usufruem dos meios para sustentar sua ganância e com isso o rebanho de Cristo prossegue alguns feridos, outros tristes e muitos enganados.
a)    A Cruz como base de humildade da pregação
A cruz pode ser comparada como a base da humildade da pregação da Palavra, devido ao fato de ser ela o poder de Deus para crucificar o orgulho tanto do pregador, como da congregação. “No Novo Testamento a cruz não é somente o antigo local, onde ocorreu a substituição objetiva; é também um lugar atual de execução subjetiva – a execução de minha autoconfiança e meu romance com o elogio de homens”.  Paulo via na cruz a sua virtude de humildade. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo”. (Gl. 6: 14) Piper (2009, p. 32).
 “O ponto mais forte no qual Paulo faz questão de enfatizar o poder crucificador da cruz é aquela da sua própria pregação”. Piper disse: “Duvido que haja uma passagem sobre pregação mais importante em toda Bíblia do que os primeiros capítulos de I Coríntios, onde Paulo mostra que o grande obstáculo para os alvos da pregação em Corinto era o orgulho”. As pessoas estão fascinadas com a “habilidade de oratória, façanha intelectual e exposições filosóficas”. Nos tempos de Paulo havia os mestres prediletos de cada crente de Corinto e se gloriavam deles dizendo: “Eu sou de Paulo!”, Eu sou de Apolo!“. “ Eu sou de Cefas!” Piper (2009, p. 32).
O alvo de Paulo nestes capítulos é declarado em 1: 29: “para que ninguém se vanglorie diante dele”, e em 1: 31: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. Em outras palavras, Paulo não deseja negar-nos a grande satisfação que vem do exultar em glória e do deleitar-se em grandeza. Fomos feitos para ter este prazer. Mas ele não quer deixar de reconhecer a glória devida a Deus e a grandeza que se volta em eco a ele, quando as pessoas se gloriam no Senhor e não no homem. Satisfaça seu desejo de se gloriar, gloriando-se no Senhor. Os alvos de Paulo são os alvos de pregação cristã – a glória de Deus no homem de coração contente, a exultação dos cristãos voltada para Deus. Contudo, o orgulho nos impede. Para removê-lo, Paulo fala a respeito dos efeitos da cruz em sua própria pregação. Seu ponto principal é que a “palavra da cruz” (1: 18) é o poder de Deus para quebrar o orgulho do homem – tanto do pregador quanto do ouvinte – nos leva a uma dependência prazerosa da misericórdia de Deus e não de nós mesmos. (PIPER 2009, P. 32, 33).
Piper (2009, p. 33) comenta: deixa-me dar-lhes apenas alguns exemplos disto vindos do texto: “pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada”. (I Co. 1: 17). A cruz se esvaziaria se Paulo tivesse vindo com palavras de oratória florida e com expressões profundas de sabedoria filosófica? Seria esvaziada, devido à possibilidade de Paulo estivesse cultivando aquela jactância no homem que a cruz deveria crucificar.
Piper pretende dizer que a cruz de Cristo é a base para toda humildade da pregação. Considere o mesmo ponto em 2:1: “Quanto a mim, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloqüente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus”.  “Em outras palavras, o apóstolo evitou a ostentação da oratória e do intelecto”. “Por quê? Qual era a base para esta conduta na pregação? O verso seguinte nos diz claramente”: “Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado” Piper (2009, p. 33, 34).
A cruz sustenta a glória de Deus na pregação, pois ela faz com que seja abatido o orgulho do homem no pregador. “É, portanto, o fundamento de nossa doutrina e o fundamento de nosso comportamento” Piper (2009, p. 34).
Há muito tempo que não ouço uma pregação cristocêntrica, cujo foco esteja voltado para cruz de Cristo, como instrumento de suplício, e também como instrumento de quebrantamento para o pregador consciente do seu chamado, para anunciar as boas novas de salvação. As pregações sem Cristo, não têm a cruz como base de humildade da pregação, por motivo de a cruz não despertar euforia entre o povo, que não sabe filtrar as emoções baratas de um pregador distante de Cristo, e da verdadeira unção do Espírito Santo. Na pregação da cruz, encontramos um grande motivo de bênção para toda humanidade, pois foi através dela que o mundo encontrou descanso nas suas pisaduras, e alívio nele para seus pecados e para suas dores.



