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terça-feira, outubro 28, 2014

A VERDADEIRA FÉ NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS

Tiago 2:1-13.
1. Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta,
3. e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,
4. porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?
 5. Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
6. Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?
7. Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
 9. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10. Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
11. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
12. Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo. A fé sem obras para nada aproveita.
  PARA REFLETIR E INTERAGIR.
O estado humilde é mais favorável para a paz interior e o crescimento na santidade. Deus daria riquezas e honra deste mundo a todos os crentes se fossem para seu bem, considerando que Ele os têm escolhido para que sejam ricos na fé e os tem feito herdeiros de seu reino, que prometeu conceder a todos os que o amam.
Considere-se com quanta frequência as riquezas conduzem ao vício e à maldade, e quão grandes recriminações se faze, a Deus e à religião por parte de homens ricos, poderosos e grandes no mundo; isso fará que este pecado pareça muito grave e néscio.
A Escritura dá como lei amar ao próximo como a um mesmo. esta lei é uma lei real que vem do Rei de reis; e se os cristãos agem injustamente tornam-se convictos de transgressão pela lei.
Pensar que as nossas boas obras expiarão nossas más obras é algo que claramente nos conduz que buscar outra expiação. Conforme com a aliança de obras, transgredir qualquer mandamento coloca ao homem sob condenação, da qual nenhuma obediência pode livrá-lo, seja passada, presente ou futura. (HENRY, p. 288).
·         Proposição.  
Deus nos chamou para sermos santos, não podemos usar a fé que herdamos de Cristo em acepção de pessoas, temos que ser imparciais, porque o amor de Deus que foi manifestado na igreja não pode ser usado em acepção de pessoas, às vezes nos tornamos perversos devidos nossos procedimentos incorretos diante de Deus, que nos chamou pela sua soberana vocação para que fossemos santos na sua igreja. Esta é uma das razões pela qual não podemos desmerecer ninguém principalmente os pobres que Deus chamou para si. Mesmo com as verdades pregadas na igreja alguns irmãos estavam transgredindo a ordem de Deus por estarem desprezando os pobres em detrimento dos ricos. Deus pela sua lei real nos diz para amarmos o próximo como a nós mesmos. Tiago traça um paralelo com a Lei de Moisés, com o objetivo de conclamar o povo a obediência, mas os irmãos estavam atropelando a lei cumprindo-a parcialmente, convém lembrar que não se trata de colocar a Lei do Antigo Testamento de volta na igreja, mas de qualquer forma é para ser vivida e cumprida na igreja como forma de honrar a Deus, no tocante a ao amor a Deus ao próximo. Sabendo, porém, que Cristo nos chamou a lei da liberdade, morrendo em nosso lugar para perdão dos nossos pecados para que fossemos salvos e livres nEle.
    INTRODUÇÃO
A discriminação contra as pessoas de classe social inferior é vergonhoso e ultrajante, principalmente, quando praticada no âmbito de uma igreja local.
De acordo com o pensamento de Henrique, o Cristianismo nivela todas as pessoas, e o faz inicialmente com a afirmação de que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3: 23). Além disso, ele também ordena que amemos o nosso próximo incondicionalmente, independente de sua condição social, econômica, física, etc (Lv. 19: 18; Mt. 22: 39). Interessante que o primeiro versículo do capítulo dois, Tiago aconselha a igreja do Senhor a não fazer acepção de pessoas referindo-se a fé do Senhor, como algo dado a nós como seus servos. Esta fé do Senhor Jesus Cristo precisa ser praticada sem privilegiar alguns e desclassificar outros. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,” (Tg. 2: 2, 3).
Aliás, se hoje há menos discriminação do que houve no passado, isso se deve à influência do Cristianismo na história. Se o Ocidente mantivesse intacta a cultura pagã da Antiguidade, que, por exemplo, discriminava deficientes e pobres, com certeza a acepção de pessoas ainda seria vista hoje como a ordem do dia em vez de uma aberração moral, como realmente é. Henrique. Cristo nos chamou para sermos livres e para sermos livres temos que viver unidos em amor se acepção de pessoas. Perante Deus somos todos iguais
   A FÉ NÃO PODE FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS (Tg. 2: 1-4).
1. Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta,
3. e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado,
4. porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? (Tg. 2: 1-4).
·         Em Cristo a fé é imparcial.
Podemos notar como é interessante o primeiro versículo do capítulo dois, Tiago aconselha a igreja do Senhor a não fazer acepção de pessoas referindo-se a fé do Senhor, como algo dado a nós como seus servos, para que fosse usada como algo edificante das nossas vidas e dos nossos irmãos. Esta fé do Senhor Jesus Cristo precisa ser praticada sem privilegiar alguns e desclassificar outros por serem pobres ou ricos. Não importando suas características físicas, nacionalidade, gênero, cor, posição social, se possui riquezas ou posição cultural. (cf. Lc. 22: 24: 27; Gl. 3: 28; Cl. 3: 10, 11).
Pedro também concorda que não se deve fazer acepção de pessoas dizendo: “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;” (At. 10: 34).
Lembrando que, Paulo também faz referências ao tratamento destinado aos pobres da igreja de Corinto durante a Ceia do Senhor. (ICo. 11: 17-34). Algo terrível como se a igreja vivesse o paganismo bárbaro.
Quando Tiago fala: “Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória” Cristo a partir da sua morte e ressurreição adquiriu um senhorio especial da humanidade, tendo adquirido a posição da administração divina, ao dizer todo o poder me foi dado tanto na terra como nos céus. Quanto a sua glória significa a sua “majestade de honra absoluta, perfeita, íntima, pessoal de Cristo”.
Esta posição alcançada por Cristo e abraçada por nós pela fé nos nivela com toda a humanidade. “Como arauto do monarca do ignora todas as mesquinhas distinções numa vila oriental, assim o primeiro bispo cristão diante da majestade de seu Soberano (Cristo), considerou insignificante as distinções entre os homens”. (Taylor). “Pensai magnificamente de Cristo” e pensareis com mais democracia concernente aos homens. W.C.T.
Para Davids, quando Tiago se refere: “meus irmãos”, ele na verdade está reconhecendo os destinatários da Epístola, como membros da igreja para que não façam acepção de pessoas. Lembrando que, Deus é imparcial. Quanto ao tratamento nosso, independe de nossa posição ou classe social. “Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande e poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;” (Dt. 10: 17). (cf. Lv. 19: 15; Sl. 82: 2; Pv. 6: 35; 18: 5). Mas se olharmos para as pessoas eleitas para algum cargo na igreja, para as pessoas que dirigem os concílios, ou denominações, para sabermos de imediato a respeito das riquezas e ostentações que alguns líderes estão acostumados, e que segundo a opinião de Jesus estes líderes estariam reprovados hoje de acordo com Marcos 10, a reprovação de Tiago ainda tem um grande peso também para os dias de hoje. A igreja deveria ser imparcial, quanto à beleza externa, à riqueza de bens materiais, poder, ou das influências de algumas pessoas que se dizem poderosas, porém vazias de Deus.
