Igreja e Sociedade.
Muitos Seminários no Brasil e fora dele têm formado muitos Teólogos todos os anos. Mas onde estão tantos Teólogos que deveriam ser
apologistas da fé cristã? Sem querer generalizar. Para quem os Teólogos estão
trabalhando? Muitos Teólogos se formam, mas desencaminham por outros
interesses. É por isso que a nossa Teologia ainda caminha com dificuldades em
se manter na vanguarda do Evangelho. Primeiramente todo Teólogo precisaria ter
compromisso litúrgico com Deus, com a sua Palavra, com a igreja e também com a
sociedade. O restante deveria ser considerado secundário como: Nome, fama,
dinheiro e posição de destaque na alta posição na hierarquia da igreja.
Antes de conhecer Deus academicamente, o
Teólogo precisa conhecê-lo pessoalmente.
Antes de descrever Deus, o Teólogo
precisa ter comunhão com Ele.
Antes de descrever o amor de Deus, o Teólogo
precisa sentir-se amado por Ele.
Antes de descrever a autoridade de Deus,
o Teólogo precisa submeter-se a ela.
Antes de descrever a santidade absoluta
de Deus, o Teólogo precisa descrever a sua absoluta pecaminosidade.
Antes de mencionar a sabedoria de Deus,
o Teólogo precisa confessar a sua ignorância.
Antes de se enveredar pelo problema
filosófico e teológico do sofrimento, o Teólogo precisa aprender a chorar com
os que choram e a alegrar-se como os que se alegram.
Antes de tentar explicar as coisas mais
profundas e misteriosas da Teologia, o Teólogo precisa ser honesto consigo
mesmo e com os outros e admitir que nas cartas de Paulo e em outras passagens
da Bíblia há coisas realmente difíceis de entender.
Antes de ensinar e escrever Teologia, o
Teólogo precisa entender que sua responsabilidade é enorme, porque, exatamente por
ser reconhecido como Teólogo, ele será ouvido, lido, consultado, citado. O
Teólogo não pode inventar suas teologias, assim como o profeta não podia
inventar suas visões nem declarar “assim
diz o Senhor”, se o Senhor nada lhe dissera.
O Teólogo não pode ser nem frio nem
seco. Ele tem de declarar com toda empolgação que Deus é amantíssimo,
graciosíssimo, justíssimo, misericordiosíssimo, puríssimo, santíssimo,
sapientíssimo e terribilíssimo.
O Teólogo precisa de humildade para
explicar as coisas já reveladas e calar-se diante das coisas ainda ocultas.
O Teólogo precisa caminhar lado a lado
com a fé e com a razão e, se em algum momento tiver de abrir mão de uma delas,
deve ficar com a fé.
O Teólogo deve construir e, em nenhum
momento, destruir.
O Teólogo obriga-se a separar o trigo do
joio, a verdade do mito, a revelação da tradição, a visão verdadeira da falsa
visão, o bem do mal, a luz das trevas, o doce do amargo, a vontade de Deus da
vontade própria.
O Teólogo tem compromisso de insistir na
unicidade de Deus e condenar a pluralidade de deuses, tanto os de ontem como os
de hoje.
O Teólogo tem a obrigação de equilibrar
a bondade e a severidade de Deus, o perdão e a punição, a vida eterna e a morte
eterna, a graça e a lei.
O Teólogo é um
fracasso quando não menciona que Deus amou tanto o mundo que de seu único Filho
por uma só razão: para que ninguém fosse condenado, mas tivesse, pela fé em
Jesus, plena e eterna salvação!
|
Revista Ultimato 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário