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sábado, outubro 19, 2013

O AMOR E A CRUZ

Poesia Cristã/Reflexão para a Vida
Prof. Mestre Expedito Darcy da Silva.
Pensando em Deus pensando em nós.
Amor! Seria possível mensurá-lo? Creio que não!
Poderíamos numa escala decrescente. Deus, Amor transcendente, indizível, mas na sua imanência contempla o abastado, o pobre e o desgraçado, o amor incondicional de Deus, que ama, por que na sua existência Ele é o Amor. O amor de Deus, não se explica, contempla-se.
É o Filho que brada na cruz, é o Pai que não ouve por que o amor do Pai processa-se na Sua morte, na morte do seu Amor, Cristo.
O Amor despiu-se da sua glória, viveu entre os piores malfeitores, mas o pior ato de desamor foi considerado entre os seus irmãos, um ato cruel foi ignorado, Ele foi deixado de lado sofreu o descaso do vitupério.
O Pai prova o seu amor no Filho, o Filho prova seu amor em você, em mim e em nós.
Não pedimos a morte de Cristo, nós nem sabíamos que Ele foi sentenciado à morte desde a fundação do mundo. Seu brado na cruz, ainda hoje ecoa em nossos ouvidos, mas o Pai o ignorou, foi preciso ver e sofrer a dor do seu Filho, eu ouvi, mas não posso revogar. Precisávamos que o Pai não o ouvisse, para que o Filho do seu sacrifício nos salvasse.
Naquela fria e rude cruz morreu um Homem experimentado na dor e no sofrimento. Enfrentou o que temos de pior dentro de nós: o desamor, o ódio, o rancor, mas o pior de tudo foi à amarga solidão dos seus. No balançar dos ombros de alguns Ele foi desprezado, sem amor e muito menos piedade.
Como muitos pensam. A cruz não foi somente símbolo de vexame e dor, mas de honra por uma das causas mais nobre, a sua, a minha a nossa salvação. Na Cruz morreu um por amor de muitos, valemos mais que o mundo inteiro, a cruz sabia disso e nada pode fazer, a não ser receber a honra da morte mais infame e desumana, sem nenhuma chance a sentença foi aplicada.
Cada um de nós merecia a sua cruz, mas Ele a assumiu por todos nós. Preferiu morrer sem nenhuma honra diante dos homens, no meio de homens marginalizados e também sentenciados assim como Ele foi.
Se fossemos artesãos faríamos uma cruz de ouro cravejada de diamantes e rubis, mas Ele não se achou digno de aceitá-la, era muita honra, muita glória, muito luxo, por que o amor verdadeiro se considera no esvaziar-se de todas as honras e de todas as glórias, que lhe são propostas. O amor não está baseado nos bens, mas na honra da humildade.
A verdadeira cruz do amor ofertou-se, pelo suplício, pela dor, pelo ódio dos que o mataram, na condição da mais baixa desumanidade, morte essa que foi abolida nos tribunais pela sua forma cruel e vergonhosa, ninguém se submeteria a ela com prazer em morrer como um ser considerado na mais baixa condição de um ser humano.
E a árvore? Sim e a árvore? Quem se preocupou com ela? Ninguém! A final, antes de tudo ela deu sua vida pela outra vida, ela precisava morrer, par mim e por você, para que todos nós tornássemos a nascer de novo.
Como tudo que Deus criou é belo, a árvore também era bela, linda, todos a admiravam, a sua copa abrigavam os homens do calor escaldante, os pássaros se aninhavam em seus ramos, constituíam suas famílias entre seus galhos, no alvorecer todos estavam postos sobres seus delicados galhos, e ofereciam a seu Criador os mais belos hinos, e a árvore juntamente com os pássaros, as borboletas e os insetos e todos os seus amiguinhos faziam parte daquela orquestra sinfônica.
Talvez aquela bela árvore não desse fruto, mas todos nós geramos frutos, uns maus, outros podres, outros secos, outros de justiça, outros estéreis.