De todos os ensinamentos que Cristo nos deixou inclui-se amar ao nosso próximo sem distinção, não se importando quem ele é. Jamais encontraremos na Bíblia que Jesus tenha menosprezado alguém. Ele conversou e se relacionou com todas as pessoas, tanto ricos como pobres eram bem atendidos na sua presença sem distinção. Não havia grupos separados para ouvir seus ensinamentos. Ele curou o servo do rico, como também o filho da viúva. Ele valorizou a mulher adúltera, como a samaritana, assim como o rico e respeitado centurião romano. Jesus nos ensinou que as pessoas valem o que valem independente da sua situação financeira, raça ou cor”. Pinto
Se a fé que temos em Cristo deixar de ser dedicada com amor imparcial consequentemente os crentes estarão sujeitos a sérios riscos de serem reprovados, por que se Deus não usa de parcialidade com ninguém por que devemos ser com o nosso próprio irmão na fé?
·         O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja local.
Com toda certeza havia na igreja pastoreada por Tiago forte acepção de pessoas, podemos notar pela forma que ele escreveu aos seus leitores. “Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado”, (Tg. 2: 2, 3).
Quem de nós, não viu ou vê esta sena ocorrer sempre diante dos olhos na congregação?                                                                                                                               
Observe então, quando entrar na igreja, alguém estudado, político ou pessoas influente, pronto seu lugar nos primeiros bancos estará sem dúvida reservado.
O grande missionário Jorge Müller disse que ao ser empossado na igreja, o seu salário dependia das contribuições que entrassem e dos aluguéis dos primeiros bancos da igreja. Ele observou que somente os ricos tinham condições financeiras para alugar os primeiros bancos. Devido à discriminação social Jorge desistiu de cobrar os aluguéis dos bancos, porque os pobres estavam sendo discriminados, agindo assim, igualou todos num mesmo patamar.
Têm pessoas que se acham superiores por possuírem riquezas. Outros se acham inferiores por serem pobres por vergonha da sua pobreza sentem-se desclassificados diante dos ricos. Pinto. Dessa maneira não vivem em união sincera e se distanciam um do outro e consequentemente de  Cristo, distante de um viver em amor e união cristã. Davi expressou seu sentimento de amor uns pelos outros sem distinção. (Sl. 133).
Para nós cristãos verdadeiros, nossas riquezas consistem na fé e no amor que expressam na renuncia e em seguir firmes e fielmente a Jesus. (ICo. 13: 4-7). BEP. Paulo conhecia o amor e a fé as quais está se referindo, pela oportunidade de Jesus tê-lo escolhido com grande honra, como ele bem dizia ser um malfeitor e grande perseguidor da igreja, não merecendo, nem o amor e nem a salvação em Cristo. Paulo fez grandes revoluções no pensamento da igreja, ao dizer: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada uma para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,” (Fp. 2: 3-5).  
De acordo com a explicação de Filho, “a igreja acuada pelo secularismo, de concessões em concessões, o cristianismo se tornou desfigurado, e o que se ouve são muitos rumores e poucas palavras de edificação. Sejamos honestos e falemos a verdade: Olhando para a vindima descolorida que a maior parte dos membros de nossas igrejas leva, alguém se sentirá atraído pela nossa fé”? A voz de Deus, o povo ainda leva a sério, mas quanto às dificuldades da comunicação da boa Palavra de Deus, que diferença faz no meio de tantos barulhos e tantos desamores nos círculos cristãos, Quem considera isto?
·         Não sejamos perversos.
Porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?(Tg. 1: 4).
 Às vezes por descuido nosso, nos fazemos juízes da vida dos outros, ás vezes por vontade própria nós julgamos sem piedade. Discriminamos e também somos discriminados, mas para Deus não deve ser dessa forma. Tiago não está se referindo aos juízes dos tribunais, mas de irmão julgando seu irmão, membro da mesma congregação. Este julgamento discriminatório se fazia a irmãos pobres ou com pouca cultura secular. Temos que entender que julgar é diferente de criticar. A crítica reclama. O juízo condena. Quem condena seu irmão é um crente perverso (muito mau, malvado). Só Deus pode nos julgar de acordo com sua presciência.
Tudo leva a crer que Tiago está mostrando que havia comportamentos pecaminosos no seio da igreja, isto pode ser observado nos vv. 2, 3, os seus motivos pecaminosos. O que está acontecendo como “divisão” que se considera imprópria por estar acontecendo com visitantes da reunião, isto reflete nas atitudes de comportamentos na mente de certos crentes (em heautois “em cada um de vós”). Uma vida cristã coerente com procedimentos corretos advém de um coração e uma mente com a mesma coerência cristã. Provavelmente está na mente de Tiago ao escrever sua Epístola, que Levítico condena a acepção num contexto de julgamento. Levítico 19: 15. “Não fareis injustiça no juízo; não aceitará o pobre, nem rejeitarás o grande; com justiça julgarás o teu próximo”. Isto nos leva a crer que Tiago está se referindo aos irmãos que fazem acepção de pessoas, como sendo “juízes tomados de perversos pensamentos”.
Tais cristãos não somente assumem o papel de juízes; pior que isto, também tomam decisões de acordo com os padrões mundano anticristãos. (Moo).
Tiago condena as atitudes discriminatórias ao dizer que: “fazeis distinção entre vós mesmos”.
Todos em Cristo haviam sido unificados eram um em Cristo. Como Cristo disse em relação ao Pai. “Eu e o Pai somos um”. É nesta unidade que Deus quer que vivamos e Tiago tinha plena consciência de fato. Por que nEle, não há grego nem judeu, nem escravo, nem livre, nem homem nem mulher, mas todos são um, ou, seja, uma única pessoa em Cristo (Gl. 3: 28). A igreja de Tiago estava menosprezando esse fato, devido sua forma carnal de vida, ao fazer distinção entre os irmãos, com vista nas riquezas e nas posições sociais mundanas, renegando o efeito prático da obra de Cristo. Davids.
Filho diz que é oportuno recordarmos Tiago 2: 13: “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia;...” Associemo-lo com Marcos 4: 24, que diz: “Atendei ao que ouvis. Com a medida com que medis vos medirão a vós, e ainda vos acrescentará”.