1 Phillips Brooks, lectures on Preaching (Grand Rapids, Zondervan Publishing House, n. d.), p. 5.

domingo, junho 07, 2015

VOCAÇÃO E MUNDANISMO

Muitas pessoas confundem vida espiritual com a vida secular, não se pode medir a espiritualidade de uma pessoa segundo seu ponto de vista, a salvação não vem das obras e nem de méritos próprios de cada pessoa por seus próprios méritos . Não podemos viver alienados da cultura e de tudo que se relaciona com as pessoas em seu mundo.
Quantos absurdos deixaram seus rastros de indignação por todos os lados, digo no meio pentecostal, por falta de informação ou ignorância. Excluía-se por qualquer coisa, ainda que fosse a mínima coisa possível, como uma barba crescida por alguns dias. A televisão foi a grande problemática nos meios eclesiásticos pentecostais, era cem por cento proibido ter ou assistir televisão, se desobedecia era excluído. Certa vez, estava sem congregação e comecei a cooperar com uma Igreja do nosso ministério, passado alguns meses me dirigi ao pastor responsável e disse que estava desejoso de filiar-se a Igreja.
O pastor me olhou por alguns instantes, pôs a mão sobre o queixo, e a sua única pergunta foi:
– Você tem Televisão?
– Disse tenho.
A única resposta do pastor foi: 
­­ – Se você desfizer da TV, pode vir congregar conosco.
Depois de dez anos a TV foi liberada e hoje estou congregando com o mesmo pastor há quase cinco anos, com minha televisão porque foi liberada. Este é um dos absurdos. Infelizmente estamos atrasados teologicamente, por culpa de uma visão distorcida do que realmente é vocação e mundanismo.
Não podemos deixar de conservar uma consciência de que a vocação de Deus em nossas vidas prende-se a uma responsabilidade concernente à proclamação da Palavra de vida eterna, que deve ser proclamada com alma e responsabilidade de um pregador consciente do seu chamado divino. Uma vez que, consinta num aprofundamento consciente de sua vocação, devemos ficar tranquilos. Sua participação para com os produtos da cultura e da inteligência não repercutirá em desvirtuamentos. A vocação outorgada por Deus traz consigo um esclarecimento de uma mente que sabe discernir entre o que é certo e errado, o que é espiritual e mundano (Andrade,1977, p. 21).
Em virtude dessa iluminação, o vocacionado nunca irá confundir cultura com o que se ande chamando de cultura. Por exemplo, o vocacionado entenderá que cinemas, teatro, televisão, universidades, comércio, indústria, técnica, literatura, poesia, pintura, escultura, facilidade de transporte, iluminação e conforto mediante aparelhagens elétricas, instituições recreativas e grêmios esportivos, nada disso se constitui, por si só, em expressão de mundanismo. O mundanismo poderá associar-se ou não à evolução cultural da inteligência humana. Mas, o mundanismo propriamente considerado independente da cultura. Ele procede de sentimentos destituídos de temor a Deus. Sua característica primordial é apostasia espiritual pela qual o ser inteligente perde de vista suas origens e sua destinação e escraviza-se à presunção, às antipatias, aos preconceitos, à hipocrisia, à maledicência, ao sensualismo, à inconstância, ao dolo, à irresponsabilidade e à impiedade. Nunca haverá tempo quando, em face de uma profunda consciência de vocação de Deus, não se tenha de tomar a cultura, isto é, os avanços técnicos, científicos e filosóficos da humanidade como elementos ancilares na promoção dos interesses supremos da salvação da humanidade será inevitável que a vejamos tristemente comprometida com a degenerescência que muda por chamar-se de civilização. O vocacionado de Deus encontra-se firmado nas evidências de que é só através do Evangelho de Cristo que o ser humano se pode reencontrar em razoável direitura para os parâmetros de seus mais lídimos ideais de fé e de eternidade. (ANDRADE 1977, P. 21).
Quando somos vocacionados por Deus ao ministério da pregação, precisamos tomar cuidado com o mundanismo, mas convém lembrar que vivemos no mundo, mas não estamos envolvidos nele do ponto de vista espiritual, somos cidadãos de duas pátrias, mas no âmbito espiritual pertencemos ao Reino de Cristo, sem nos esquecer que vivemos numa sociedade pluralista de crenças e ideais próprios. Cada uma deve viver a sua vida em função de seu bem estar e do seu próximo para uma mundo mais humano e fraterno.






segunda-feira, junho 01, 2015

PENSAMENTO POSITIVO FUNCIONA?