Os frutos daquela árvore era a sua utilidade, quantas inutilidades sobre as árvores infrutíferas! O aquela árvore tinha de melhor ela sempre ofertava: frutos de amizade, do compartilhar, de estar juntos a todos que dela precisavam. Ela veio de Deus para todos e para nós, quanta utilidade minha querida árvore!
 Para os pássaros, para as borboletas azuis, para as formiguinhas que com muito carinho faziam suas cutículas, sua unhas eram as pequenas folhinhas cortadas pelos alicates das formiguinhas, quanta utilidade meu amor! Em fim Deus se alegrava com sua beleza, era para Deus sua árvore querida estimada, amada, à noite Deus aspirava ao soprar da brisa o seu doce perfume, entre os vaga-lumes que brilhavam suas luzes, que refletiam nas pequenas gotículas do orvalho que também se depositavam sobre si, que maravilha meu amor quanta utilidade minha querida!
A árvore não se ofereceu, nem sempre na vida temos as nossas melhores escolhas. Mas quando as escolhas provêm de Deus, assim como a árvore foi despida de toda sua honra e glória, resumindo-se apenas em um tronco inerte tombado no chão, a crueldade da serra, não teve piedade das famílias que dependiam dela. Meu Deus por que se permitiu que essa árvore tão linda, tão útil fosse resumida nesse desprezível tronco morto, inerte, quanta inutilidade desprezível tronco!
Das duas sentenças: Uma foi dita derruba-a! Derrubaram-na!
A segunda faça desse tronco quase inútil uma cruz como qualquer outra. Não a lustre, não a envernize, não lhe dê nenhum tratamento, simplesmente façam dela uma cruz. E fizeram dela a pior de todas as cruzes. Cruz de descaso, de vergonha, de infâmia, de solidão de dor, de morte.
Aquela que era admirada por Deus, pelos seres vivos do ecossistema, pelos homens, agora, ela simplesmente tornou-se um símbolo de vitupério. Ela não nos interessa mais, tornou-se aos nossos olhos o símbolo da inutilidade. Será?
Quando pensamos que somos inúteis, Deus reserva para nós um peso da sua glória, nos faz assentarmos entre os grandes e poderosos, nos dá um nome de honra: Mestre, filha, filho, serva, servo, amigo, amiga....
Às vezes somos despidos do que achamos que temos dado de melhor, mas não é bem assim que Deus nos vê. Nossos frutos tem que repercutir em harmonia de coração envolvido com a paz que excede a todo o entendimento.
A árvore foi arrancada do seu lugar, mas ao fincá-la numa cova fria, ela se posicionou como o instrumento que serviria para esmagar a cabeça da serpente. Que maravilha meu amor!
A morte da árvore, de um ser vivo que respirava e adorava o seu Criador, agora se tornou em um simples objeto frio sem vida. Deitaram-na sobre o chão, ela que sofrera a morte lentamente pelas serras e pelos machados, faltava-lhe provar os cravos, algo que penetraria nas profundezas do seu ser. Que sofrimento minha querida, quanta dor meu bem, quanta maldade meu amor!
Em fim chegou a hora! Deitaram a cruz no lugar mais baixo, o chão, dos que caem, dos que se rastejam, dos guerreiros feridos, dois vencidos, de todos os mortos! Fuja meu amor! Levanta lute não se entregue meu bem!
Naquela cruz fria, inerte foi deitado um grande Homem, suas costas estavam quentes pelas chibatadas dos carrascos, mas aquele calor delimitava-se em pecados, meus e seus. Uma multidão aglomerava-se ao derredor. Seus amigos viam-no de longe. Muitos são amigos de longe, nas horas que mais precisamos deles.
Na hora que Ele mais precisava de um abraço, davam-lhe açoites e cuspidas no rosto. A cruz era sua única amiga naquela dura hora.
Quantas vezes precisamos de um abraço, de um afago, e só recebemos chibatadas e cuspidas das línguas que sorvem e destilam venenos mortíferos! Há quantas inutilidades, quantas maldades daqueles que não nos abraçam e quer nos ver pelas costas, distantes de tudo e de todos.
