Conhecimento/Igreja e Sociedade
Uma das maiores
riquezas do ser humano está na sua capacidade de criar, de inventar. Se não
fosse assim o mundo não estaria vivendo hoje um dos seus maiores momento da
revolução científica. Estamos vivenciando o que foi predito pelo Profeta
Daniel. “E tu, Daniel, fecha estas
palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte
para outra, e a ciência se multiplicará”. (Dn. 12:4).
Quanto ao pregador
seria bom compreender esse maravilhoso mecanismo de criar, para que tivéssemos
mensagens criativas e acima de tudo dinâmicas, e Cristocêntricas.
Somente Deus é capaz de
colocar dentro do homem a capacidade de criar. Cabe ao homem, e principalmente
o pregador, compreender, entender e facilitar o maravilhoso processo de
criatividade ou de criar. “A criatividade é o nosso maior tesouro do passado e
maior esperança do futuro”.
É possível estimular e
desenvolver a nossa capacidade de criatividade, mas para isso é preciso uma
base simples de conhecimento para conseguir seu aprimoramento, partindo do
princípio de que o homem é também um ser criador, desse modo é possível que
seja instruído quanto a sua capacidade para pregar, a menos que não lhe
desperte tal interesse. Partindo desse pressuposto, ele deve ser dedicado na
arte de pregar, para nãoser prejudicial ao rebanho que lhe foi confiado.
Os
Dois Hemisférios do Cérebro.
Uma pessoa criativa tem
a capacidade de processar, sob formas inéditas, as informações que lhe são
confiadas pelo Criador. É sabido que o nosso cérebro é composto de dois
hemisférios, esquerdo e o direito. O hemisfério esquerdo tem a função de
controlar o lado direito do nosso corpo, e o hemisfério direito tem a função de
controlar o lado esquerdo, e, além disso, cada hemisfério tem sua função
singular.
O lado esquerdo
controla na maioria dos indivíduos a função da linguagem, pensamento,
raciocínio com predominância. Este lado representa pensamento verbal: “analisa,
abstrai, conta, marca o tempo, planeja cada etapa de um processo, verbaliza,
faz declarações racionais baseadas na lógica”.
O hemisfério direito é
o hemisfério não verbal, que trabalha com a intuição e a percepção das coisas.
Por meio deste lado, compreendemos
metáforas, sonhamos, criamos novas combinações de ideias. Este lado é
subjetivo, preocupado com o quadro total e não com detalhes. Enquanto o lado esquerdo é pouco imaginativo, o
direito é divertido e flexível.
“A
parte frontal do nosso cérebro é agressiva, e determina a agressividade tão necessária
à pregação”.
Luis Tomaz de Queiroz (Professor de pós-graduação da Universidade Gama Filho).
Quando
entendemos as funções de todos os hemisférios do cérebro, dessa forma torna-se
possível compreendermos como se processa o ato criativo. “E uma compreensão do
processo criativo permite o seu uso deliberadamente, e o seu uso deliberado
aumentará a criatividade de qualquer pessoa”. Para o pregador, o processo
criativo pode ser um achado extraordinário e uma verdadeira revolução pode
acontecer no ministério da pregação a partir da utilização dos estágios do
processo criativo.
(GONÇALVES, 1993, p. 33).
A
Origem da Palavra e da Conversa.
Para entendermos sobre o Kerigma, e
especificamente sobre a prédica, será muito oportuno fazermos uma pequena
incursão na história para conhecermos os princípios da comunicação dentro da
interatividade humana, partindo da era das cavernas.
A palavra escrita e falada é um grande
veículo nos meios de comunicação. A palavra pode ser transmitida ou expressa
por meios de sinais: corporais (gestos), pelos meios sonoros (fala), através de
gráficos (escrita), também pelos luminosos (luzes) e também por outros meios A
palavra quando falada (sonora), é um fenômeno considerado bio-psíquico-social.
Do ponto de vista biológico, ela só pode atuar a um ser
dotado de um cérebro com capacidade para comandar um sofisticado sistema
nervoso que atua sobre um sistema chamado fonador, com capacidade de articular,
de forma detalhada, os diversos complexos da voz.
Sob o aspecto psicológico, o cérebro é capaz de
produzir pensamentos tantos concretos como abstratos, atuando sobre as
glândulas secretoras com uma infinidade de hormônios, que condicionam nossas
emoções e os estados mentais. Também no fator sociológico, isso pode ser
observado quanto à função do cérebro em reconhecer o valor dos seres de sua
espécie, possuidores de um componente racional e emocional, levando-o a
desenvolver um sofisticado e complexo sistema de comunicação fundamentado na
palavra.
A palavra constitui de dois elementos
básicos: o material (som), que recebe um nome especial de vocábulo e o imaterial (ideia), passou receber o nome termo. No princípio a palavra
representava apenas uma forma nominativa, um nome de uma ação, de uma coisa ou
de um sentimento. Com o passar do tempo a palavra passou a representar uma
ideia formal elaborada, ou seja, uma forma de pensamento completo. Do fonema
ela passou a ser conhecida como oração e a frase. Da fonética, indo para sintaxe.
Devido a seu convívio social o homem passou a sentir-se obrigado a classificar
as coisas, organizou suas ideias e, por conseguinte desenvolveu um complexo e
sofisticado mecanismo da comunicação oral com base na palavra, conforme
descreve (Gn. 2: 19, 20). Tempos distantes, após o homem ter vocalizado a
palavra ele descobriu, ou seja, inventou a escrita. A escrita a princípio era
formada por pictogramas (desenhos de
coisas ou de figuras simbólicas), depois passou para os ideogramas (sinais representativos de ideias), pelos hieróglifos (desenhos representativos de
sons vocais). Chegando finalmente às letras
(sinais representativos de sons vocais).
A Grécia, além da Filosofia inovou o
sistema relacionado com a conversa. “Os gregos classificaram a conversa pelo
nome de homilia (de onde se originou
a palavra homilética), e os romanos lhe deram o nome de sermonis (que deu origem ao termo denominado sermão)”. Portanto,
“homilia e sermonis são simplesmente sinônimos com o significado apenas conversa”. Gonçalves/Silva
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