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terça-feira, setembro 03, 2013

O Teólogo a Serviço de Deus e não da Teologia

Igreja e Sociedade.

Muitos Seminários no Brasil e fora dele têm formado muitos Teólogos todos os anos. Mas onde estão tantos Teólogos que deveriam ser apologistas da fé cristã? Sem querer generalizar. Para quem os Teólogos estão trabalhando? Muitos Teólogos se formam, mas desencaminham por outros interesses. É por isso que a nossa Teologia ainda caminha com dificuldades em se manter na vanguarda do Evangelho. Primeiramente todo Teólogo precisaria ter compromisso litúrgico com Deus, com a sua Palavra, com a igreja e também com a sociedade. O restante deveria ser considerado secundário como: Nome, fama, dinheiro e posição de destaque na alta posição na hierarquia da igreja.

Antes de conhecer Deus academicamente, o Teólogo precisa conhecê-lo pessoalmente.
Antes de descrever Deus, o Teólogo precisa ter comunhão com Ele.
Antes de descrever o amor de Deus, o Teólogo precisa sentir-se amado por Ele.
Antes de descrever a autoridade de Deus, o Teólogo precisa submeter-se a ela.
Antes de descrever a santidade absoluta de Deus, o Teólogo precisa descrever a sua absoluta pecaminosidade.
Antes de mencionar a sabedoria de Deus, o Teólogo precisa confessar a sua ignorância.
Antes de se enveredar pelo problema filosófico e teológico do sofrimento, o Teólogo precisa aprender a chorar com os que choram e a alegrar-se como os que se alegram.
Antes de tentar explicar as coisas mais profundas e misteriosas da Teologia, o Teólogo precisa ser honesto consigo mesmo e com os outros e admitir que nas cartas de Paulo e em outras passagens da Bíblia há coisas realmente difíceis de entender.
Antes de ensinar e escrever Teologia, o Teólogo precisa entender que sua responsabilidade é enorme, porque, exatamente por ser reconhecido como Teólogo, ele será ouvido, lido, consultado, citado. O Teólogo não pode inventar suas teologias, assim como o profeta não podia inventar suas visões nem declarar “assim diz o Senhor”, se o Senhor nada lhe dissera.
O Teólogo não pode ser nem frio nem seco. Ele tem de declarar com toda empolgação que Deus é amantíssimo, graciosíssimo, justíssimo, misericordiosíssimo, puríssimo, santíssimo, sapientíssimo e terribilíssimo.
O Teólogo precisa de humildade para explicar as coisas já reveladas e calar-se diante das coisas ainda ocultas.
O Teólogo precisa caminhar lado a lado com a fé e com a razão e, se em algum momento tiver de abrir mão de uma delas, deve ficar com a fé.
O Teólogo deve construir e, em nenhum momento, destruir.
O Teólogo obriga-se a separar o trigo do joio, a verdade do mito, a revelação da tradição, a visão verdadeira da falsa visão, o bem do mal, a luz das trevas, o doce do amargo, a vontade de Deus da vontade própria.
O Teólogo tem compromisso de insistir na unicidade de Deus e condenar a pluralidade de deuses, tanto os de ontem como os de hoje.
O Teólogo tem a obrigação de equilibrar a bondade e a severidade de Deus, o perdão e a punição, a vida eterna e a morte eterna, a graça e a lei.
O Teólogo é um fracasso quando não menciona que Deus amou tanto o mundo que de seu único Filho por uma só razão: para que ninguém fosse condenado, mas tivesse, pela fé em Jesus, plena e eterna salvação!



 Revista Ultimato 2010.

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