Portanto, não sejamos perversos tanto dentro da igreja como fora dela, discriminando nossos irmãos como se fossemos os melhores, isto não quer dizer que quem se esforça e sabe um pouquinho mais venha se rebaixar ao nível zero. Não é isso que Tiago estava se referindo e sim ao tratamento discriminatório por parte de alguns irmãos em relação aos outros.
  DEUS ESCOLHEU OS POBRES AOS OLHOS DO MUNDO (Tg. 2: 5-7).
Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais? Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? (Tg. 2: 5-7).
A soberana escolha de Deus.
Tiago faz uma pergunta direta para seus amados irmãos: “Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam?” (v. 5). Podemos observar de acordo com a Bíblia que os pobres “ricos em fé” têm certa facilidade para crer no Senhor. “A ênfase de Tiago agora é sobre a soberana escolha de Deus (Tg. 2: 5-7). A salvação não está baseada em mérito humano nem mesmo em nossas obras. A salvação não é comprada nem merecida (Ef 1: 4-7; 2: 8-10). Deus ignora diferenças nacionais (salvou Cornélio). Ele ignora diferenças raciais, culturais e sociais (salva senhores e escravos: Filemom e Onésimo)”. (Lopes).
A diferença é que os pobres não são apegados aos bens deste mundo, quando se decidem por seguir a Cristo. Para Tiago dá a entender que: “Eles têm mais interesse no Reino que os ricos, cujo reino muitas vezes é deste mundo”. Jesus ensinou na Parábola do Semeador que as sementes que caíram entre espinhos são os que ouvem. Mas ao seguirem seu caminho têm dificuldades por causa das riquezas: “e a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;” (Lc. 8: 14).
Não significa que todos os ricos são assim. Certa vez, no meu trabalho indaguei meu chefe homem muito rico, sobre meu salário, que tinha uns centavos.
–  Perguntei por que o senhor não arredonda para um real essa diferença? A resposta dele foi que no final do ano a empresa teria uma perda de uns dez reais, se ele arredondasse meu salário. Pode ser este tipo de crente rico e miserável que Tiago estava se referindo, mesmo sendo escolhidos por Deus além de fazer acepção dos pobres ainda eram mesquinhos (mísero) e avarentos (apegado ao dinheiro).
A chamada é de Deus, mas nós devemos nos comportar como se fossemos iguais aos outros, desapegados dos bens materiais sem se desfazer deles, somente tirá-los do coração.
Portanto, é bem verdade que Deus pela sua soberana vocação, tenha escolhido alguns ricos para salvá-los por meio do seu Evangelho, outros, porém rejeitaram o dom da salvação, por exemplo, o jovem rico. Mas a ênfase que Deus se expressou na Epístola de Tiago é algo surpreendente, pela forma que Ele tem escolhido os pobres para o seu Reino. “Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam”?  (Tg. 2: 5). Observa-se que Tiago disse: pobres seria uma forma de preconceito, ou verdade explicita dentro da igreja. Jesus no Sermão do Monte dirigiu-se aos pobres. “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus”. (Lc. 6: 20). Já foi dito anteriormente que esses pobres, não estamos falando de pobres em bens materiais, mas na forma de vida que esses pobres levam com espírito contrito e corações propensos a serem transformados pelo trabalhar do Espírito Santo, ou seja, convertidos de fato.
Deus olha pelos pobres e cuida de todos sem que nada lhes falte, temos algumas exceções que não cabe a nós julgar. “Pois nunca cessará o pobre do meio da terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre na tua terra”. (Dt. 15: 11). Pobreza não é sinal de pecado ou maldição, duro é ser paupérrimo, ou seja, ser rico ter tudo e não ter nada, ou seja, não ter o principal que é Deus como Salvador, nossa riqueza inestimável.
·        A principal razão para não desonrar o pobre.
“Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais”? (Tg. 2: 6).
Temos observado, quanto ao chamado de Deus pelos pobres, mas a igreja dirigida por Tiago não estava sendo coerente, quanto às pessoas que estavam se reunindo para adorar o Senhor. Havia muitas falhas: entre elas estava a desonra aos cristãos pobres em relação aos ricos.
Não estavam levando em conta o lugar sagrado que eles se reuniam para adoração ao Senhor. Segundo Shedd e Bizerra: “a igreja que se posiciona como um clube da alta classe contraria o plano de Deus de humilhar os que almejam intimidade com ele”.
Tiago menciona alguns pecados que eram cometidos pelos ricos: Desprezam os pobres. Arrastam os pobres para os tribunais. Os pobres não tinham acesso a um bom advogado nem bons meios de se defender. Blasfemam o bom nome do Senhor Jesus, que é invocado pelos crentes.
Os ricos estavam fazendo discriminação aos irmãos pobres, que estavam alguns ricos estavam arrastando-os para os tribunais pagãos, o que Deus não aprovava. “Outro motivo porque é inconsistência mostrar favor especial aos ricos é que foram justamente eles que perseguiram os cristãos. Tribunais é uma referência às cortes judias que eram autorizadas e reconhecidas pela lei romana”. Moody. Como era possível a falta de visão desses irmãos ricos ao fazerem tais distinções. Além do mais, como era possível que alguns irmãos pobres ainda estavam compartilhando com os ricos desta situação vergonhosa que a igreja estava enfrentando.
De acordo com a Epístola de Tiago está claro para todos nós o que foi dito por Jesus: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor”.(Lc. 4: 18, 19).
Não somente desprezavam os pobres e oprimiam os cristãos, mas os ricos direcionavam seus ataques contra o próprio Senhor. Blasfemam (gr. blasphemeo) ou falam mal do bom nome que sobre vos, ou seja, os cristãos invocavam. (At. 11: 26). “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”. Não é diferente nos dias de hoje, pois, a maioria dos ricos olha para nós com descaso, convém lembrar que Tiago está falando sobre ricos também de fora da igreja, os patrões os grandes fazendeiros que davam trabalho aos irmãos.
Segundo Lopes: “Nossa fé será finalmente provada no dia do juízo (Tg. 2: 12,13). E o que será julgado? Primeiro, nossas palavras: palavras de acepção (Tg. 2: 3), palavras de desprezo (Tg. 2: 6), palavras frívolas (Mt. 12: 36). Segundo, as nossas atitudes também serão julgadas. Quando não usamos de misericórdia com as pessoas, estamos negando nossa fé e atraindo sobre nossa cabeça o juízo de Deus (Tg. 2: 13). Precisamos estar seguros de que praticamos as doutrinas que defendemos. O profeta Jonas tinha uma maravilhosa Teologia, mas ele odiou as pessoas e estava irado com Deus (Jn. 4: 1-11). Sua vida não estava de acordo com sua fé, sua ortodoxia estava em desarmonia com sua conduta.
