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Essa
reflexão pode lembrar nossas histórias ou simplesmente a história do outro tão
somente. Mas não deixa de ser uma realidade que passa às vezes despercebida
diante de nós. Um fato é real. Alguém já viveu outros, porém, talvez possam
viver. Se por ventura, defrontar com alguém assim ame-o, ame-a antes que vá e
fiques a estrada dos sonhos e das lembranças do quanto durou o que jamais
deveria ter acabado, ou ter iniciado, tu o sabes.
Nem
sempre a vida é como nós queremos que seja, procuramos as soluções dentro das
nossas covardias e fraquezas, porque não conseguimos encarar a realidade como
ela se nos apresenta. Ás vezes queremos nos livrar daquilo que não queremos de
forma que alimentamos o nosso desejo de fuga ou de livrar-nos do que não
conseguimos ao longo dos anos, mas saímos à caça de oportunidades e a
encontramos às vezes dentro das nossas loucuras de um coração insensato.
Buscamos
e encontramos a nossa frente às soluções como que instantâneas. É obvio que não
estamos sós, alguém sempre será o protagonista desse caso que aos poucos vai se
concretizando diante de nossos olhos é a nossa história que se inicia dentro de
nós, dos corações.
A
causa maior é o suposto ciúme de quem? De alguém! Ou essa é a verdadeira
máscara da nossa insensatez, porque não somos fiéis aos nossos preceitos de
verdade, escondemo-nos na mentira do ato que se apresenta diante de nossos
olhos. E a nossa mente suspeita o que é inevitavelmente mau. Esse é um coração
desatinado (insensato), que só olha para dentro de si sem se importar com as
circunstancias que o envolve.
A
chance não poderia ser mais oportuna, não importa se ferimos, o importante é a
minha vez. O outro nada mais é que o desligamento de uma infinidade de vida que
transcorreu a dois. Cinzas de lembranças esvaídas ao ar, o que me importa é a perspectiva
de uma nova velha vida, e a nova vítima se aproxima para convivermos mais
alguns anos debaixo do medo das incertezas, que também surgirão ao longo da
nova jornada de amores, mas que amores? Se nunca soube amar por isso parto mais
uma vez de quem? De você? Ou de mim? De mim, sim!
Acovardamos-nos
dentro de nosso ego supostamente ferido e lançamos fora tudo que brilhava como
suposto amor embora impossível, mas que muito durou, se é que duraste tu o
sabes.
A
maior covardia do ser humano é lançar sobre os outros as nossas fraquezas, como
não tendo estrutura solidificada dentro da ética e da moral é como se o agir não
fosse insincero para como o que está a nossa frente, um coração que fica
despedaçado pela minha vez de ir.
O que importa é o meu livrar-se do outro eu, é
como se eu fosse o outro infeliz e eu feliz, por esse motivo parto para
deixá-lo infeliz como o que ilusoriamente criei em meu subconsciente e não
posso revogá-lo. O que importa é que eu seja feliz com meu coração desatinado de
novas perspectivas, vou novamente ao ataque para ver se de novo acho uma presa
para meus desejos de amar o que não sei se de fato algum realmente amei.
É
a minha oportuna vez de partir, de ir sofrer um pouco, talvez. O outro que seja
como eu penso que seria como outro modo de viver longe de mim e perto daquilo
que idealizei e tenho certeza que essa foi a minha chance, não me importando se
é ou não verdade.
Sofrer
a todo custo longe a sofrer indefinidamente perto, porém muito longe da real
verdade do amor, que já não é, como se pensa que era, não foi e se fosse não se
dissiparia como uma fumaça lançada ao ar, que não voltará mais.
Quando
os olhos pensam que veem, e o coração insensato sente o que os olhos viram nada
mais resta, se não acatar o que estou sentindo. Mesmo sem saber se é verdade,
não importa o que importa é o momento único para por fim a uma situação que não
se encontrava um caminho de ir, ou de ficar, preferir ir a ficar é uma atitude
nobre, o coração que fica a meu ver não está só. A solidão do outro não me
importa diante de o que está sendo acusado pelo meu coração que se feriu como
que tivesse visto, mas preferiu sentir como se estivesse vivido.
O
que interessa é a oportunidade de mostrar o quanto sou capaz de desabar num
pequeno momento, todo o ódio idealizado como a verdade que penso. Pois, essa é
a oportunidade de mostrar o quanto sou feliz por tão ignorante como o coração
que me nega o momento de perdoar e partir sem ferir o outro eu, que nada mais
resta senão cinzas de um passado que nunca foi e se foi não o vi como deveria ter
visto, mas o coração desatinado, volúvel nada vê só sente o desejo de ir de ser
livre, mas preso aos fantasmas do pensamento das lembranças agora mortas e sem
volta, mas de quê? (Mestre Expedito).
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