Textos: João
14.1-3; Atos 1.9-11.
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João 14
1-
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2-
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito,
pois vou preparar- vos lugar.
3-
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim
mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
Atos 1.
9-
E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o
recebeu, ocultando - o a seus olhos.
10-
E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles
se puseram dois varões vestidos de branco,
11-
os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu?
Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como
para o céu o vistes ir.
INTRODUÇÃO
I. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO – UMA PROMESSA CONSOLADORA
II. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO E A BEM-AVENTURADA ESPERANÇA
III. A SEGUNDA VINDA DE
CRISTO – A VITÓRIA DA REDENÇÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Não é pouco comum nos dias de hoje ver
tantas pessoas sem esperança de vida eterna. As religiões não satisfazem a
ansiedade que as criaturas vivem a margem do pecado, num mundo tão hedonista,
vivem somente voltados aos momentos do prazer, nas diversas concupiscências
carnais, afogam-se nos seus delitos e pecados. Não dão a mínima para Cristo
muito menos para a promessa da sua vinda.
Muitos até fazem chacotas com o nome
de Cristo, e da sua Igreja, mas com certeza o fim vem.
Em Atos cap. 1.9 - Quando Cristo estava sendo assunto
aos céus, os discípulos estavam com os olhos fitos nele; a resposta dos anjos
quanto ao que estavam vendo, diz respeito à promessa feita em ocasiões
anteriores por Jesus Mt. 24 e está sendo reafirmada no momento da ascensão “Ele
voltará”. Os anjos testemunharam do fato naquele momento.
Hoje em vez de olhar para cima, muitos
estão olhando para dentro de si mesmo, querendo fama, glória e poder, esses não
tem tempo para olhar para cima e muito menos estão preocupados com esse
acontecimento.
- Pedro adverte seus leitores que nos últimos dias iriam surgir pessoas escarnecedoras e sem temor, que questionariam até mesmo a vinda de Jesus. O apóstolo, porém, diz que o retorno do Mestre não tarda, ainda que o tempo esteja passando sem que aparentemente aos olhos do mundo “nada” esteja acontecendo, porém a Igreja de Cristo por meio da luz do evangelho percebe os sinais que estão se cumprindo a cada instante.
- O dia do Senhor virá como o ladrão de noite, e isto está relatado nos profetas. A certeza do retorno do Senhor está baseada em suas próprias palavras, e a atitude do crente para com esse evento deve ser de vigilância, pois, pelo fato de não ter uma data específica, muitos poderão ser surpreendidos estando despreparados. “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20). Aquele que prometeu voltar é fiel. “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu”. (Hb 10.23).
Não importa quanto tempo ainda resta
com certeza, o dia do Senhor chegará para todos os seus santos que perseveram
na sua vontade e encontrarão com o Senhor nos ares.
O próprio Jesus exemplificou essa
situação com a Parábola das dez virgens, para
que os seus servos estejam atentos em todos os instantes, é bom sempre ter
azeite de reserva nas lâmpadas.
Como é o Céu, um Lugar Real, Literal?
Este mundo é apenas a ante-sala do
próximo, o propósito em Gênesis cogitava isto.
Esta existência é breve e incidental
em relação às alturas eternas da próxima. O coração, em seu desejo, anseia por
algo melhor, apóia a conclusão que deve haver um lugar para nós após a morte
física. “Na casa
de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou
preparar- vos lugar. “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos
levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (João
14. 1,2).
Por duas vezes, nos versículos acima,
vemos que Jesus chamou o Céu de “lugar”. Realmente, o Céu é um lugar real,
literal e físico. É um lugar na presença de Deus, um lugar que Cristo nos está
preparando e nos esperando para o seu grande encontro, onde se dará o casamento
com a tão esperada noiva. O Céu é um
lugar espaçoso. “Depois
destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de
todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e
perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas mãos” (Ap 7.9).
Onde fica o Céu?