Por mais que nos esforcemos dificilmente deixaremos de tropeçar nos conselhos de Tiago, mas Deus levará em conta nossa transgressão, por que somos conhecedores da verdade, portanto, precisamos vigiar quanto ao tratamento que dedicamos aos irmãos pobres e também aos ricos precisamos tratá-los com amor e não com desonra por qualquer motivo que seja, precisamos saber como falar e como agir em determinadas situações.
·        Desonraram o Senhor.
Após lembrar a igreja da escolha de Deus em relação aos pobres deste mundo, Tiago exorta os irmãos a reconhecerem o favoritismo que há destro da igreja cristã: “Mas vós desonrastes o pobre”. (Tg. 2: 6). Por outro lado os ricos são recebidos com toda pompa. Tiago diz:
Porventura, não blasfemam eles (os ricos) o bom nome que sobre vós foi invocado”?(Tg. 2: 7).
Desta forma é preciso que seja combatido todo o tipo de favoritismo, temos que ser imparciais em quaisquer circunstâncias. Não podemos amar um e desagradar o outro.
Davids diz que a igreja não tem a perspectiva de Deus: “vos desonrastes o pobre”. No Antigo Testamento Deus condenava o mesmo crime: “quem despreza ao seu companheiro peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado”. (Pv. 14: 21). A igreja que envergonha o pobre de certo modo abandonou a vontade de Deus e deixou de agir em prol de Deus. “Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus,” (ICo. 11: 22).
No Antigo Testamento, podemos observar que Deus convivia com seu povo de igual modo, e era por eles considerado com respeito e adoração, mas, quando tinha seu bom nome blasfemado, o povo era castigado com duras provações. Moo fala que, “agora, Jesus o Messias, ocupa este lugar para os crentes”. Como pessoas que lhe declaram fidelidade, elas levam seu nome – e uma palavra, elas são “cristãs”! “Quanta incongruência há no fato de aqueles que blasfemam o “bom nome” recebam um tratamento preferencial na igreja”! Tiago está se referindo aos tratamentos diferenciados que estavam sendo dispensados a certos irmãos como forma de privilégios.
O pastor Pinto é da seguinte opinião: Não adianta ser um praticante da religião ou ser assíduo e fiel dizimista se a tua relação com as pessoas seja incorreta e não consiga tratar os outros com respeito e amor. Tua religião é vã, porque não estamos fazendo a vontade de Deus, porque nesse caso nós o desonramos com nossas más atitudes em relação aos nossos irmãos pobres.  Tiago disse: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos, porquanto, aquele que disse: ‘não adulterarás’, também ordenou: ‘Não matarás’. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei”. Portanto, desrespeitar o próximo na sua honra pessoal é comparado ao assassinado. Precisamos pensar nisto ao se relacionar com o próximo, pois tua fé será consumada no tratamento igualitário do próximo, caso contrário nós estaremos desonrando a Deus por termos feito acepção com os irmãos menos favorecidos.
 A LEI REAL, A LEI MOSAICA E A LEI DA LIBERDADE.
8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10. Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
11. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
12. Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo. A fé sem obras para nada aproveita. (Tg. 2: 8-13).
·         A Lei Real.
De acordo com a fala de Tiago podemos observar que ele no v. 8 está se referindo a esta lei real: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis”. Tiago está exortando a igreja que obedeça esta lei, quem fizer ao contrário está transgredindo o que Deus por intermédio de Tiago está dizendo.
Quem ama de verdade seu próximo não pode contradizer com certas atitudes errôneas.
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”. Interessante que Paulo concorda com a mesma opinião de Tiago quanto ao tratamento com o nosso próximo. O Novo Testamento não tem por costume tratar sobre a lei, mas o que Tiago está dizendo tem a ver com os mandamentos do Antigo Testamento, a qual tinha que ser respeitado para que Deus se agradasse do seu povo. Esta vontade foi revelada principalmente nos ensinos de Cristo, que exigiu de seus discípulos uma obediência radical a Deus, condizente com aqueles privilégios de serem “herdeiros do reino” (v. 5). Mas, ao lado de Jesus e Paulo (Rm. 13: 8-10; Gl. 5: 14), Tiago está preocupado em mostrar que a “lei do reino” não substitui a exigência de Deus no Antigo Testamento, mas carrega consigo.
Tiago ao dizer que a lei real deve ser cumprida segundo mandamento do amor, também dessa forma Tiago pretende descrever não o modo pelo qual lei deve ser observada (deve ser observada no amar aos outros), mas a natureza da lei em si – trata-se de uma lei que tem em seu centro a exigência de que o cristão ame o seu próximo. Moo.
Portanto, meus queridos irmãos não se esqueçam do que está escrito na Palavra de Deus que: O primeiro mandamento, amar a Deus com todo o coração, alma, força e entendimento, inclui todas as obrigações impostas por Deus, incluindo guardar o segundo mandamento.
Mas, este sendo difícil de observar, inclui todas as obrigações relacionadas com nosso próximo. Deveríamos por amor a Deus procuramos cumprir esse mandamento na igreja, na família e no mundo. (Shedd; Bizerra).
·         A Lei Mosaica.
O judaísmo ainda era muito forte na época em que Tiago escreveu sua Epístola, com isso a igreja estava passando por algumas dificuldades. Alguns judeus estavam fazendo distinções entre alguns itens relacionados às leis religiosas importantes e menos importantes, de acordo com a visão deles mesmos. Os cristãos estavam convencidos que só estariam cometendo pecado se transgredisse um determinado assunto discriminado na lei de Moisés.
Portanto, o que não estivesse inscrito na lei era passivo realizar tal feito sem contar que isso era pecado, como no caso de fazer acepção de pessoas. Ainda é possível em nosso meio alguém transgredir alguns pontos e ainda dizer que isto está no Antigo Testamento, qual é o problema?
Jesus também é do Antigo Testamento. Precisamos entender que Deus está falando na lei sobre as injustiças cometidas entre seu povo.
E em Levítico é dito: “Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os pobres, nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça”. (Lv. 19: 15). (Shedd; Bizerra).