Funciona. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças.
Uma comprovação disso veio da Universidade Harvard, nos EUA. Há 5 anos, um grupo de médicos da instituição descobriu que pensar positivamente pode fazer bem para os pulmões. Os pesquisadores avaliaram o estado de saúde de 670 homens na faixa dos 60 anos de idade. Também aplicaram testes de personalidade para identificar quem eram os otimistas e os pessimistas. Depois de 8 anos, constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares quando comparada ao grupo dos estressados. Até mesmo os fumantes otimistas apresentaram resultados melhores que os adeptos do tabagismo que eram, digamos, baixo-astral.
O coração também bate melhor quando estamos com bom humor. Os pesquisadores do Instituto Delfland de Saúde Mental, na Holanda, monitoraram homens com idade entre 64 e 84 anos durante 15 anos. A incidência de enfartes e derrames foi menor entre aqueles que tinham uma atitude positiva. Os otimistas apresentaram ainda 55% menos risco de ter doenças cardíacas.
Formação da personalidade
Segundo Freud, as principais características da personalidade estabelecem-se na infância, isto é, as experiências, essencialmente no meio familiar, são decisivas para o desenvolvimento da personalidade. Para compreender melhor esta teoria, convém esclarecer certos conceitos.
Como já dissemos anteriormente, os primeiros anos da infância determinam aquilo que o indivíduo será. A teoria psico-sexual de Freud, para além de salientar a importância das motivações libidinais, insonscientes, acentua o papel das relações familiares. O passado infantil e as marcas que esse passado deixa no inconsciente de cada indivíduo explicam, em grande parte, os seus comportamentos enquanto adulto e as características que definem a sua personalidade.
Esta teoria (psico-sexual) acentua que o modo como os pais lidam com os impulsos sexuais e agressivos dos seus filhos nos primeiros anos da infância é crucial para um desenvolvimento saudável ou não da personalidade.
Três componentes da psique
O Id
Id contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento e está presente na constituição, acima de tudo os instintos que se originam da organização somática e encontram expressão psíquica sob formas que nos são desconhecidas. O Id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano, exposta tanto às exigências somáticas do corpo às exigências do ego e do superego.
As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao Id, havendo assim, impulsos contrários lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O Id seria o reservatório de energia de toda a personalidade.
O Id pode ser associado a um cavalo cuja força é total, mas que depende do cavaleiro para usar de modo adequado essa força. Os conteúdos do Id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência, mas localizado na área do Id, será capaz de influenciar toda vida mental de uma pessoa.


O Ego
O Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. O Ego se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade, vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do Id. Como a casca de uma árvore, o Ego protege o Id, mas extrai dele a energia suficiente para suas realizações. Ele tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade.
Uma das características principais do Ego é estabelecer a conexão entre a percepção sensorial e a ação muscular, ou seja, comandar o movimento voluntário. Ele tem a tarefa de auto-preservação. Com referência aos acontecimentos externos, o Ego desempenha sua função dando conta dos estímulos externos, armazenando experiências sobre eles na memória, evitando o excesso de estímulos internos (mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e aprendendo, através da atividade, a produzir modificações convenientes no mundo externo em seu próprio benefício.
Com referência aos acontecimentos internos, ou seja, em relação ao Id, o Ego desempenha a missão de obter controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias mais favoráveis ou suprimindo inteiramente essas excitações. O Ego considera as tensões produzidas pelos estímulos, coordena e conduz estas tensões adequadamente. A elevação dessas tensões é, em geral, sentida como desprazer e o sua redução como prazer. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer (1940, no. 7, pp. 18-19 na cd. bras.).
Assim sendo, o ego é originalmente criado pelo Id na tentativa de melhor enfrentar as necessidades de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, o Ego tem de controlar ou regular os impulsos do Id, de modo que a pessoa possa buscar solu
O Superego
Esta última estrutura da personalidade se desenvolve a partir do Ego. O Superego atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, é o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do Superego: consciência, auto-observação e formação de ideais.
Enquanto consciência pessoal, o Superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente, porém, ele também pode agir inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas e podem aparecer sob a forma de compulsões ou proibições.
O Superego tem a capacidade de avaliar as atividades da pessoa, ou seja, da auto-observação, independentemente das pulsões do Id para tensão-redução e independentemente do Ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de ideais do Superego está ligada ao seu próprio desenvolvimento. O Superego de uma criança é, com efeito, construído segundo o modelo não de seus pais, mas do Superego de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e torna-se veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram de geração em geração.



LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...