O
Céu fica em cima:
Atos 1.9 “... foi elevado às alturas, à vistas deles...”
II Reis 2.11 “... Elias subiu ao céu num redemoinho”.
II Coríntios 12.2. Paulo foi “... arrebatado até ao terceiro
céu...”
II Coríntios 12.4 Paulo foi “... arrebatado ao paraíso...”
João 14.3 “... para que onde eu estiver, estejais vós também”.
Sim com certeza o Céu é um lugar, onde
a Trindade está em glória.
Apocalipse 21.3, 4 “... Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará
com eles, e será o seu Deus.
Como podemos observar o Céu realmente
é um lugar glorioso, preparado somente aos que pela fé esperam em Cristo, e não
desse mundo, com seus valores desprovidos de Deus. Fala-se de quase tudo nas
igrejas, mas pouco se ouve falar do Céu, a nossa tão esperada morada que Cristo
foi preparar para nós que esperamos a sua segundo vinda. Quem não se desplugar
das ligações deste mundo sofrerá perdas irreparáveis.
I. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO UMA - PROMESSA
CONSOLADORA.
1- A ocasião da promessa.
A vinda de Cristo para a Sua igreja
será repentina e sem aviso prévio. Nenhum aviso será dado. Porque o que tinha
que ser dado já foi. Cristãos não poderão recuperar o tempo perdido no seu serviço
nem se envolver com interesses espirituais de última hora. Nem os descrentes
terão uma chance final para procurar Cristo.
A volta de Cristo encontrará as
pessoas normalmente envolvidas no ativismo cotidiano “Como foi nos dias de Noé...” (Mt. 24. 36 – 44). Isto é
esclarecido em várias passagens bíblicas, como a do relato de Jesus sobre os
servos esperando a volta do seu senhor que estivera fora assistindo a um
casamento. “E
sede vós semelhante aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de
voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir- lhe. Bem –
aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em
verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando- se, os
servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília e os
achar assim, bem- aventurados são os tais servos”. (Lucas 12.36-38).
Jesus dá seqüência a esta história com
outra sobre um ladrão vindo assaltar uma casa. (Lucas 12.39). A promessa da
segunda vinda de Cristo se dará por ocasião repentina sem tempo para se fazer
absolutamente nada. Essa ocasião poucos estarão esperando o Senhor Jesus
Cristo. Por um lado haverá grande regozijo, mas por outro haverá desespero.
Jesus disse: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens,
para que ninguém roube a tua coroa”. (Ap 3.11).
Que estejamos todos vigiando, para não
sermos deixados para trás nesse mundo terrível, e desumano que a cada dia
torna-se mais frio e insensível, sem compromisso de adorador verdadeiro e
comprometido com seu reino.
2- A razão da promessa
O apostolo Pedro emprega sete vezes a
palavra “sofrer” e “sofrimento”
com referência a Cristo. (I Pedro 1.11; 2.21, 23; 3.18; 4.1, 13; 5.1), encoraja
os cristãos a seguirem o exemplo de Jesus. Pedro se regozijava naquilo que uma
vez rejeitou (Mt 16.22). O apóstolo usa as mesmas palavras “sofrer” e “sofrimento”
nove vezes em referência aos cristãos (IPedro 2.19; 3.14, 17; 4.1, 15, 16, 19;
5. 9, 10).” Para
isto mesmo fostes chamados , pois que também Cristo sofreu em vosso lugar,
deixando- vos exemplo para seguirdes os seus passos” (IPedro 2.21). Os
homens de Deus deixaram muitos exemplos com suas vidas de oração e santidade,
no caminhar nos passos do Mestre.
A palavra traduzida
“exemplo” é única no Novo Testamento. O termo original aqui é “upogrammos”, e indica um escrito o “original” a ser copiado. Assim, o cristão deve espelhar-se na vida de
Cristo, tanto na questão do sofrimento quanto de um modo geral.