A lei é encontrada na Escritura, porque Jesus em geral interpretava o Antigo Testamento, em vez de ensinar sem referir-se à revelação anterior. O mandamento específico que Tiago está citando: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Esse era um dos assuntos predileto de Jesus (Ele menciona Levítico 19: 18 seis vezes nos Evangelhos sinóticos) e da igreja (Romanos 13: 19; Gálatas 5: 14. Era um mandamento geralmente visto como resumo da lei de Moisés, mas a razão por que Tiago o menciona pode estar relacionado com a citação no livros de provérbios 14: 21: “O que despreza ao seu vizinho peca, mas o que se compadece dos humildes (pobres) é bem-aventurado”.  (Davids).
E, em Efésios 6: 9, ele disse: “Vocês, senhores, tratem seus escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas”. Na própria lei, Deus já tinha deixado isso muito claro para Moisés. Em Deuteronômio 10: 17,18, ele escreveu: “Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno. Ele defende a causa do órfão e da viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e roupa”.
·        A Lei da Liberdade.
Não existe nenhuma lei de liberdade a não ser o Evangelho de Cristo. Não existe nenhuma alternativa para o pecador se tornar livre a não ser por Cristo. Em Cristo ele é liberto de seus pecados, dos preconceitos e de toda a maneira mundana de pensar. “E libertados do pecado, fostes feito servos da justiça”. (Rm. 6: 18).
Se você for verdadeiramente um discípulo de Jesus, com certeza você desfrutará abundantemente dessa liberdade. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres”. (Jo. 8: 36).
Para que eu possa desfrutar desta lei da liberdade, eu preciso seguir a orientação de Tiago que diz: “Assim falai, e assim procedei”. (Tg. 2: 12).
Qualquer irmão pode falar do pecado ou má conduta do seu próximo o que não deveria. Mas, na verdade, é a sua conduta em relação aos outros irmãos que demonstrará se ele é, de fato, um liberto em Cristo ou um pobre escravo do seu próprio pecado. 
A consistência entre o falar e o agir.Tiago termina essa primeira parte do capítulo 2 enfatizando a necessidade de haver consistência entre o falar e o agir na vida do cristão (Tg. 2: 9, 10, 12), lembrando que haverá juízo divino sobre aqueles que não se arrependem, mas vivem um falso Cristianismo (Tg. 2: 11-13), isto é, vivem uma fé cristã de fachada, onde a fé e as obras estão dissociadas. Aliás, o exemplo que ele cita de religião falsa no início do capítulo 2 serve de gancho para que, em seguida, ele trate mais específica e exatamente sobre a relação indissociável entre a fé genuína e as boas obras (Tg. 2: 14-26).
O resumo de Tiago sobre o tema acepção de pessoas é: “Assim falai e assim procedei” (v. 12a). Isto é: “Cristão, viva o que você prega! Se você é mesmo um cristão verdadeiro, então você deve amar o teu próximo como Cristo o fez: independente da condição social, etnia, idade, sexo, condição financeira e status”. Ou seja, tenha um coração como o de Jesus. Ame as pessoas como Deus as ama. Finalmente, do belo texto de Tiago sobre o juízo e a misericórdia no versículo 13, Henry ressalta três lições: “(1) A condenação que será pronunciada sobre os pecadores impenitentes no final vai ser o juízo sem misericórdia...;” “(2) Aqueles que não mostrarem misericórdia agora não encontrarão misericórdia naquele grande dia; mas...”. “(3) Haverá aqueles que se tornarão exemplos do triunfo da misericórdia, em quem a misericórdia rejubila contra o juízo”. Amém! Como disse Jesus, “bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt. 5: 7). Coelho, Alexandre; Daniel, Silas. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. CPAD. p 78-79. Apud. Henrique.
  CONCLUSÃO
Tiago iniciou este capítulo 2 falando sobre a fé de Cristo em acepção de pessoas. O crente tem que se manter imparcial para não levar a culpa sobre si. O amor de Deus está manifestado na igreja de Cristo e cabe a nós conservarmos este amor se distinção de pessoas. Às veze pode socorre em nossas vidas atos de perversidades, como se fosse um ato desumano, por que desprezamos o pobre no seio da igreja.
Deus pela sua graça soberana escolheu ricos e pobres para serem salvos, mas se analisarmos a história da igreja veremos que a maior quantidade de pessoas chamadas é justamente os pobres. Por isso, temos que preservar a nossa intimidade com Deus sem desonrar os pobres e também os ricos. Infelizmente havia dentro da igreja pessoas que estavam com maus procedimentos, com isto estavam desonrando o Senhor, por que os ricos eram bem recebidos enquanto os pobres estavam sendo desprezados.
O princípio da lei real é amar o próximo como a ti mesmo. Mesmo sabendo que era um mandamento do Senhor, alguns não estavam desobedecendo a Palavra do Senhor. Tiago também se referiu a Lei de Moisés, que com base nos Dez Mandamentos tinha que ser observado à risca, mas alguns judeus na igreja estavam escolhendo o que bem lhes favoreciam, mas, Tiago não viu com bons olhos esta ação dos seus irmãos. Cristo nos chamou para a lei da liberdade. O tempo da escravidão do pecado já passou. Só precisamos viver em amor sincero e não apenas com vãs palavras religiosas que até mesmo o vento se encarrega de levar. (Tg. 2: 15-17).
“... Até aqui nos ajudou o Senhor”. (ISm. 7: 12).






quinta-feira, outubro 23, 2014

A ORIGEM DA PALAVRA

A palavra escrita e falada é um grande veículo nos meios de comunicação. A palavra pode ser transmitida ou expressa por meios de sinais: corporais (gestos), pelos meios sonoros (fala), através de gráficos (escrita), também pelos luminosos (luzes) e também por outros meios A palavra quando falada (sonora), é um fenômeno considerado bio-psíquico-social.
Do ponto de vista biológico, ela só pode atuar a um ser dotado de um cérebro com capacidade para comandar um sofisticado sistema nervoso que atua sobre um sistema chamado fonador, com capacidade de articular, de forma detalhada, os diversos complexos da voz Silva (1999, p.1).
Sob o aspecto psicológico, o cérebro é capaz de produzir pensamentos tantos concretos como abstratos, atuando sobre as glândulas secretoras com uma infinidade de hormônios, que condicionam nossas emoções e os estados mentais. Também no fator sociológico, isso pode ser observado quanto à função do cérebro em reconhecer o valor dos seres de sua espécie, possuidores de um componente racional e emocional, levando-o a desenvolver um sofisticado e complexo sistema de comunicação fundamentado na palavra Silva (1999, p.2).
