Novas postagens - https://sites.google.com/site/lerparasabermaisprofexpedito/
Além de ter seus interesses
próprios, a filosofia considera os pressupostos fundamentais de outros ramos do
conhecimento. Quando a filosofia volta suas atenções para a Ciência, temos a
filosofia da Ciência; quando examina os conceitos básicos do Direito, temos a
filosofia do Direito; quando se ocupa de problemas da Educação, temos a
filosofia da Educação, ou filosofia educacional.
Tal como a filosofia formal
procura entender a realidade como um todo, explicando-a da maneira mais genérica
e sistemática, assim a filosofia educacional procura também compreender a
educação em sua integridade, interpretando-a por meio de conceitos gerais que
guiem a nossa escolha de objetivos e diretrizes educacionais.
Do mesmo modo que a
filosofia geral coordena as descobertas e conclusões das diversas ciências, a
filosofia educacional interpreta-as na medida em que se relacionam com a
educação. As teorias científicas nas implicações diretas; não podem ser
aplicadas a prática educacional sem que primeiro sejam examinadas
filosoficamente. A filosofia educacional depende da filosofia geral, ou formal
na medida em que os problemas da educação são de caráter filosófico geral.
Não podemos criticar a
política educacional vigente ou sugerir novas diretrizes sem tomar em
consideração problemas filosóficos gerais como: (a) a natureza da vida boa, que
é um alvo primordial da educação; (b) a natureza do próprio homem, porque é o
homem que estamos estudando; (c) a natureza da sociedade, pois a educação é um
processo social; e (d) a natureza da realidade Suprema, que todo o conhecimento
procura penetrar. Portanto, a filosofia educacional envolve, entre outras
coisas, a aplicação da filosofia formal ao campo da educação.
Tal como a filosofia geral,
a filosofia educacional também é especulativa, prescritiva e analítica.
É especulativa quando
procura estabelecer teorias da natureza do homem, da sociedade e do mundo, por
meio das quais ordene interprete os dados conflitantes da pesquisa educacional
e das ciências do comportamento.
É prescritiva quando
especifica os fins a que a educação deve obedecer, e os meios gerais que deve
usar para atingi-los.
É analítica quando esclarece
enunciados especulativos e prescritivos.
O analista, como veremos,
examina a racionalidade de nossas idéias educacionais, sua coerência em relação
a outras idéias e os processos pelos quais o pensamento impreciso as distorce.
Examina a lógica de nossos conceitos e sua adequação com fatos que procuram
explicar. Tenta, sobretudo, esclarecer os múltiplos significados diferentes que
foram ligados a expressões educacionais tão desgastados como “liberdade”,
“ajustamento”, “crescimento”, “experiência”, “necessidades” e “conhecimento”.
Estamos
agora em condições de examinar os vários ramos da filosofia, sobretudo a
metafísica, na medida em que se relacionam com a educação.
KNELLER,
George F. Introdução a Filosofia
da Educaçao - Trad. CABRAL Álvaro - Universidade da California - Los
Angeles - EUA: Ed. ZARRAR, RJ -
1981. - 6ª ed.
Nenhum comentário:
Postar um comentário