- Cristo
nos deixou o padrão a ser seguido. “Ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje,
quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava- se àquele que julga
retamente” (I Pd. 2.23).
Jesus não sofreu simplesmente porque o
mundo o odiava. Caso fosse verdade, a vida cristã seria pobre e sem
sublimidade. “Porque
também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para
levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo
Espírito;” (I Pd. 3.18). O grande alvo de seu sofrimento era a
reconciliação do homem com o Criador (I Pd. 2.24).
Ele era justo, reto, sem pecado. Ele
não merecia morrer, mas morreu pelos que eram injustos e pecadores, deu a sua
vida por nós. O sofrimento de Cristo, embora terrível para Ele, tornou-se
salvação para nós. A razão da promessa de Cristo, é o seu próprio sofrimento
pelos pecados de toda a humanidade, como disse o profeta Isaías: “... Mas o Senhor
fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. (Isaías 53 6b).
3- O Consolo da Promessa.
A segunda vinda de Cristo está dentro
do plano escatológico, que culminará com a gloriosa vinda de Jesus nos ares,
para o tão esperado dia do arrebatamento da igreja. Falar da vinda de Cristo é
o mesmo que falar dentro do plano escatológico, quanto ao rapto mais rápido que
se possa imaginar, ultrapassa a velocidade dum piscar de olhos, assim será o
dia da vinda do Senhor. O consolo da sua promessa é para os que estão
esperando, segundo o tríplice agir do verdadeiro cristão, na questão do amor,
da fé, e da esperança.
Como epílogo ressoante de um culto
solene, a revelação de Jesus Cristo aproxima-se de seu clímax. A primeira visão
veio no domingo dia de culto, no qual, os crentes reunidos por costume rogaram
a presença do Senhor rescrito para participar junto com eles da ceia do Senhor.
“Eu fui
arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz,
como de trombeta,” (Ap 1.10).
Entender o conteúdo desse texto pode
parecer muito difícil, mas não podemos deixar de entender verdadeiro
significado de obedecer que está registrado no livro. “Eis que vem com as nuvens e todo o olho o
verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão
sobre ele. Sim. Amém. (Ap1.7)
A escatologia não tem a missão
principal de responder às perguntas suscitadas pela nossa curiosidade, mas sim
de incentivar nossa responsabilidade para ouvir os imperativos e “guardar as
palavras da profecia”. Cristo vem sem demora (Ap 1. 7-12). O consolo
da sua promessa, não cabe a nos saber quando, mas apenas agir com bons servos
que aguardam a chegado do seu mestre. O Espírito que habita na igreja (noiva)
sempre motiva o povo verdadeiro de Deus a clamar “vem”, o imperativo vindo do
coração fiel que ama o seu Senhor.
Porém, a ansiedade que a noiva tem
para que venha o noivo não apaga o espírito de evangelização. Os incrédulos são
convidados a receber a graça da salvação com igual fervor junto ao pedido para
o amado vir. “E
eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra,
dizendo- me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último”; (Ap 1.17; cf. Is 55.
13). Na ocasião da vinda do noivo,
ele trará junto seu galardão, recompensa correspondente às obras de cada
cristão, esse é um dos consolos da sua promessa. (Ap 1.12).
II - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO E A
BEM-AVENTURADA ESPERANÇA
1- A afirmação da esperança.
Uma das três virtudes de suma
importância na vida do cristão é sem dúvida nenhuma a “Esperança”. Ela percorre
muitas epístolas do apóstolo Paulo, endereçada aos cristãos sofredores da época
do terrível império que causava tantos malefícios ao povo de Deus. (Rm. 12.12).
Paulo pedia que eles se
alegrassem na esperança, e deviam também ser pacientes na tribulação.
Esperança, paciência, tribulação, perseverança, oração.
