Liderança Cristã/Igreja
Quem de nós já viu, ou
ouviu um líder cristão (pentecostal) demonstrar: insegurança, fraqueza,
desânimo, pedir oração para os irmãos, qualquer tipo de ajuda, ou conselhos? É
raro depararmos com esse quadro. Os líderes são como homens autossuficientes,
que suportam sozinhos o fardo pesado da responsabilidade do pastoreio. E o que
é pior, eles não compartilham nada com seus pastores auxiliares, muito menos
com suas ovelhas. Eles são como os super – heróis vencem tudo, menos a fadiga
dos vencidos pelos seus individualismos, eles têm medo do fracasso. O resultado
negativo na vida desses líderes é levar a vida ansiosa, irritada, nervosa e por
fim deprimidos sem que ninguém saiba. Segundo uma estatística, mais de noventa por cento da liderança da maior
igreja pentecostal do Brasil sofre de algum tipo de depressão, e o que é
pior eles não se tratam vão até as últimas consequências, e quem sofre com
isso? A família e a igreja, que serve para receber a descarga de mau humor.
Imaginem a mensagem desses líderes às vezes involuntariamente, ou por
ignorância torturam a igreja com suas “pregações”.
Os líderes demonstram o
que não são. Fortes, inteligentes, soberanos e convincentes.
Um dos problemas de
insatisfação no Ministério Pastoral entre outros motivos é a do líder que precisa
trabalhar para sobreviver, e a igreja sofre pela falta de boa liderança e de bons
sermões. O líder que trabalha para se manter, não tem condições e tempo
disponível para preparar suas mensagens. Infelizmente as mensagens de
improvisos estão fazendo a igreja sofrer com sermões baratos, sem vida e sem
conteúdo bíblico. Neste caso, o fracasso não é só do pastor, mas da igreja
também. Estamos sujeitos ao fracasso, porém eles podem servir para nos
amadurecer, ou para nos mostrar que não somos tão perfeitos, como alguns pensam
que são. Precisamos rever nossos conceitos, ou lideramos com amor e responsabilidades,
ou deixamos para quem realmente sabe fazer com amor deixando de lado sentimentos
espúrios por posições, cargos e valores efêmeros.
Sigamos o exemplo de
Cristo: “Eu sou o bom Pastor: o bom
Pastor dá a vida pelas suas ovelhas”. (João 10: 11). Nós pastores precisamos
aprender mais com Cristo. Precisamos deixar de lado os nossos problemas, e não
descontar sobre a família e muito menos sobre a Igreja de Cristo. Quem nunca
fracassou na vida? Alguns sinônimos do fracasso é o insucesso, perda ruína.
Quem já não passou por algum desses problemas?
As nossas ovelhas
precisam ser alimentadas de fato com muito amor, carinho e acima de tudo com a pregação
da Palavra de Deus, e não com as nossas palavras frias e sem vida. Se
porventura, você fracassar levante sua cabeça e lute não desista jamais.
Por
Víctor Manuel Fernández.
É possível passarmos
por situações desconfortantes,
mesmo
sendo um líder de sucesso, isso faz parte do processo de Deus operado em nós
através das provações, porém, às vezes, não entendemos esse processo necessário
e doloroso.
Penso que, não importa, qual seja a
nossa função ou cargo eclesiástico, estamos sujeitos a certos tipos de
fracasso, às vezes ele pode fazer-nos amadurecer e consequentemente isso poderá
repercutir em graça para o nosso futuro progresso espiritual como ser humano.
Mesmo sabendo pela fé que a dor e o
fracasso possam gerar em nós fertilidade, contudo, esse processo não nos isenta
da dor. Precisamos classificá-la de outra forma, dando outro sentido para ela.
Existe algo mais promissor que fertilidade: Concretiza-se a experiência de amor
e um grande acontecimento de salvação.
Precisamos superar os momentos de
cansaço cético que não elimina os terríveis momentos de desconforto da alma
sofrida, mas por sentimento promissor de que a experiência da dor de um eu
humilhado e desiludido pelo fracasso.
A
imitação de Jesus, que é também uma misteriosa associação ao seu ministério, às
vezes implica experiências pouco gratificantes, mas que não deixam de serem
experiências de amor. Porque na encarnação Deus se fez solidário conosco,
abaixando-se até as profundezas da condição humana. Deus experimentou em seu Filho tudo o que é implicado pelo humano: ele
quis conhecer o cansaço, a depressão, a desilusão, a angustia, o temor, a
solidão. O cristão também participa dessas experiências humanas e passa por
fases de aridez, de tédio, de acidez, de cansaço, de desconsolo, de fracasso.
Nessas ocasiões ele também desce até as profundezas escuras da existência
humana e pode chegar a experimentar uma intensa união com Jesus em sua
solidariedade com o ser humano “até que doa”. Desse modo, comungando, em sua
intimidade, com o mais áspero dos sentimentos humanos, ele se fez mais que
nunca irmão dos outros.
Não podemos negar que certas ocasiões de
fracasso e fraqueza são indesejáveis para nossa autoestima, e assim podemos
correr sérios riscos de entrarmos em depressão, isolando-nos e negligenciando.
Precisamos também nesses momentos de desconforto, aprendermos a amar, na
ocasião do fracasso, com isso aprendemos a estar nos braços do Pai, que tocados
pela sua graça, encontramos refúgio e consolo, para que também possamos
consolar os outros. As palavras maravilhosas a seguir podem exprimir o que foi
dito.
“Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o
Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que
também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a
consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus. Porque, como as
aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação
sobeja por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e
salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera,
suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos.” (II
Co. 1: 3-6).
Se não fosse a ação da graça de Deus, tudo
isso não seria possível. Na verdade somente pela ação da graça que, entrando
nas profundezas de nossas motivações e de nossas forças, têm condições de
aniquilar nosso ceticismo e nosso desânimo enfermiço.
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