A palavra constitui de dois elementos básicos: o material (som), que recebe um nome especial de vocábulo[1] e o imaterial (ideia), passou receber o nome termo. No princípio a palavra representava apenas uma forma nominativa, um nome de uma ação, de uma coisa ou de um sentimento. Com o passar do tempo a palavra passou a representar uma ideia formal elaborada, ou seja, uma forma de pensamento completo. Do fonema ela passou a ser conhecida como oração e a frase. Da fonética, indo para sintaxe Silva (1999, p.2).
Sintaxe   
[Do gr. Σινταχε, σύνταξη, pelo lat. tard. syntaxe.] Parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si; construção gramatical:
Devido seu convívio social o homem passou sentir-se obrigado a classificar as coisas, organizou suas ideias e, por conseguinte desenvolveu um complexo e sofisticado mecanismo da comunicação oral com base na palavra, conforme descreve (Gn. 2: 19, 20). Tempos distantes, após o homem ter vocalizado a palavra ele descobriu, ou seja, inventou a escrita. A escrita a princípio era formada por pictogramas (desenhos de coisas ou de figuras simbólicas), depois passou para os ideogramas (sinais representativos de ideias), pelos hieróglifos (desenhos representativos de sons vocais). Chegando finalmente às letras (sinais representativos de sons vocais) Silva (1999, p.2).
a)           A Origem da conversa
Com a convivência do homem em sociedade, ele desenvolveu a palavra e a frase, também produziu uma forma de comunicação conhecida como conversa[2] ou conversação, isto quer dizer, a troca de palavras. A conversa é considerada como um diálogo[3] numa relação entre duas ou mais pessoas Silva (1999, p. 2).
Os gregos classificavam a conversa pelo nome de homilia (de onde se originou a palavra homilética), e os romanos lhe deram o nome de sermonis (que deu origem ao termo denominado sermão). Podemos observar que o denominado de homilia e sermonis são simplesmente sinônimos com o significado apenas conversa Silva (1999, p. 2).
            b)           A Origem do discurso
Devido ao convívio social o homem produziu a palavra, a frase e a conversa, e também produziu o discurso. Segundo explicação de Plínio. Enquanto que a conversa é um diálogo em que o interlocutor tem a participação direta e real, o discurso é um diálogo em que essa participação é direta, mas de forma imaginária. No discurso, a pessoa que fala, imagina que está trocando ideia com os seus ouvintes e espectadores Plínio (1999, p. 3).
c)           Surgimento da Retórica
Não podemos afirmar ou determinar quando surgiu o discurso[4] no entanto ele passou a ser estudado como instrumento de comunicação social, após terem surgido às primeiras regras para sua composição. Segundo alguns eruditos, o discurso nasceu na Grécia. Assim como os gregos inventaram a democracia[5], eles também foram os primeiros a estudar as técnicas do discurso. Com o surgimento da democracia grega ela passou influenciar o comportamento político do povo, e passou influenciar também na educação, o que passou a se ruma nova modalidade de filosofia educacional. Rapidamente, todas as pessoas em todo o mundo estavam desejosas em conquistar os segredos dessa nova e nobre arte.[6] Por esse motivo não demorou muito para que surgissem os mestres improvisados, em pouco tempo eles se espalharam por todo o país. Plínio apud (1999, p. 4).
Devido à influência da democracia, falar em público tornou-se a coqueluche grega. Por esse motivo, todos precisavam e por fim, deveriam aprender. Dessa forma, surgiu à retórica. A palavra retórica é grega e provém de retos, palavra falada. O retór estava envolvido com os gregos, ele era o orador de uma assembleia. O primeiro homem que traçou as normas de um discurso chamava-se Córax[7], um sofista, nasceu na cidade de Siracusa, na Grécia, há 500 a. C,.[8]. Córax defendia e ensinava que o discurso deveria ter na sua forma disposto: Proêmio (introdução), narração, argumento, observações adicionais e peroração (conclusão) Plínio (1999, p. 6).
d)           Surgimento da oratória
Os gregos influenciaram culturalmente os romanos com sua retórica, mas os romanos a partir da retórica, a reconheceram com o nome de Oratória (de oris, boca). Com a retórica surgiram grandes oradores entre eles estava Cícero que foi considerado como o maior orador romano. Tornou-se célebre não só pelas defesas que defendia como advogado e político, mas o que contribuiu também foram às teorias criadas por ele na questão da oratória Plínio (1999, p. 8).
Segundo escreveu Plínio (1999, p. 8). Os romanos também nada sabiam a respeito da “retórica sacra” ou como eles a denominaram: “oratória sacra”, pois esta ainda não existia.




[1] Com a invenção do alfabeto, a escrita passou a ser uma forma material da palavra.
[2] Do latim conversatio.formada de cum, com+versare, virar. Trocar ideia com outrem.
[3] Do grego (δια dia), através+lógos, palavra. Comunicação através da palavra.
[4] Do latim discursos. Composto de dis, contra+cursare, correr. Tem a idéia de correr de um lado para o outro, como a roca do tecelão. Por isso ao contrário de um discurso se dá o nome de texto. (tecido).
[5] Do grego (δεμοσ dêmos) povo+Krátos, poder. Sistema político cujo poder emana do povo. O nome primitivo desse sistema era demagogia.
[6] A retórica faz parte da ciência e da arte, no contexto da homilética.
[7] Sabido. Pejorativo (grego σοποσ sophós), sábio. Mestre popular de filosofia que, por falta de profundidade e de ética, fazia do ensino um comércio. Suas idéias iam do relativismo ao ceticismo. As palavras sofisma (raciocínio falso) e sofisticação (afetação) derivam de suas práticas. GINGRICH, F. Wilbur / DANKER, Frederick Léxico do Novo Testamento Grego-Português, Vida Nova, 1984, p. 228.
[8] A Grécia alcançou o apogeu no século V a. C. Essa época foi chamada de”o pródo de Péricles”, pois foi quando ele consolidou a democracia grega. GINGRICH, F. Wilbur / DANKER, Frederick Léxico do Novo Testamento Grego- Português, Vida Nova, 1984, p. 228.

segunda-feira, outubro 20, 2014

VÍCIO SEXUAL

Este assunto é parte de um Livro (Altar da idolatria sexual) que se encontra postado no Site abaixo.
O motivo de haver livros como este é para esclarecer, ampliar ou tornar a Palavra de Deus compreensível para aqueles que necessitam, de forma que Ela possa tornar-se, ao mesmo tempo, o fundamento de sua fé e a solução para os seus tormentos.
Escrevi certa vez: "O tormento da tentação para pecar é nada, se comparado com as conseqüências do pecado". As consequên­cias podem durar por toda vida ou pela eternidade. São as conseqüências que são tão terrivelmente atormentadoras.