O apóstolo Pedro também falou da
esperança. “Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande
misericórdia, nos gerou de novo para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo,
dentre os mortos”, (IPe 1.3)
O apóstolo Pedro nos falou duma viva
esperança; esperança está que só tem aqueles que realmente entregaram-se a Cristo.
Do ponto de vista hodierno, isto parece mais uma utopia cristã, haja visto que
não estamos vivendo a perseguição do terrível império Romano, mas qual será a
causa de tantas aflições no seio das igrejas. Se perguntarmos a muitos não
teremos respostas.
“Há um grande transitar de
cristãos, o chamado (Trânsito religioso) podemos dizer talvez, muitos apenas
nominais; os que correm atrás da esperança, nas muitas campanhas das sedutoras
promessas de abrir portas e mais portas, em meio à confusão doutrinária desses
últimos dias estão entrelaçados pelo erro” (II Tm. 4. 1-5).
Tais pessoas esquecem que o objetivo
primordial de Deus, é beneficiar-nos com a promessa de vida eterna. Deus em
Cristo há de suprir todas as nossas necessidades. Cristo nos deixou essa
promessa para os que almejam o seu Reino: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6. 33)”.
A promessa
que Cristo nos deixou foi que nunca faltariam estas três coisas: (Mt 6. 31 32).
A teologia da prosperidade cuja origem
vem se solo americano trouxe para o Brasil o desvio da verdadeira interpretação
das Escrituras Sagradas, usa como tema fundamental para o desenvolvimento de suas
campanhas Mateus 6 e o verso 33 desprovido da verdadeira
hermenêutica bíblica. Em vez de falar todas estas coisas, verso 33. Diz-se: As demais
coisas vos serão acrescentadas, no mesmo verso 33. Pode pedir tudo:
Riquezas, casas, carros importados, (...).
Atualmente temos muitos cristãos
submergidos nesta hermenêutica capitalista da Bíblia, infelizmente esse veneno tem
se espalhado no Brasil e no mundo. Todavia, devemos nos apegar em primeiro
lugar ao reino de Deus e a sua justiça, e assim vigiar contra as falsas esperanças.
Dinheiro, poder, fama posição, é o que
mais têm atraído aos homens. A esperança da ostentação das medalhas, da
posição, do poder, dos holofotes, é terreno escorregadio e muito perigoso.
Aconteceu justamente com o homem mais
belo dos ombros acima. Após ter sido empossado “Rei de Israel”, o poder, a fama
e a glória o levaram a perder tudo, até mesmo a vida eterna, a qual
possivelmente perdeu, ao suicidar-se. A esperança de Saul foi-se embora com a
sua ostentação, orgulho etc.
“A afirmação da esperança requer
sacrifício e constantes lutas”.
Ter esperança é transcender na contemplação do infinito, é a paz na
guerra, paciência na tribulação, é a alma que chora, implora e ora para não
cair em tentação. É a convicção da carreira cristã, posta no coração. Na
alegria de um dia ver o esclarecer da alvorada, que ainda que tardar em findar;
espere com certeza a vinda de Cristo chegar! Me. Expedito.
Cristo afirmou a esperança da sua
vinda ao instruir seus discípulos e os preparar para a missão proclamadora do
seu evangelho. (At 1. 8). Enquanto Ele falava, elevou-se às alturas, perante os
seus discípulos. Nesse momento, os anjos lhes reacendem a esperança que jamais
se esquecessem do que Jesus lhes dissera antes. (At. 1. 11). Convém lembrar,
que nesses últimos dias, tem-se falado muito em anjos de todos os tipos,
atuando nas igrejas por aí afora. As palavras que os anjos disseram, foi Jesus
que permitiu que falassem, porque já tinha falado antes aos seus discípulos.
Assim como outras promessas
do Senhor foram cumpridas, esta também há de se cumprir fielmente: Ele voltará
a qualquer momento e será repentino, numa velocidade que até agora
instrumento
algum pode medir sua rapidez. Ele virá buscar a sua Igreja gloriosa que
ascenderá ao céu de glória, onde tem um lugar reservado para nós. Fica firme!
