Missões Urbanas
Nos dias atuais,
muitos irmãos não estão
levando em consideração os pregadores ao ar livre. Esses pregadores nos lugares públicos são como representantes das vozes que
estão presas dentro das paredes eclesiais. Considerando que, desde Noé até João
Batista, Jesus, os Apóstolos e Paulo foram grandes homens de pregação pública.
A proporção de
pregação que envolve desde o Antigo e o Novo Testamento soma mais de 90% dos
sermões pregados para um público diversificado. Os profetas como Jeremias
recebeu de Deus a ordem para proclamar a mensagem do Senhor publicamente. “E disse-me o Senhor: Apregoa todas estas
palavras nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, dizendo: Ouvi as
palavras desta aliança, e cumpri-as”. (Jr. 11: 6). O Templo judaico era
muito frequentado pelos religiosos, mas nas ruas estavam os homens sem nenhuma
orientação espiritual.
Mas Jesus ia buscá-los juntamente com os seus apóstolos em diversos
lugares públicos fora do Templo de Jerusalém.
White comenta a respeito dos
pregadores dizendo que surgiu no início do séc. XIX no oeste americano a tradição da fronteira, que trouxe
consigo uma novidade como forma litúrgica da palavra. A necessidade de fazer
com que os irreligiosos tivessem a oportunidade de participarem dos cultos, fez com
que eles
começassem
a realizar seus cultos ao ar livre ou em tendas. Os pregadores procuravam
concentrar uma grande parte da população para ouvir a pregação da Palavra.
Tendo em vista a grande concentração
de pessoas dentro das igrejas que ouvem diariamente diversos sermões, cabe a
nós uma reflexão sobre o trabalho de pregação pública. O trabalho dos
pregadores em lugares públicos está muito
desgastado,
é lamentável porque no passado essa forma de pregação chegou a ocupar lugar de
destaque entre muitas denominações, entre elas era muito forte a participação
pentecostal exercida por um grupo de pregadores voluntários, muito deles eram
leigos, mas faziam a obra missionária ao ar livre com muita garra, determinação
e acima de tudo com amor incondicional.
No princípio da Igreja, os púlpitos das ruas e das praças estavam
vazios, mas aos poucos foram sendo ocupados por grandes pregadores
ilustres, como: Jesus e seu colégio apostólico, e depois deles vieram outros
personagens bíblicos pregando o Evangelho do Reino a todos. Num período mais
recente tivemos grandes pregadores públicos. Destacamos: Jerônimo
Savanarola, Martinho Lutero, João Calvino, Charles Haddon Spurgeon, George
Whitefield, Christimas Evans, João Wesley, Paulo leivas Macalão entre tantos
outros, e muitos pregadores anônimos continuam expandindo a Obra de Cristo em
nossos dias, inclusive o pesquisador.
Segundo dados
históricos sobre a vida de George Whitefield foi dito que não havia prédios,
auditórios suficientes para comportar a grande multidão que queria ouvi-lo “e,
nos países onde pregou, armava seu púlpito nos campos, fora das cidades”. Para
Whitefield lhe foi atribuído “o título de príncipe dos pregadores ao ar
livre, porque pregava em média dez vezes
por semana, e isso fez durante um período de trinta e quatro anos, em grande parte sob o teto construído
por Deus, os céus”.
Viola
um dos grandes Teólogos da atualidade também enfatiza o grande ministério de
pregação pública de Whitefield: Primeiramente, os evangelistas fronteiriços
alteraram a meta da pregação. Sua meta
exclusiva era a conversão de almas. Dentro da cabeça do evangelista, não havia
outra coisa no plano de Deus a não ser a salvação. Esta ênfase teve sua
origem na pregação inovadora de George Whitefield (1714-1770). Whitefield foi o
primeiro evangelista moderno a pregar ao povo ao ar livre. Ele
deslocou a ênfase da pregação do plano de Deus para a Igreja, para a pregação
do plano de Deus para o indivíduo. A noção popular de que “Deus ama você e tem
um plano maravilhoso para sua vida”.
John
Wesley estava “com a idade de 70
anos, pregou a um auditório de 30 mil pessoas, ao ar livre, todas as pessoas
puderam ouvi-lo claramente”. Wesley estava com a idade bem avançada, mas isso
não o impedia de pregar com muito vigor e destreza. “Aos 86 anos fez uma viagem
à Irlanda, na qual, além de pregar seis vezes ao ar livre, pregou cem vezes em
sessenta cidades”.
Que maravilha, que benção de Deus, que possamos ser imitadores desse grande servo de Deus!
Havia também um
Evangelista pouco conhecido em nosso meio, que foi incluído entre os grandes
pregadores do seu tempo. Estamos nos referindo a Christmas Evans, que
demonstrou perante uma grande multidão o seu talento como um grande
Evangelista. Tinha o dom da
pregação, e pregava extraordinariamente. Certa vez levou uma multidão, cerca de
“15 a 20 mil pessoas, de temperamento e sentimentos vários, a ouvi-lo com a mais profunda atenção”. “Nas igrejas, não cabiam as multidões que iam ouvi-lo durante o dia; à noite, sempre
pregava ao ar livre, sob o brilhar das estrelas”.
Um
dos grandes pastores das Assembleias de Deus no Brasil, Paulo Leivas Macalão
iniciou seu ministério de pregação ao ar livre no Estado do Rio de Janeiro.
“Tocando seu Piston (Trompete) e Violino testificando e proclamando a mensagem
do Evangelho em todas as praças e centro da cidade”.
Que
o exemplo e a iniciativa desses grandes homens de Deus possam influenciar-nos a
colocar nossas mãos nesse trabalho de evangelização pública, afinal, os
púlpitos das ruas e das praças estão vazios.