A solução, é claro, como em tudo com o Senhor, está na Palavra de Deus. É nEla que encontramos a solução para todos os problemas ou questões enfrentadas pelo homem ou pela mulher. Não existe outro lugar para ajuda como as Escrituras. Toda a obra de cura do Senhor começa em Sua Palavra. Matthew Henry
Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o tolo que reitera a sua estultícia. Provérbios 26.11
Quanto ao ímpio, as suas iniquidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado, será detido. Provérbios 5.22
Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia e desprezam as dominações. Atrevidos, obstinados, não receiam blasfemar das autoridades; enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exer­citado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva; porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. 2 Pedro 2.10-19
Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite; para que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis. E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro; e, como o louco ao castigo das prisões, até que a flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço e não sabe que ele está ali contra a sua vida. Provérbios 5.3, 9; 7.22,23
COMO TUDO COMEÇA
Jimmy foi apresentado à pornografia quando tinha sete anos. Um dia, seu irmão mais velho o levou para a casa de um amigo cujo pai vendia fitas pornográficas. Enquanto Jimmy assistia deslumbrado às fitas, os outros dois desapareceram, indo para um quarto, o que ele mais tarde compreendeu que fora um encontro homossexual. Jimmy nunca mais seria o mesmo. Essa exposição inicial conduziu-o a toda uma vida de escravidão à pornografia, que o transformou em um viciado sexual maduro (o irmão de Jimmy, também um viciado sexual, alguns anos depois, seria condenado por estuprar e assassinar duas mulheres e uma menina.)
Richard foi apresentado ao sexo pela primeira vez quando era adolescente, e foi convidado para ir à casa de um amigo para participar de uma orgia. Durante anos, levou uma vida obcecada pelo sexo. Logo depois de se casar, com muita manipulação e "subterfúgios" ininterruptos, ele conseguiu convencer sua esposa a incorporar o "estilo de vida liberal" em seu casamento. Por 12 anos, Rebeca, sua esposa, viveu em vergonha e degradação constante, até que ela encontrou Jesus Cristo, e sua vida inteira mudou. Ainda passaria muitos anos até Richard fazer a mesma descoberta.
Um dia, enquanto ainda era adolescente, Glen estava caminhando pela estrada, de volta para casa, depois da escola. Enquanto ele andava com passos pesados, despreocupadamente, um carro parou no acostamento da estrada cerca de 800m à sua frente. Glen ficou muito curioso quando viu uma caixa sendo atirada para fora do carro. Quando ele alcançou a caixa, abriu-a e encontrou centenas de revistas pornográficas. Sua vida nunca mais foi a mesma.Mesmo depois de tornar-se cristão quando estava na faculdade, anos de vício sexual se seguiram. Glen tornou-se gerente geral de uma estação de rádio cristã, a despeito de sua luta contínua contra a pornografia. A verdade sobre sua vida secreta finalmente foi revelada quando ele deixou sua esposa devota e fugiu com a esposa de um pastor.
Bob foi apresentado à pornografia pela primeira vez quando descobriu revistas de sexo explícito debaixo da cama de seu pai. Anos de escravidão se seguiram. Quando a pornografia já não o excitava mais, ele começou a andar furtivamente ao redor de casas para espiar pelas janelas. Ele passava horas em uma janela, esperando o vislumbre de um corpo nu. Depois de arruinar um casamento e quase fazer o mesmo com outro, Bob finalmente buscou ajuda.
                                                        ESCRAVIDÃO SEXUAL
Todos esses homens compartilhavam algo em comum: eles se tornaram viciados com um comportamento sexual compulsivo. Vício é um conjunto de hábitos pecaminosos de pensamentos e ações que se transformam em um estilo de vida. Assim, existem aqueles que desenvolvem um estilo de vida de satisfação sexual e tornam-se viciados no "clímax" associado à atividade sexual, da mesma maneira que outros se viciam na euforia do álcool ou das drogas. Quando os homens enfatizam demasiadamente a importância do sexo na vida deles, este começa a ditar-lhes um estilo de vida, e eles ficam obcecados por pensamentos sexuais. No fim, perdem o controle sobre com que freqüência, com quem e sob quais circunstâncias terão relações sexuais. Eles tornam-se prisioneiros de um comportamento sexual compulsivo. O que começa como "apenas se divertindo um pouco" ou "satisfazendo os desejos normais", gradualmente os atrai cada vez mais fundo para o lodo da escravidão. Se continuarem sem se arrepender, Deus irá entregar-lhes a um sentimento perverso (Rm 1.28).
 Da mesma forma que o traficante do bairro induz alguém com maconha de graça, com a intenção de conduzi-lo ao uso de drogas pesadas, Satanás atrai sutilmente uma vítima desprevenida para suas garras com algumas experiências sexuais satisfatórias. Contudo, a Bíblia assegura que o gozo do pecado durará somente por pouco tempo (Hb 11.25). Em um capítulo mais adiante, veremos como Satanás lança a isca diante do nariz de sua vítima.
                                                            ROTINAS ESPECIAIS
A medida que o vício aumenta a pressão sobre a vítima, ela passa a desenvolver rotinas ou rituais especiais com os quais ela se acostuma. O homem com o hábito de assistir a fitas pornográficas pode começar dando uma olhada nas prateleiras de revistas de uma sex shop por algum tempo. Conforme seu desejo vai aumentando, ele pode aventurar-se a ir para a galeria de filmes, a uma sala mal-iluminada, localizada nos fundos da livraria. De lá, ele pode ir de cabine em cabine, procurando pelo filme perfeito (sua fantasia máxima) até que ele finalmente satisfaz sua lascívia. Identifico-me com essa cerimônia em particular. Eu também entrava em uma sex shop e "dava uma examinada", perambulando pelas cabines de vídeo, vendo as propagandas do filme de cada uma. Então, eu ia metodicamente em cada cabine, pegando a fita que mais me atraía no final.
Um padrasto que molesta uma criança terá uma rotina completamente diferente. Ele poderá (ou não) começar olhando pornografia. Por fim, ele entrará sorrateiramente no quarto da criança, onde praticará seus atos, movido por sua lascívia.
Lew começou a molestar sua filha mais velha quando ela tinha dez anos. Em cada ocasião, ele gastava vários momentos, persuadindo-a e animando-a para convencê-la de que aquele era seu modo de mostrar seu "amor especial" por ela e de que este seria seu pequeno segredo. Ela aceitou relutantemente até que ele tentou molestar sua irmãzinha menor. Tendo vivido com o horror do abuso sexual, ela não aguentaria ver sua irmã passar pelo que ela tinha sofrido. Desesperada, ela contou a sua professora, que alertou imediatamente as autoridades.
Um exibicionista normalmente age rotineiramente dentro de um carro. Ele pode estar indo a uma loja quando a ideia de se expor para uma mulher entra em sua mente. Imediatamente, fica tomado pelo pensamento até que finalmente age, dirigido por sua fantasia, na frente de alguma vítima que não desconfia de coisa alguma.
Sam era adolescente quando começou a sentir vontade de se expor. Toda manhã, quando um grupo de adolescentes passava por seu quintal a caminho da escola, ele se masturbava enquanto as via passar pela janela. Embora ele nunca ousasse se mostrar, só de pensar nas garotas vendo-o se masturbar o excitava. Conforme ele crescia, esse desejo insuportável continuava a incomodá-lo. Ele repetida­mente o descartava, contudo não desaparecia. Um dia, ele encostou seu carro e se masturbou enquanto uma mulher passava por perto. Ele conseguiu esconder-se muito bem, mas o pensamento dela vendo-o masturbar-se era excitante. Sam repetiu essa mesma rotina algumas vezes durante vários meses, até que finalmente sua lascívia dominou-o, e ele cedeu à tentação. Ele deixou que uma mulher o visse enquanto ele chegava ao orgasmo. Embora isso o tenha assustado terrivelmente, ele se viu repetindo o ato inúmeras vezes. A masturbação apenas não era mais suficiente para satisfazê-lo.
A rotina do homem que faz ligações telefônicas indecentes se assemelha muito a do exibicionista; a diferença é que o ritual é feito pelo telefone. Enquanto ele disca vários números de telefone, vai ficando excitado só de pensar em conseguir falar com alguma mulher ingênua o suficiente para escutar o que ele diz. É quando sua lascívia se satisfaz.
Veja o exemplo de Stan. Seus problemas começaram com o 0800. Ele começava excitando-se com pornografia e, então, ligava para um número especial, em que uma garota falaria obscenidades com ele. Mas isso era muito fácil. Em vez de atingir o orgasmo com ela, ele começava a discar rapidamente os números da lista telefônica local até encontrar uma mulher que escutasse suas suges­tões lascivas e a descrição gráfica de seu orgasmo subseqüente.
O voyeur, a pessoa que busca a satisfação sexual por meio da erotização da visão, vagueará horas pelas ruas, na esperança de encontrar uma janela que possa oferecer alguma excitação. Após esperar ansiosamente, talvez horas em cada ocasião, finalmente o vislumbre de um corpo nu entrará em seu campo visual. Essa visão atinge o clímax de sua lascívia.
Bob estaria sentado em sua casa à noite, assistindo à televisão, quando o pensamento de todas aquelas janelas potenciais começaria a seduzi-lo. Depois de todos terem ido para a cama, ele escaparia furtivamente da casa e rua abaixo, procuraria por uma janela com cortinas abertas. Depois de encontrar uma, ele ficaria ali por um longo período de tempo, até que conseguisse ter um vislumbre de qualquer coisa excitante.
A mulher viciada em sexo poderá agir rotineiramente em bares, indo de um homem para outro, noite após noite. Ela pode tentar ver com quantos homens ela consegue flertar ou provocar em uma noite até escolher um para dormir. Então, terminará a noite.
Betty, uma mulher razoavelmente atraente, era uma cantora de boate que amava seduzir os homens. Ela gostava da atenção que recebia do público enquanto cantava. Durante sua apresentação, ela escolhia um homem para "atraí-lo". Acabar na cama com aquele homem faria com que ela se sentisse incrivelmente desejável e sensual como mulher. Se um homem no bar não prestasse atenção suficiente nela, talvez porque ele fosse casado, ela encararia aquilo como um desafio para seduzi-lo. Todas as conquistas lhe davam uma tremenda satisfação. Por fim, Betty se casou, mas logo perdeu a atenção dos homens e começou a ter casos secretos. Não importava quantos homens conseguisse seduzir, ela não atingia o ponto de estar realmente contente com ela mesma como pessoa. No entanto, tudo aquilo começou a mudar quando ela aceitou Jesus Cristo como seu Salvador.
Um "sujeito" pode agir rotineiramente cruzando a zona de meretrício, um abrigo para prostitutas. Cativado pela cena inteira, ele lentamente passa diante de cada mulher, examinando-a cuida­dosamente. Ele começa a fantasiar, e a lascívia aumenta em seu coração. Finalmente, por qualquer motivo, uma delas percebe seu interesse, e ele procura seus serviços para a noite.
Jody passava horas passando com seu carro por ruas lotadas de prostitutas. Essa era a metade de sua excitação. De vez em quando, ele parava o carro e conversava com uma delas por algum tempo, mas normalmente ele não estava pronto para terminar ainda sua rotina; então, continuava dirigindo e prosseguindo com sua busca. Por fim, depois de seu desejo de fazer sexo estar aproximando-se do clímax, ele escolhia uma das mulheres para levar ao seu quarto de hotel. Era onde sua rotina atingia o ponto culminante.
O homossexual compulsivo age rotineiramente de uma das duas maneiras. Normalmente, ele vai a um bar local de gays, onde flerta com alguns homens até encontrar o parceiro "ideal". Ou ele pode preferir ir a uma galeria de filmes de uma sex shop, onde haverá homens "heterossexuais" e bissexuais que aceitarão seus serviços. Lá, ele passará de homem em homem a noite inteira, até finalmente se cansar e encontrar alguma maneira de alcançar prazer por ele mesmo.
Rick fez as duas coisas. Algumas noites, ele ia aos bares de gay ou às casas de massagem, procurando por outro homossexual que lhe atraísse. Os dois podiam tomar vários drinks juntos enquanto iam-se conhecendo e terminavam, então, na cama naquela noite. Outras noites, ele ia às sex shops. Ele se oferecia para "cuidar" dos homens heterossexuais que estavam assistindo a fitas pornográ­ficas em pequenas cabines. Em uma noite, ele podia fazer sexo com uma dúzia ou mais de homens naquela cabine. Embora fosse levado a fazer isso, era confuso para ele o quão pouca satisfação ele recebia.
Todos esses homens diferentes compartilharam uma coisa em comum: eles permitiram que pensamentos pecaminosos domi­nassem a vida deles a ponto de se tornarem viciados em seu comportamento. Suas rotinas verdadeiras podem diferir, mas todas elas têm um padrão distinto ou observável que, no fim, leva a seu "comportamento" sexual. 
Para saber mais continue a leitura no livro.



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