(Ap 3. 11).
2- A alegria da esperança.
A mensagem de grande alegria que o
Senhor Jesus nos deixou, foi que voltaria com certeza para buscar a sua Igreja,
perseguida e sofrida neste mundo tenebroso.
A própria Bíblia estabelece que o
conhecimento profético é de grande estímulo espiritual. Quer dizer, incentiva o
cristão a viver uma vida agradável, de santidade e submissão a Deus. (Rm. 12.
1,2)
Em (I Jo 3. 3), onde se refere à
segunda vinda de Cristo, lê-se o seguinte: “E a si mesmo se purifica todo o que Nele tem esta
esperança, assim como Ele é puro”.
Jesus também relacionou pureza de vida
à segunda vinda em Mateus (16. 24 27), dizendo, “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se
negue, tome a sua cruz e siga-me”; e incentiva com estas palavras,” Porque o
Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então
retribuirá a cada um conforme as suas obras”.
Também Paulo, em, (Cl. 3. 4,5),
persuade-nos,
“Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos
manifestareis com ele em glória. Mortificai pois os vossos membros, que estão
sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil
concupiscência, e a avareza, que é idolatria;”
As Escrituras relacionam aspectos específicos da vida santa à segunda vinda de Cristo: Uma vida sóbria (ITs 5. 2- 6; IPe 1. 13
e 4. 7), fidelidade no serviço cristão, (Mt 25. 19-21; Lc 12. 42- 44; 19. 12,
13), paciência na provação, (Hb 10. 36, 37; Tg 5. 7, 8), santificação pessoal,
(ITs 5. 23), obediência a Deus, (ITm 6. 13, 14), santidade e atitude,(IIPe 3.
11- 13).
Verifica-se mais o íntimo
relacionamento que existe entre o conhecimento de profecia e a pureza de vida
ao observar os crentes numa congregação normal. Pastores testificam que os
membros mais fervorosos e fiéis são aqueles que têm consciência dos eventos dos
últimos dias e aguardam a volta de Cristo. Esses cristãos vivem a verdadeira
esperança somando-se a alegria de um dia encontrar com o Senhor nos ares.
O crente experimenta a satisfação
espiritual ao saber que num futuro próximo, será arrebatado com a sua família
cristã, que vivem sob o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Hoje a
esperança da alegria de sair dessa vida para uma incomparavelmente melhor,
deixa-nos ansiosos aguardando essa promessa que a todos os santos
experimentarão ao subir de encontro com o Senhor Jesus Cristo, esperança e
justiça nossa. (Fil. 1.23).
Ele é a nossa verdade e o nosso
socorro que sempre está bem presente no viver. “... e eis que eu estou convosco todos os
dias, até a consumação dos séculos. Amém”. (Mt 28. 20 b). Essa é uma
promessa de estar junto, de viver junto, e de andar junto, Jesus não disse que
estaria, mas estou, é o Deus presente todos os instantes da nossa vida.
3- O aguardo da esperança.
“Acautelai-vos que ninguém
vos engane...” Mas
infelizmente muitos estão sendo enganados pelas diversas seitas que pregam um
evangelho barato, sem sangue e sem vida. O aguardo da esperança não pode ser de
maneira displicente, os sinais da vinda
de Cristo, demonstram a necessidade de se precaver.
Os sinais que precederão a sua vinda.
São sinais que estão
previstos nas Escrituras Sagradas.
- Falsos cristos e falsos profetas (Mt 24,5). Nunca
houve tantos falsos cristos e falsos profetas com em nossos dias.
Aparentam fé, pureza e espiritualidade, mas na prática não demonstram
essas virtudes; são incrédulos, desonestos e infiéis.
- Sinais de guerras e rumores de guerras (Mt 24, 6).