Deitado sobre o madeiro seco estava o Cordeiro, e os cravos, essa era à hora da maior dor, o carrasco se posiciona com muito prazer de ver aquele grande Homem sofrer. Cada batida repercutia em um grande gemido. Que dor insuportável Filho querido, Papai te ama muito. Que obediência Filho meu!
Ao levantar a cruz, nela transpassado pelos cravos estava sobre Ele os nossos pecados. A multidão dos incultos gritava, o céu silenciou-se, e a natureza preparou-se para o pior momento. Pelo melhor momento a consumação de tudo.
A árvore se transformou em uma terrível cruz, e o Cordeiro transformou-se em o nosso Salvador.
As dores insuportáveis e o peso sobre a cruz era o fardo nosso de cada vida. Como nos acovardamos diante das coisas suportáveis, das coisas solucionáveis, das coisas que nos prendem, mas que podem nos matar. Quanta covardia meu amor!
Na sede Ele provou do amargo fel, do seu brado não foi atendido, mas da morte Ele triunfou.
Cristo nos disse: Está consumado – meus queridos, minhas queridas. Inclinou-se!
O céu se moveu, a natureza se prontificou, os covardes recuaram, os supostos amigos se aproximaram, os homens cruéis e frios de alma romperam-se em prantos e lamentos.
Deus estava entre nós e nós não o vimos, não o reconhecemos. Há se eu soubesse meu amor que Tu estavas entre nós eu tinha te amado mais, eu tinha te beijado mais, eu tinha te abraçado mais. Que inútil que eu fui meu amor, perdoa-me!
Quantas oportunidades nós perdemos de abraçar aqueles que nos amam, e muitas vezes choramos sobre seus corpos inertes. Vamos nos abraçar minha querida meu querido, pois a morte se aproxima a cada dia, a cada instante.
O Amor e a Cruz
Eles precisam caminhar juntos. Queremos o amor, mas não queremos nos submeter à cruz. O amor crucifica-se na autodoação, na entrega ao doador da vida, Deus. O amor não rejeita a cruz, submete-se ela.
O amor que se questiona, não é amor, o amor suporta a dor da cruz para cada dia. O amor recompensa-se no ato sublime frente ao Criador. Curva-se em dores, brada do alto da cruz, mas submete-se, entregar-se a dor, a morte, pelos seus, meus, pelos nossos pecados e ingratidões.
Somos partículas de dores, de desamores, porque rejeitamos as cruzes que nos foram propostas, para vivermos as nossas cruzes que idealizamos.
O Amor e a Cruz. Quem olha para os dois vê três. Quem olha para Deus vê um. Quem olha para Cristo vê o outro eu. E os três olham para nós e nos veem envoltos em tudo menos carregando a pequenina cruz, que nos foi ofertada.
Cristo nos disse: Tome a cada dia a sua cruz e siga-me. Quer seguir a Cristo? Vá as orações, aos congressos, aos cultos, as pregações, aos louvores, em todos os lugares possíveis para Deus, mas não se esqueça de levar em todos esses lugares a sua pequena cruz. Se não for assim! Que inutilidade meu bem!
O amor não se despe da cruz, assume-a.
Entre o Amor e a Cruz Cristo deve prevalecer
Por todos nós seu maior triunfo foi submeter
Por todos nós seu amor maior foi obedecer
Por todos se deixou sofrer
Por todos incondicionalmente realizou seu querer
Por todos nós seu destino foi morrer
Por todos pobres, ricos, bons e maus, deixou-se na sua morte seu eterno viver.
Sete palavras: Prevalecer, submeter, obedecer, sofrer, querer, morrer, viver.
Prevalecer: estar acima.
Submeter: estar à disposição.
Querer: a opção imposta.
Viver: alma que caminha.
Sofrer: Necessidade de quem ama.
Morrer: condição de viver. Eternidade com Cristo.







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