Rumores são as guerras frias, guerras de nervos para amedrontar e influenciar
psicologicamente as pessoas. São as mais terríveis guerras, pois causam
aos homens constante ansiedade e intranquilidade. O mundo vive inseguro e
sobressaltado pelos constantes anúncios de motins e guerrilhas estourando
por toda parte.
- Fomes, pestes, angústias, traições e o aumento
desenfreado de crimes em toda parte apavoram os homens, que não têm mais
tranqüilidade nas ruas de suas cidades e em seus próprios lares. Vivemos
na época dos tranquilizantes para dormir.
- A multiplicação da iniquidade. O pecado alastra-se
de forma exacerbada e cada momento. A televisão só se ocupa em programas
nada recomendáveis, onde a depravação do sexo é a principal motivação. A
pornografia está estampada em cada esquina através de revistas e jornais,
que expõem mulheres desnudas servindo de estímulo sexual ilícito e imoral.
Pode parecer-nos que a
iniquidade já chegou aos extremos possíveis. Mas haverá um estágio mais
intenso. Será uma iniquidade franca, pública, abundante e não tolhida pela lei.
Esses e muitos outros sinais evidenciam a brevidade do tão almejado
arrebatamento da Igreja.
Vejamos o que disse o Senhor Jesus: “Ora,
quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa
cabeça, porque a vossa redenção está próxima” (...) Olhai para a figueira e
para todas as árvores. Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos,
vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer
essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Lc 21.28- 31).
Todos os crentes que são conhecedores
da Palavra de Deus sabem o quanto se faz necessário ficar de sobre aviso,
quanto aos acontecimentos a nossa volta. Aguardar a esperança deve-se ao fato
de estarmos convictos, agradando ao Senhor Jesus, fazendo a sua vontade e
glorificando a Deus. A promessa da sua vinda não passará sem acontecer, porque
está escrito: passarão os céus e aterra, mas as palavras do Senhor Jesus não
passarão como Ele mesmo deixou escrito para nossa futura esperança.
III - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO A
VITÓRIA DA REDENÇÃO.
1- O alcance da redenção.
Diz as Escritura que o mesmo Senhor
descerá do céu. O apóstolo Paulo deu ênfase ao dizer que o Senhor viria nas
nuvens com poder e grande glória, para arrebatar o seu povo, os que estão
esperando o seu chamado.
O reino de Deus abrangerá toda a terra
habitada, mas não significa que todos serão salvos. Só subirão ao encontro do
Senhor os que estiverem firmes no seu propósito de testemunho e serviço.
Jesus dará ordem aos seus anjos para
que reúnam os remidos de toda a terra para o encontro com Ele sobre as nuvens. “O Mesmo” em quem a Igreja tem confiado se encontrará
com ela naquele dia especial.
O mesmo poder transformador dos corpos
dos que morreram no Senhor e naquele dia hão de ressuscitar, atuará nos corpos
dos vivos naquele dia. Paulo declarou: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados”
(ITs. 4. 17). “Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados” (I Co.
15. 51).
Quase que simultaneamente será a
ressurreição dos mortos em Cristo, os vivos em Cristo ouvirão a voz do arcanjo,
serão transformados e arrebatados ao encontro do Senhor nos ares. Os corpos
mortais serão revestidos de imortalidade, porque nada terreno ou mortal poderá
entrar na presença de Deus. Será o poder do Espírito Santo sobre a matéria (I Co.
15. 53,54). O arrebatamento dos vivos implica tirá-los do período terrível da
Grande Tribulação. O alcance da redenção será de proporções espetaculares
abrangendo toda a terra, assegurando a bem-aventurada redenção em Cristo.
2-
A vitória da redenção.
A vitória da redenção precisa ser
definida em termos de universo, a situação do tempo presente na vinda do
Senhor, não é apenas contemplar a sua pessoa bendita, e sim subir ao seu
encontro nas altas nuvens.
Parousia
e Epiphanéia - são as
palavras gregas mais encontradas no Novo Testamento relativo à segunda vinda de
Cristo. Parousia quer dizer: presença chegada rápida, visita, e ocorre nas
Escrituras 24 vezes, para descrever o retorno de Cristo em referência ao
arrebatamento da Igreja. (I Ts. 4. 17).
Já o termo Epiphanéia significa manifestação, vir à luz, resplandecer
ou brilhar e refere-se à segunda fase da vinda de Cristo quando Ele voltará a
terra visivelmente com a sua Igreja. É a volta pessoal de Cristo à terra que
acontecerá como uma manifestação visível e gloriosa (II Ts. 2.8).
Epiphanéia - é um termo que específica a volta
de Cristo sobre a terra de modo mais direto, porque diz respeito à sua
manifestação pessoal ao mundo. No arrebatamento todos os santos desfrutarão do
privilégio da vitória da redenção, será o momento mais importante que jamais
houve na história universal da humanidade. Para os que estiverem vivos serão
transformados, que se concretizará ao toque da última trombeta. Que som será
esse que todos ouvirão, mas nem todos se alegrarão naquele glorioso Dia. “Num momento, num
abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (ICo 15 52) Que
possamos aguardar esse tão esperado Dia com a graça salvadora irresistível que
Deus nos proporcionou em seu
Filho , Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!
CONCLUSÃO.
A promessa da segunda vinda de Cristo,
sem dúvidas será o mais esperado acontecimento de todos os tempos. É a
concretização da nossa fé, amor e esperança. O mundo secularizou-se no seu
imaginário desprovido de Deus, vivem a mercê da sua própria sorte, e ainda
zombam da proposta de redenção que há somente em Cristo Jesus.
Questionam a sua vinda e a tem por demorada, levando muitos a
descrerem no amor de Deus que se prontificou a amar o mundo de tal maneira
dando seu Filho para redimir a raça caída dos seus pecados e delitos.
Entre as últimas palavras estão as da
sua volta: “Eis
que presto venho!” (Ap 22.7,12). Os zombadores podem dizer: “Onde está a
promessa da sua vinda?” (IIPe 3.4). Devemos, porém nos lembrar, que
Deus não considera o tempo da mesma maneira que o homem: “Um dia para o Senhor é com mil anos e mil
anos, como um dia” (II Pd. 3.8). O bom cristão é aquele que se ocupa
no serviço do Mestre, cumprindo as tarefas que Ele nos confiou até que Ele
volte (Mt. 13. 33 34: Lc. 19. 13). Devemos, pois, estar em alerta e vigilantes,
cada um em sua própria posição (Mt. 24. 45- 51; Mc. 13 32- 37; Lc. 21. 29- 36).
Aguardando o glorioso dia da volta do Senhor Jesus.
Aquele que professa uma religião
formal, fria, sem vitalidade e sem fé, mesmo estando arrolado em uma igreja
evangélica, poderá ficar aqui para o sofrimento da Grande Tribulação. O
essencial é que todo cristão viva a cada dia firme na esperança da vinda de
Cristo. “Estar em Cristo” é tê-lo no coração, permanecendo fiel a doutrina das
Escrituras a qual tem poder para transformar o mais vil pecador em um homem
apto para viver em sociedade, íntegro de caráter e santidade. “Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da
segunda morte”. Amém! (Ap 2. 11).
Evangelista- Mestre - Expedito
Darcy da Silva.
Bibliografia
WOOD, Leon J. A Bíblia e os Eventos Futuros, 2ª- Ed. – São Paulo: Imprensa
Batista Regular, 2003.
SHEDD, Russell P. Escatologia do Novo Testamento, 3ª- Ed. – São Paulo: Vida Nova,
2006.
ALLISON, Aroldo B. A Doutrina das Últimas Coisas, 4ª- Ed. – São Paulo: Imprensa Batista
Regular, 2002.
Lições Bíblicas CPAD. Escatologia.
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